23.5.08

Leila Lopes chama repórter de violento

O colega Fausto Salvadori foi o responsável pela melhor entrevista que alguém já fez com Leila Lopes desde que ela assumiu ter feito um filme pornô. Durante a conversa, Leila o chamou de violento, maldoso e marrom. Mondo Cane traz a entrevista, mas pede aos leitores que confiram o blog de Fausto, o excelente Boteco Sujo.

Leila Lopes não desce do salto nem quando tira a roupa. E não se trata de fetiche, mas de pose. Sumida da TV há três anos, a ex-professorinha Lu da novela "Rei do Gado" (1993) acaba de se juntar ao time de artistas em baixa que usou o pornô para tentar ressuscitar a carreira. Mas nem pense em gozar com a cara dela por isso.

Não só porque Leila proibiu em contrato as gozadas na cara, mas porque a moça leva o que faz muito a sério. Leila se recusa a ser chama de atriz pornô e comenta seu desempenho no filme Pecados e tentações, da Brasileirinhas, como se tivesse acabado de atuar numa peça de Antunes Filho. E dá-lhe falar sobre os figurinos de época, sobre a qualidade nelson-rodriguiana do roteiro e sobre o physique du role (não de rola, atenção!) de Carlão Bazuca, o ator com 22 centímetros de talento que contracena com ela no filme.

Para falar bem de Leila, pode-se dizer que uma de suas qualidades é não ter medo do ridículo (veja este vídeo e comprove). Há um mês, não teve vergonha, por exemplo, negar com todas as letras que estivesse sequer pensando em fazer um pornô, apenas para ser desmentida dois dias depois por uma imagem sua na capa de uma revista especializada em vídeo erótico.

Nesta entrevista, Leila já começa mentindo, dizendo que só foi procurada pela Brasileirinhas após o Globo ter noticiado a informação sobre seu filme (nos bastidores do pornô, comenta-se que as negociações já vinham rolando há pelo menos dois anos, e a gerente de vendas da Brasileirinhas, Zuleica Sanches, já havia me confirmado em abril que o filme estava pronto).

Mas tudo bem. Afinal, é a mesma Leila Lopes que, durante o lançamento do seu filme no bar Brahma, proclamou que Pecados e tentações iria "salvar muitos casamentos"...

Leia e dê risada.

Como surgiu a proposta de fazer filme pornô?

Leila Lopes - Foi a própria mídia que ajudou nisso. Surgiu a informação numa coluna da “Globo” de que eu seria a próxima estrela da Brasileirinhas. Não era verdade, eu nem os conhecia. Estourou e o Brasil inteiro ficou 48 horas falando só nisso (E o caso Isabella?). Juro por Deus que fiquei dois dias sem dormir atendendo telefonemas de todos lugares, até de Portugal, Estados Unidos e da Suíça, só desmentindo, porque eu não sabia o que estava acontecendo. Até que a Brasileirinhas me ligou na quarta-feira para sentar. E para ouvir o que tinham a dizer.

Olha, Leila, desculpa ser obrigado a te desmentir. Mas eu já estava sabendo do seu filme há mais de um mês.

Leila - Não. Com certeza, não. Isso eu te garanto que não. (Segue-se um blablablá tedioso e cheio de lorotas, da qual o leitor deste boteco será poupado. Fale sobre o filme, Leila) Eu só fiz o filme porque aceitaram minhas exigências: ser um filme com história, baseado em Nelson Rodrigues. Com texto, com pai, com mãe, com periquito.

Com periquito?

Leila - É um filme de verdade.

Deve ter muito periquito, mesmo...

Leila - É um filme de verdade que tem cenas de sexo explícito sem ser vulgar. É um filme inovador, meismo. Sabe aqueles filmes do Telecine Premium com cenas de sexo explícito? (Sexo explícito no Telecine?) É a mesma coisa. Tem uma história bacanérrima de época. As roupas, o cabelo, as jóias, o figurino, tudo é de época.

Mas os personagens não devem ficar muito tempo com esse figurino de época...

Leila - Eu fico a maior parte do filme.

O seu filme pornô é diferente?

Leila - É um filme inovador, com começo, meio e fim, ambientado nos anos 50. As cenas de sexo são bonitas e têm contexto.

Como é a história?

Leila - É uma família classe baixa do Rio de Janeiro. A Marlene, irmã mais velha, vai à Europa estudar para ser atriz, se torna uma mulher moderna, de cabeça aberta. Ela volta depois de muitos anos revolucionando. Encontra na casa dos pais um primo que é seminarista estudando para ser padre. E ela começa a enlouquecer esse seminarista. Ela começa a ir atrás dele em todos os lugares, e ele fica dividido entre o amor por Deus e o amor pela Marlene. É bem Nelson Rodrigues, meismo.

Todas suas cenas de sexo são com o mesmo ator?

Leila - Sim. É o Carlos Bazuca, escolhido por mim. Não podia ser alguém bombado, tinha que ser um rapaz magro, com o physique du role de um seminarista.

Você faz de tudo na cena em questão?

Leila - Não. Tem coisas em contrato que foram colocadas que eu não faria.

É que a Vivi Fernandes e a Márcia Imperator, por exemplo, não fizeram tudo no primeiro filme e deixaram o resto para os filmes seguintes (Vivi.com.Anal e Até que Enfim Anal, respectivamente).

Leila - Você me desculpe, eu sou atriz de verdade, com DRT na carteira: vinte e dois, três três. Dentro da minha posição de atriz, eu incorporei e mandei ver. Minhas cenas de sexo estão lindas. Porque eu faço meu trabalho com responsabilidade e disciplina. Agora... Márcia Imperator? Me desculpa, meu amor, não tem nada a ver. Ela é atriz pornô.

E você não?

Leila - Eu não sou atriz pornô. Eu fiz faculdade. Eu estudei quatro anos para ser atriz.

O que você estudou está aplicando agora nesse filme?

Leila - Também. Eu encarei o filme da Brasileirinhas como um trabalho. Quero que as pessoas vejam uma Leila Lopes completa. Até nas cenas de sexo, que foram muito difíceis para mim. Eu não sou do tempo de ficar, não estou acostumada com isso. Sofri e depois que fiz até chorei, mas na hora da cena eu incorporei o personagem. Fiz um trabalho tecnicamente perfeito.

Como sua família encarou seu filme?

Leila - Muito bem. Não tenho mais pai e mãe, mas meus irmão e meus sobrinhos entenderam. Porque o que eu ganhei, meu amor, é para a aposentadoria da minha vida. Segundo eu sei, sou a mais bem paga até agora.

Falaram em 100 mil reais.

Leila - Rá! Você tá louco. Eu não sairia da minha casa para brincar de fazer filme por isso. Estou falando da minha aposentadoria. De parar de trabalhar e viver de renda.

Esse filme será um impulso ou uma pá de cal na sua carreira de atriz?

Leila - Se for uma pá de cal, estou muito bem amparada pelo dinheiro que ganhei. É dinheiro para me aposentar e viver de renda. Mas estamos no século 21. Ninguém mais encara dessa forma. Tanto que hoje estou na Caras de página inteira em um desfile da Daslu. Eu convivo com as pessoas da mesma forma que sempre convivi. A imprensa, com exceção de você, que foi o mais violento nas perguntas, está sendo extremamente delicados e queridos comigo. Por que eu vou achar que no século 21 eu ter feito duas cenas de sexo explícito vai acabar com a minha carreira? Até porque eu incorporei um personagem e fiz as cenas como Marlene e não como Leila. Não tive prazer. Eu não gozei. Eu não fui paquerar ninguém. E digo mais. Me surpreendi com os bastidores do filme. De um respeito e de uma seriedade que em muitas emissoras eu não vi.

Então os bastidores do pornô são mais sérios do que os das TVs?

Leila - Eu não falei isso! Tá vendo como você é maldoso? Eu falei que é mais sério do que em muitos lugares que fiz. Depende da novela.

Leila, você diz que fui violento...

Leila - Não, é que você está levando para uma coisa marrom que não existe.

...mas seja sincera. Se você ainda estivesse fazendo uma novela das oito atrás da outra, você faria um filme pornô?

Leila - Pelo cachê que eles ofereceram agora? Faria. Espero que esteja abrindo portas para muitas outras atrizes que ficam desempregadas, sem saber o que fazer. Podem vir fazer que o negócio é seríssimo. Você tem que saber se colocar. Teve coisas que eu não fiz. A Márcia Imperator é uma atriz pornô. Ela faz qualquer coisa, me desculpa. Adoro a Márcia, é minha amiga querida, eu gosto dela, mas ela é uma atriz pornô. Ela faz anal, deixa gozar na boca dela...

Isso você não fez?

Leila - É óbvio que não! Nossa, que perguntas! Nenhum dos jornais, nenhuma das revistas perguntou isso até agora. Você é o primeiro.

Eu sou que nem você, Leila. Estou inovando.

20.5.08

Essa loira ofuscou Leila Lopes


Mondo Cane esteve na festa de lançamento do filme pornô de Leila Lopes, realizada no último dia 12 no Bar Brahma, no Centro de São Paulo. E ignorou a ex-atriz global, pois considerou a ex-mallandrinha Cinthia Santos o principal destaque da festa. A loira chamava a atenção da maioria dos homens presentes no local. Entre vários chopps e dezenas de bolinhos de bacalhau e mortadela, pastéis de carne e queijo, sandubas e canapés, Mondo Cane conversou com a gostosona.

Depois de Vivi Fernandes, outra mallandrinha se rende ao pornô. A modelo Cinthia Santos, de 25 anos, foi apresentada na festa de lançamento do filme pornográfico de Leila Lopes como a mais nova contratada da produtora Brasileirinhas. Gravado no mês de abril, o primeiro filme de Cinthia deve chegar às locadoras até julho. A ex-assistente de palco de Sergio Mallandro disse para Mondo Cane que outras três produções já estão prontas para serem lançadas no decorrer do ano.

Cinthia Santos tem experiência em se exibir para as câmeras. Ela fez a alegria dos internautas ao ficar confinada num quarto para o site Dream Cam, onde mostrava ao vivo sua intimidade com vibradores e bolinhas tailandesas. "Na primeira vez que apareci no site da Dream Cam, eu bati o recorde de acessos. Em três dias, dois mil assinantes acessaram a página", afirmou Cinthia. A modelo também esteve presente na sessão Cyber Gatas do site da revista Playboy.

A modelo também fez shows de striptease em festas fechadas na cidade de Dubai, capital dos Emirados Arábes. Lá, ela conheceu o filho de um sheik árabe, com quem teve um filho, hoje com dois anos. Cinthia não revela o nome do magnata. "Tenho certeza que o filme terá uma repercussão forte, pois o pai do meu filho é um homem muito conhecido", disse. A modelo contou que, ao virar atriz pornô, está se vingando dele. "O pai do meu filho só falou que era um homem casado quando eu estava grávida de seis meses".

Ela não quis revelar o valor do cachê pago pelas Brasileirinhas, confirmando que as "celebridades" da produtora estariam proibidas, por contrato, de comentar sobre valores. Questionada por Mondo Cane se os filmes pornôs foram mais rentáveis que os outros trabalhos, Cinthia resolveu exagerar: "Eu diria que 50 mil vezes mais". Ela também informou que não poupou desempenho no primeiro filme, ainda sem título. "Eu pedi para ter cena de sexo anal. Eu gosto muito".

Deu merda na vizinhança

Todo mundo sabia que ia feder. Mesmo assim um casal de moradores de São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, resolveu mexer. E mais: cansados de chegar em casa e encontrar cocô de cachorros na calçada, a dona-de-casa Cleide Lins de Souza Braga, de 51 anos, e o químico Luiz Ronaldo Braga, de 52 anos, também espalharam o excremento na maçaneta do portão do dono dos cães. Foi aí que o caso virou uma grande batalha, e a briga de vizinhos acabou na polícia.

Ao chegar em casa na noite de 30 de abril e colocar a mão no cocô, o dono dos três cachorros que borravam diariamente a calçada do casal, no bairro Sônia Maria, não deixou por menos. E, numa vingança malcheirosa, o inspetor Vicente Leal de Moura, de 59 anos, teria jogado fezes humanas na casa dos vizinhos. O casal então, segundo uma testemunha que ajudou a apartar a briga, foi tirar satisfação. E o dono dos cães passou a ser agredido com socos e chutes por Luiz Ronaldo, e com um cabo de vassoura por Cleide.

Após a agressão, Vicente voltou à rua com uma arma e teria feito dois disparos contra o casal. Um deles acertou o muro. Agora, enquanto seus cachorros continuam circulando pela rua, ele está preso no 3º DP, acusado de porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.

Limpando a área
Na manhã de ontem, o filho do dono dos cães, o auxiliar de laboratório Vicente Leal de Moura Júnior estava tentando limpar a barra do pai com a ajuda de advogados. Antes, porém, teve que lavar o portão de casa. “Estava um fedor insuportável e tivemos que lavar. Mas a polícia chegou a ver o que fizeram”, disse Junior, mostrando a calçada ainda úmida.

Segundo a família do acusado, Vicente sempre gostou de animais. Tanto que os três vira-latas responsáveis pelo cocô da discórdia foram recolhidos na rua. “São cachorros de rua, que ele alimenta e cuida”, contou uma mulher que mora na mesma casa de Vicente, mas não quis se identificar. “Desde que esse casal se mudou para cá, nossa vida virou um inferno. Eles agrediram o Vicente primeiro. Ele está machucado”, reclamou a mulher. À polícia, Vicente argumentou que deu apenas um tiro para o alto em sinal de alerta. E, segundo policiais, já demonstra arrependimento de ter se sujado por causa de seus cães.

Guerra de cocô obriga casal a se mudar

Os maus hábitos fecais dos cachorros de Vicente Leal de Moura colocou o casal Cleide e Luiz Ronaldo Braga para correr do bairro Sônia Maria. Na manhã de 1º de maio, enquanto uma família limpava o cocô no portão, a outra arrumava as malas para ir embora. Na hora do almoço, um caminhão-baú já estava encostado na calçada, que tantas vezes foi emporcalhada, para levar a mudança. “Nós não vamos ficar aqui perto desse homem”, disse uma mulher, que não confirmou se era a dona-de-casa envolvida na fedorenta confusão. Ela também não quis dizer para onde estava indo. “Isso não interessa. Não vou falar.”

Apressado, Luiz Ronaldo, que já estava entrando no carro, também não quis comentar o episódio. “A briga foi por causa desses cachorros ”, limitou-se a dizer o homem. Na delegacia, o casal não contou que tinha passado cocô no portão do dono dos cachorros. Disseram apenas que Vicente havia atirado fezes humana na casa deles. Segundo eles, a agressão partiu do dono dos cães. Cleide relatou que Vicente aparecera armado quando ela e o marido limpavam o cocô da frente da casa. Alheios à confusão que suas necessidades fisiológicas provocaram, os três vira-latas — dois pretos e um de cor caramelo — continuavam livres, demarcando o território no bairro.

(Matéria de Jussara Soares para o Diário de S.Paulo de 02/05/2008)

8.5.08

Bolão: travesti tem passe disputado

O Fenômeno não teve reflexo suficiente e teria confundido Andréia com uma mulher: cartão vermelho para ele

O travesti Andréia Albertini está com o passe valorizado depois do clássico embate com Ronaldo, o Fenômeno. Duas produtoras de filmes pornôs brigam para ter o traveco em seu time. A Safadinhas e a Brasileirinhas acreditam que Andréia possa bater um bolão em suas produções, que contariam com um sósia de Ronaldo como escrete.

Em entrevista ao jornal Extra, o produtor Sandro Aquino, da Safadinhas, deu a entender que Andréia já teria endereço certo para fazer aquecimento e entrar em campo. Andréia pediu o dobro do cachê proposto inicialmente, R$ 10 mil, para vestir a camisa da Safadinhas. O aumento foi aceito pela produtora, segundo Aquino.

Mas o meio de campo ficou embolado com o interesse da Brasileirinhas em adquirir o passe da “centroavante”. Produtores da Brasileirinhas pretendem sentar com Andréia para tentar leva-la para seu time de galáticos do pornô. De acordo com a Brasileirinhas, o travesti teria garantido que não fecharia contrato com nenhum outro “clube”.