22.12.09

Assessor parlamentar treta em prostíbulo e depois xinga a polícia

Muitos leitores de Mondo Cane reclamam da falta de matérias policiais pitorescas. A seguir, uma reportagem extensa, com detalhes que não saiu em nenhum outro lugar, sobre um assessor especial parlamentar que arranjou uma confusão num prostíbulo na semana passada e acabou preso por xingar policiais. O figura se identificou como secretário parlamentar do gabinete da liderança do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo. A foto ao lado foi feita pelo colaborador Magrão.

O assessor especial parlamentar Valmir Moyses, de 48 anos, foi preso na madrugada do último dia 16 após desacatar policiais militares na região de Sapopemba, Zona Leste da capital paulista. Antes, ele tinha se envolvido numa briga dentro de uma casa de prostituição. Depois de se recusar a ser medicado num hospital, Moyses foi levado para o 70º DP (Sapopemba), onde passou a chamar os policiais de "ladrões de caixas eletrônicos" e "corruptos", entre outras ofensas. Nesse momento, ele recebeu voz de prisão por desacato.

Moyses passou o começo da madrugada na boate Carícias, na Avenida Sapopemba, bebendo na companhia do metalúrgico José Paulo Ferreira, de 30 anos. "A gente se conhecia há três meses. Fomos apresentados por um amigo comum", disse Ferreira. A confusão entre os dois começou na hora de pagar a conta. "Pedi para ele pagar a minha conta e disse que eu pagaria depois para ele. Ele começou a gritar comigo e bateu no meu peito", contou o metalúrgico. Ferreira, que pratica vale-tudo, pediu para o assessor parlamentar não encostar mais nele, mas não foi obedecido.

"Ele bateu no meu peito de novo e achou o que ele queria", afirmou Ferreira para justificar o soco que desferiu contra o nariz de Moyses. Os dois começaram a brigar e foram expulsos da boate por um segurança. A Polícia Militar foi acionada para conter os brigões, que continuavam discutindo do lado de fora. "Minha equipe chegou no local e explicou que os dois deveriam ir para o pronto-socorro do Jardim Iva e depois para a delegacia, caso algum deles tivesse interesse em prestar queixa", relatou o sargento Roberto Lima Fernandes, da 3ª Companhia do 19º Batalhão da PM.

Ao chegar no hospital, Moyses não quis receber atendimento médico, ao contrário do metalúrgico. "Ele se negou a ser socorrido, alegando que os PMs queriam torturá-lo dentro do PS", contou o sargento. Foi quando, segundo os policiais, o assessor começou a fazer um escândalo, dizendo que pagava os salários dos PMs. Moyses também resolveu dar uma carteirada, mostrando um documento de assessor especial parlamentar. "Ele chegou a dizer que era assessor do José Dirceu", relatou o sargento. Depois que o metalúrgico foi medicado, a PM levou os brigões até a delegacia.

Ao entrar no DP, Moyses deu dois tapas no rosto e um chute nos testículos do metalúrgico. Os policiais seguraram Ferreira para ele não revidar a agressão. Em seguida, o assessor passou a ligar para amigos. Pelo celular, Moyses começou a questionar a conduta dos policiais, dizendo que eles eram violentos, corruptos e ladrões de caixas eletrônicos, entre outros adjetivos. O sargento Lima pediu que o assessor desligasse o telefone e depois o informou que ele estava preso por desacato. Eram 3h20 de ontem, quase uma hora e meia depois da confusão ocorrida no prostíbulo.

O sargento afirmou que Moyses não foi mal-tratado pelos policiais em nenhum momento. "Ele se identificou como assessor parlamentar, dizia que pagava nossos salários e menosprezava os policiais. Mesmo assim o tratamos com cordialidade, pois ele estava embriagado", afirmou Lima. Na delegacia, a polícia descobriu que Moyses já tinha sido preso antes por homicídio. A Polícia Civil não revelou detalhes do antecedente criminal do assessor.

"Todo mundo tem direito a um relaxamento"
Mesmo após receber voz de prisão por desacato, o assessor especial parlamentar Valmir Moyses continuou a dizer barbaridades na presença dos policiais. Enquanto era entrevistado por vários jornalistas, Moyses acusou a PM de ser envolvida com jogo do bicho, narcotráfico, roubo de caixas eletrônicos e sedução de menores. "A polícia é despreparada. O índice de PM que atira no próprio pé é altíssimo", disse Moyses, que também desprezou os policiais da Zona Leste. "Se (aqui) fosse Moema, eles seriam policiais melhores", disse, referindo-se a um bairro da Zona Sul.

O assessor admitiu que teve uma divergência com o amigo na hora de pagar a conta porque "bebeu um pouco a mais". Moyses disse que foi ele quem teria ligado para a PM. "O PM falou que ia me levar para o distrito, mas me levou para o hospital. Achei estranho", contou o assessor, sem dar maiores explicações. Ele afirmou que a polícia o teria levado à força para o pronto-socorro do Jardim Iva. "Se você não quer ir por bem, então vai por mal", teria dito um dos policiais, de acordo com Moyses, que afirmou fazer parte de uma comissão da Assembléia Legislativa que luta pelo aumento salarial de PMs.

Moyses reconheceu que estava se divertindo em um prostíbulo, mas fez ressalvas. "Eu não tive relação sexual com ninguém. Só tomei duas doses de uísque. Todo mundo tem direito a um relaxamento. Vai dizer que a PM também não relaxa?", questionou o assessor. "Se eu estivesse na igreja, a PM não estaria lá. Provavelmente, estaria para extorquir", voltou a atacar Moyses, que a cada minuto soltava uma frase contra a polícia. "A PM é mais bandida que os bandidos", acusou. Ele não poupou também o sargento que o prendeu. "Quem é esse PM para me dar voz de prisão?", perguntou Moyses, para em seguida chamar o sargento de burro e imbecil.

Questionado se seu comportamento não poderia prejudicá-lo no trabalho na Assembléia Legislativa, Moysés se comparou ao governador José Roberto Arruda, acusado de coordenar um esquema de corrupção em Brasília. "Eu não acho que a minha conduta é pior do que a do Arruda em Brasília", falou Moysés.

4.12.09

A morte de Leila Lopes: 2º ato

"A morte de Leila Lopes". Esse foi o título de uma postagem que entrou no ar em Mondo Cane no dia 16 de julho deste ano. O blog não tem poderes premonitórios. Estava apenas se referindo ao fim da carreira pornô de Leila Lopes, cuja personagem é assassinada no último filme de uma trilogia produzida pela Brasileirinhas com a direção de J. Gaspar.

No dia 12 de maio de 2008, estive na festa de lançamento do primeiro filme de Leila Lopes, mas não tive nenhum interesse em entrevistá-la. Além de falar groselha, Leila não tinha um corpo interessante, era muito esquálida como essas modelos anoréxicas. Preferi papear com Cinthia Santos, que também havia sido contratada pela Brasileirinhas na mesma época e hoje é considerada uma das melhores atrizes de sexo explícito da atualidade.

Mais de um ano depois do debute de Leila Lopes no mundo da pornografia e quase quatro meses depois de Mondo Cane anunciar a morte da personagem safadinha dela, acabei indo cobrir o suicídio da atriz na madrugada de ontem. Uma fonte policial avisou alguns repórteres sobre o ocorrido. Em minutos, muitos jornalistas se concentraram em frente ao prédio da atriz em busca de informações.

Ainda de madrugada, ficamos sabendo do prato de comida com vestígios de "chumbinho" (veneno de rato) encontrado no apartamento. Um martelo, que teria sido usado para amassar o "chumbinho", foi apreendido por peritos no local. Também descobrimos sobre as cartas de despedida, mas naquele momento não deu para saber sobre o conteúdo delas. A fonte policial não tinha como lê-las na frente de outros policiais, pois acabaria se revelando.

Nesse momento, todos já sabem mais detalhes do caso por causa da ampla repercussão em sites e programas de televisão. Logo nas primeiras horas da manhã, o mano Fausto ligou-me para saber detalhes do suicídio. Talvez preocupado caso algum leitor não entendesse o motivo de eu ter escrito no primeiro post "A morte de Leila Lopes" que ele tinha motivos para comemorar o fato (no caso, o ficcional).

Até ontem de manhã, o post de Mondo Cane era um dos primeiros que apareciam no Google para quem fizesse uma pesquisa com as palavras "morte" e "Leila Lopes". Horas mais tarde o post desapareceu das primeiras páginas do Google após o humorista Rafinha Bastos, do CQC, fazer piada com a morte da atriz em seu Twitter e deixar milhares de internautas indignados.

28.11.09

Entrevista histórica 4: Walter Gabarron

Mondo Cane publica hoje a quarta e última parte da entrevista com o ator Walter Gabarron, um dos mais atuantes da fase explícita do cinema da Boca do Lixo de São Paulo. Veja também a primeira, a segunda e a terceira partes do bate-papo entre Gabarron e o escriba deste blog, que aconteceu no Teatro Orion, na Rua Aurora, República, região central de São Paulo, no começo de 1997. Na época da entrevista Walter estava prestes a completar 40 anos. Um câncer raro (Linfoma de Hodgkin) tirou a vida dele em 2005, aos 47 anos. Uma das últimas matérias feitas com Gabarron saiu na revista Isto É em outubro de 1996, de onde foi retirada a foto ao lado. Veja essa matéria clicando aqui.

Você encerrou suas atividades como ator pornô quando?
Em 1995.

Depois de dois anos sem atuar, você sente vontade de retornar à carreira, esquecendo o lado financeiro? Ainda sente vocação para a coisa?
Como ator sim. De repente montar uma peça de teatro ou mesmo fazer um filme normal. Mas sem sexo explícito.

Você já filmou com o José Mojica Marins?
Já. Filmei o "48 Horas de Sexo Ardente" e a "Menina do Sexo Diabólico", que não foi direção dele, mas ele participou.

E nos filmes do Mojica que não eram de sexo explícito?
Eu participei de um antigo, que passou recentemente na TV (Bandeirantes), "Perversão". Mas era uma coisa bem pequena, papelzinho pequenininho, pois eu estava começando. Mas o Mojica é uma pessoa legal.

E como era o trabalho com o Mojica? Ele era muito exigente?
O Mojica é uma criança. É super amigo, super legal. Aquela ideia de diabólico não existe, é só fachada, é imagem. Ele é uma pessoa normal.

Você é dono do Teatro Orion ou trabalha aqui?
Sou funcionário. Eu fazia erótico. Entrei aqui em 1992. Antes disso, trabalhei no Teatro Márcia Ferro, em vários teatros. Vim para cá em 92, na época era comédia erótica. Era um trabalho de ator e juntava o sexo explícito. Era um complemento. Depois o público perdeu vontade de assistir peça, só queriam putaria mesmo. Aí mudou de dono e montaram striptease com sexo explícito. Continuei, saí e fiquei um ano fora. Voltei, tava só no show e no sexo explícito. Fiz novamente. Em agosto do ano passado, a Prefeitura, a polícia, não entendi direito até agora, cortaram o sexo explícito. Aí eu fiquei só coordenando o show (desde 1995, quando parou de atuar como ator pornô).

E o que alegaram para acabar com os shows de sexo explícito?
Pelo que eu sei, não tenho certeza, alegaram que é atentado ao pudor. Que mostrar o pênis em cena é mostrar objeto obsceno. Acharam que é imoral. Baseado nisso, eles cortaram (o espetáculo, não o pênis).

Nesta semana, a atriz caribenha Jasmin St Claire visitou o Brasil. Ela transou com 300 homens em um dia durante a gravação de um filme. Alguma atriz brasileira já tentou alguma ousadia parecida?
Trezentas relações em dez horas eu acho absurdo, impossível. Isso é papo, não existe isso. Agora até 20 por dia eu fazia no teatro Studio, na época da inauguração. Eram cinco sessões, em cada uma dela tinha quatro cenas de sexo explícito. Então eram 20 por dia, em seis ou oito horas. Mas 300 eu acho mentira.

E quais as melhores atrizes do nosso pornô?
Considero boas atrizes a Márcia Ferro, a Eliana na época que ela fazia, a Andrea Pucci, que é argentina, e a Sandra Midori.

A Malu Bailo já trabalhou em teatros eróticos, mas nega que fizesse sexo explícito, que era tudo simulação. É verdade?
Prefiro não falar (risos).

E esse pessoal antigo, tem como entrar em contato com algum deles?
O Oásis (Minitti) eu sei que está com uma casa de shows na Avenida São Jorge, onde era o Primo Saci, parece... A Sandra Midori casou e parou. A Márcia Ferro parou com tudo depois da morte do marido (Osvaldo Cirilo, que ela nega ter sido esposa dele). Andrea Pucci também parou. Porque o pessoal envelhece, né? Principalmente a mulher. Então, elas param.

Você está com que idade?
Farei 40 anos em maio.

14.11.09

O horror de Fauzi Mansur

Depois de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, Fauzi Mansur foi um dos cineastas brasileiros que voltaram sua atenção ao gênero horror (na foto ao lado, de propriedade da revista Quem e tirada no ano passado, Mansur aparece entre as atrizes Nívea Stelmann e Bárbara Borges). Por esse motivo, o 4º Festival Curta Fantástico, o CineFantasy, realiza amanhã uma sessão especial para homenagear Mansur, um dos diretores que mais realizou filmes na Boca do Lixo de São Paulo. Serão exibidos três filmes do diretor e produtor, a partir das 15h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Rua Álvares Penteado, 112, Sé, região central de São Paulo.

Belas e Corrompidas (1977): Uma bela mulher começa a praticar assassinatos em série inspirada no caso de Landru, um serial-killer francês, com a ajuda de sua capacha horrível e corcunda, levam as vítimas a beira da loucura misturando sadismo, erotismo e morbidez gótica ritualística, logo passam a ser alvo de perseguição policia devido aos excêntricos eventos. Este filme contém cenas chocantes. Com Eudósia Acuña, Carmem Angélica, Carlos Bucka, Maria Isabel de Lizandra, Valéria D'Ellia, Paulo Domingues, Abrahão Farc, Márcia Fraga, Edward Freund, Heitor Gaiotti, Ênio Gonçalves, Stella Maia, Érika Maracini, Marthus Mathias.

Ritual Macabro (1990): Raro e valioso livro contendo informações sobre antigos rituais indígenas de pajelança é roubado por integrantes de grupo de teatro. Eles planejam encenar uma peça baseada nos textos, mas durante os ensaios um dos atores é possuído e começa a matar os demais, enquanto seu corpo se deteriora. Com Olair Coan, Carina Palatinik.

Atração Satânica (1990): Num balneário no estado do Rio de Janeiro, a radialista Fernanda apresenta seu programa com histórias de um assassino que extrai o sangue de suas vítimas, todas mulheres, para ressuscitar sua irmã morta. O que Fernanda não sabe é que sua história está realmente acontecendo, e tais assassinatos têm origem num culto de magia negra realizado 14 anos atrás, em que um casal de crianças foi entregue ao demônio. Enquanto tem um caso com o oficial de Marinha Lionel, Fernanda continua com seu programa, e as novas mortes levam a polícia a torná-la suspeita. Com Gabriela Toscano, Ênio Gonçalves, Emília Maser, André Loureiro, Olair Coan, Cláudia Alencar, Cláudio Curi, Antoine Rovis, Vera Zimmerman.

2.11.09

Entrevista histórica 3: Walter Gabarron

Mondo Cane publica hoje a terceira parte da entrevista com o ator Walter Gabarron, um dos mais atuantes da fase explícita do cinema da Boca do Lixo de São Paulo. Veja também a primeira e a segunda partes do bate-papo entre Gabarron e o escriba deste blog.

Você tem algum fato marcante ao longo de sua carreira que gostaria de comentar?
Em cinema o que eu posso dizer é que só não fui passivo. Já fiz cena com travesti, com homem, com mulher. Então eu já fiz de tudo. Tudo o que você possa imaginar. Sexo eu já fiz praticamente tudo. Só não dei o..., né, porque o resto...

A visão de uma pessoa que faz sexo profissionalmente muda em relação ao sexo na vida pessoal dela? Fazer sexo torna-se uma coisa sem graça?
Acaba. Você não vê mais graça em nada. Uma pessoa "normal" automaticamente se excita quando vê uma mulher nua, uma coisa natural. Para mim, ver uma mulher nua, às vezes é como não estar vendo nada. A menos que seja uma coisa que eu não vi na vida. E é difícil. Todas (as mulheres) são iguais.

E depende da circunstância também.
O cara paga e entra no teatro. Quando vê a menina pelada, ele já está excitado. No meu caso não, é preciso muito mais para isso. Você fica muito frio. Não só o homem, como a mulher. A mulher que faz sexo explícito se torna muito fria. Ela coloca outros valores, o sexo fica em 10º plano.

Você tem filhos?
Um casal. Minha filha vai fazer 18 anos e o menino, 16 (hoje, os filhos de Walter são 12 anos mais velhos).

Você continua casado com a Eliana?
Estou desquitado, separação consensual. Mas a gente se dá super bem. Moro com meus filhos. Eles hoje não aceitam mais que eu faça (sexo explícito). Mas o que está feito, está feito. Eles não gostam quando estão comigo na rua e de repente alguém me reconhece. Eles ficam meio constrangidos. Outro dia passei com meu filho na Avenida Ipiranga (Centro de São Paulo) e tinha dois gays lá, que disseram: "Olha o carinha do cinema. Gostoso! Pauzudo!". Sabe aquela coisa bem de viado? E o X. (diz o nome do filho) do lado, ele ficou super sem graça. A X. (diz o nome da filha) nem fala, ela não gosta nem que o namorado saiba. Outro dia em casa, ele estava lá e passei um filme meu, não pornô, para ele ver. Depois que ele foi embora, a X. chamou minha atenção porque ela não quer que ele saiba que eu sou deste meio. É um preconceito por parte dela. O X. já nem tanto. Mas ela não gosta nem um pouco.

Talvez por ele ser homem.
Acho que sim, porque ele está doido para fazer 18 anos e vir aqui (no Teatro Orion).

Soube por meio de uma coluna do Arnaldo Jabor que a sua ex-esposa virou religiosa.
Saiu na coluna do jornal falando a respeito dela quando fez o filme Cléopatra. E depois, essa mesma citação é publicada no livro dele. Ela parou mesmo, virou Testemunha de Jeová, não quer nem saber disso. Aliás, ela tem nojo disso.

Faz tempo que ela se converteu?
Foi nas filmagens de Cléopatra. Exatamente 11 anos (essa entrevista com Gabarron é de 1997).

E há quanto tempo vocês estão separados?
Faz um mês hoje (não lembro o mês da entrevista, mas foi no primeiro semestre de 1997). Legalmente foi agora, um mês atrás.

E mesmo com ela tendo se convertido há muito tempo atrás, você continuou atuando no meio pornô.
A gente ficou esse tempo junto tentando. Eu tentando entender a religião dela, que eu não entendo até hoje e ela tentando entender o porquê de eu ter continuado. Ela queria que eu me convertesse ou pelo menos que eu largasse disso, partisse para outra. Mas é difícil. Se a gente tivesse uma situação melhor de trabalho, ainda dava. Mas é difícil.

(Continua)

30.10.09

Sobre loira e lobos

Os jornais de hoje repercutem a história da loira que foi chamada de puta e ameaçada por centenas de alunos dentro da Universidade Bandeirantes (Uniban), campus São Bernardo, no ABC, Grande São Paulo, porque estava usando um microvestido. Mas o fato foi divulgado dois dias antes pelo blog do mano Fausto, responsável também pela melhor análise do caso, conforme observou o jornalista Marcelo Soares em seu blog.

Para quem saiu do planeta e não sabe do que estamos falando, segue abaixo a matéria "Taleban na faculdade" (ótimo título), publicada hoje na Folha de S.Paulo. Notem que foi um bando de recalcadas quem deu início à confusão ao intimidar a voluptuosa loira no banheiro. Para a vítima, o grupo de garotas agiu por inveja e incitou os garotos a participarem da balbúrdia. Admira saber que as formas da loira também tenham causado tanta repulsa aos rapazes da faculdade. Por isso, esses caras já foram batizados de "unibambis" em alguns fóruns na internet.

Taleban na faculdade
Em universidade de São Bernardo, multidão de alunos persegue colega de microvestido, que só consegue sair escoltada pela PM

LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL

MARLENE BERGAMO
REPÓRTER-FOTOGRÁFICA

Pu-taaa! Pu-taaa! Pu-taaa! Cerca de 700 alunos da Uniban, Universidade Bandeirante de São Paulo, campus de São Bernardo, pararam as aulas do noturno para perseguir, xingar, tocar, fotografar, ameaçar de estupro, cuspir. Tudo isso contra uma aluna do primeiro ano do curso de turismo, 20 anos, 1,70 metro, cabelos loiríssimos esticados e olhos verdes, que compareceu à escola em um microvestido rosa-choque, pernas nuas com pelinhos oxigenados à vista, salto 15, maquiagem de balada, na quinta-feira da semana passada (22).
Michele Vedras (nome fictício inventado por ela em um blog) só conseguiu sair da escola sob escolta de cinco soldados da PM, duas mulheres inclusive, que tiveram de usar spray de pimenta para conter os mais exaltados e abrir caminho entre a massa. Vídeos do ataque circulam pela rede, um deles intitulado "A Puta da Uniban".
O microvestido rosa-choque de Michele, naquele dia, andou de ônibus -no total, a moça gasta duas horas para ir e voltar da faculdade. Mereceu elogios -"Gostosa!"- durante o trajeto. O mesmo vestido foi usado na festa de aniversário da sobrinha de Michele, uma festinha em família. Mas, na Uniban, onde a moça chegou às 19h45, o tempo esquentou.
Estudantes de outros cursos que não os de turismo, entrevistados pela Folha anteontem, criticaram Michele. "Ela veio provocar." "Ela andava rebolando." "Deixou cair uma carteira, de propósito, só para ter de se agachar." "Aquilo não é roupa de vir à faculdade."
Estudantes do curso de turismo ouvidos pela Folha defenderam a colega. "Ela sempre anda assim, de um jeito ousado." "Ela faz esse estilo mulherão mesmo." "Ela é avantajada, sim. Mulheres com a autoestima lá embaixo morrem de inveja." "É uma vergonha para a escola ter alunos assim. Parece que esses caras nunca viram uma mulher."
Desfile na rampa
O prédio da faculdade de turismo tem um átrio central cercado de rampas por todos os lados. Quando Michele chegou à escola e começou a subir uma rampa, os rapazes ficaram paralisados. Alguns conseguiram se mexer. Mas para ir ao prédio vizinho, chamar colegas para ver também. A pequena multidão, até aí, tinha cerca de 200 pessoas, segundo um estudante. Muitos assobiavam.
Michele achou melhor sair da rampa no segundo andar e usar a escada para chegar ao terceiro, onde fica a classe dela.
As aulas começaram. Às 20h30, a jovem resolveu ir ao banheiro. Uma colega de classe fez questão de acompanhá-la, receando algum problema. "Eu estava com receio, mas nem podia imaginar o que viria daí para frente", disse Kelly Andrezzi dos Santos, 19. De repente, algo como 20 garotas de outros cursos invadiram o banheiro. Queriam obrigar Michele a vestir uma calça, xingavam-na, diziam que ela estava provocando, "causando".
A confusão foi a senha. Rapazes saíam de suas salas e se aglomeravam na porta do banheiro das mulheres. O professor Rubens, de Desenvolvimento Gerencial, que dava aula para a classe de Michele, teve de sair da sala em operação de resgate. Foi acompanhado por colegas de turma.
"A gente teve de distribuir tapas nas mãos dos meninos, que tentavam enfiar o aparelho celular no meio das pernas [da Michele], para tirar fotos", lembra a amiga Amanda de Sousa Augusto, 19, aluna da mesma classe. "Foi uma agressão, uma injustiça. A Michele é uma superboa pessoa."
A turma do professor Rubens voltou para a sala e se trancou nela. A essa altura, a maioria dos garotos dos dois prédios da Uniban já tinha saído de suas classes. Eles revezavam-se no visor da porta, pulavam para alcançar uma janela mais alta.
O coordenador de curso subiu até a classe sitiada. Pediu que Michele fosse embora. Que ela vestisse o jaleco dele ao sair. E foi-se. Michele não quis sair.
O namorado ia buscá-la no fim do período de aulas -iriam juntos a uma festa.
Presos na sala de aula, a turma e o professor ouviam os estudantes lá fora gritando. "Solta ela, professor! Deixa pra nós." "Vamos estuprar!" Colegas de classe colaram folhas de fichário por dentro da janela, para evitar os olhares.
A essa altura, Michele chorava, desmanchando a maquiagem. Um chute na porta, a maçaneta voou. Machucou o professor. Três seguranças se apresentaram na sala. O mais graduado dirigiu-se à moça: "Bonito, né... Vir à faculdade dessa maneira". Ele queria que Michele saísse naquele momento, mas a representante de classe não permitiu. Achava que a colega corria risco. Chamou o 190.
"Seus coxinhas [PMs], vão levar a gostosa?", um aluno uivou no ouvido de A., um dos policiais que atendeu ao chamado.
Quando Michele passou, escoltada, na frente da sala dos professores, uma docente fez questão de sair. Com uma careta, perguntou: "É essa a fulana?".
Na catraca da escola, sempre sob a escolta policial, Michele viu entre os que a agrediam uma menina com o celular na mão, fotografando a sua vergonha: "Ela pega o ônibus comigo todo dia. Sempre quietinha.
Mas naquele dia, ela atacava irada: pu-ta, pu-ta. Não entendi por que tanta raiva".
Filha de uma dona de casa e de um supervisor de serviços, ambos apenas o primário completo, Michele tem um irmão de 32 e duas irmãs (30 e 16). O pai é quem paga os R$ 310 de mensalidade. Mora em um bairro popular em Diadema. Já trabalhou em um mercadinho.
Michele não pretende abandonar a faculdade. Hoje, ela comparece pela primeira vez à Uniban, desde o episódio, para depor em uma sindicância que apura o ocorrido. A jovem tem ficado reclusa. "Sempre ando arrumada, salto alto e maquiada. É assim que me vejo. É assim que eu sou. Mas, desde aquela quinta-feira, não consigo mais ser quem eu era. Só me visto de calça e camiseta e a maquiagem ficou na gaveta", disse.

27.10.09

Atriz global defende pornochanchadas

Os diálogos escassos podem dar a falsa impressão de que Yolanda, mãe de Ariane (Christine Fernandes), é novata em novelas. Ledo engano. A intérprete da personagem da novela "Viver a Vida" é Sandra Barsotti, protagonista de sucessos na TV na década de 70, e que, surpreendentemente, ficou 33 anos afastada do horário nobre.

"Manter-se na TV depende de muita disposição. É um tal de ligar para diretor, ligar para autor...", justifica a atriz, que assumiu a personagem a convite do produtor de elenco Luiz Antonio Rocha. "Ele trabalhava na Record quando me chamou para trabalhar lá. Só não pude aceitar porque movia um processo contra a emissora", afirma, referindo-se à ação por uso indevido de imagem que ainda corre na Justiça.

Segundo Sandra , o programa "Fala que eu te escuto", da Igreja Universal, utilizou-se de cenas suas na novela "Velas de sangue" (Record, 1997) para tratar sobre exorcismo. "Não me arrependi. O que eles fizeram foi um desrespeito". Sandra admite que esse temperamento pode ter prejudicado sua carreira. Por conta disso, fez alguns "inimigos".

Walter Avancini, diretor morto em 2001, foi um deles. "Trabalhava em Portugal quando ele me convidou para fazer uma novela na Tupi. Me convenceu a voltar ao oferecer um salário três vezes maior do que eu ganhava quando havia deixado o país. Só omitiu que a inflação tinha camuflado esse aumento. Fiquei possessa".

Aos 57 anos, Sandra defende as pornochanchadas, gênero que a lançou ao estrelato. Foi pelo sucesso dela em filmes do tipo que foi chamada para estrelar "O Casarão" (1976), clássico da teledramaturgia brasileira. "Hoje qualquer novela das seis tem cenas mais pesadas", compara a atriz, que nota certa diferença na maneira como se faz TV hoje. "É engraçado como os jovens cumprem um ritual para entrar em cena. Fazem treino de voz, vários exercícios... Antes era tudo mais simples", diverte-se.

(Matéria de Juliana Alencar publicada no jornal Diário de S.Paulo em 20/10/2009)

Clique aqui para conferir a filmografia de Sandra Barsotti e aqui para ver um blog dedicado à atriz.

1.8.09

Entrevista histórica 2: Walter Gabarron

Mondo Cane publica hoje a segunda parte da entrevista com o ator Walter Gabarron, um dos mais atuantes da fase explícita do cinema da Boca do Lixo de São Paulo. Na foto ao lado, Gabarron aparece entre as atrizes Paula Sanches (à esquerda) e Cláudia Wonder, no filme "Sexo dos Anormais", dirigido em 1984 por Alfredo Sternheim.

Como sua família reagiu quando você começou a fazer filmes pornô? Teve algum problema?
Da família exatamente não. Porque eu sou órfão de pai e mãe. Então eu considero família pai e mãe. Fui criado separado dos meus irmãos. Mas quando saiu em 84 uma matéria sobre mim no jornal, acho que foi a primeira colorida do NP (Notícias Populares): "Marido e esposa ganham a vida fazendo sexo". Eu atuava com minha mulher (no cinema). E a matéria saiu bem grande. Foi um choque. Meus tios ficaram furiosos. No dia que saiu a matéria, eu fui para o interior, onde eles (tios) moram. Cheguei lá, tinha uma festa. Cheguei e eu não sabia se entrava ou se voltava pra rodoviária, porque a recepção foi péssima. Eu tenho uma tia que é freira. Ela foi quem quebrou o gelo, "vamos entrando", tal. Entrei e então entendi a situação. Este jornal estava bem na mesinha. Aí deles eles foram entendendo. Passaram a entender que era um trabalho artístico, que era uma coisa profissional.

Onde você nasceu?
São Paulo.

Mas a família é do interior?
Interior de Jaú. Eu fui criado lá. Fui criado em Jaú até os 12 anos. Depois que eu vim para São Paulo para morar com meu pai, pois a minha avó, que me criava, morreu. Quando fiz 14 anos, meu pai morreu. Aí eu caí no mundo, fiquei sozinho. Nunca dei muita importância pro lado de família não.

Trabalhar com teatro (infantil) foi seu primeiro emprego?
Não. Antes disso fiz um curso no Senai, me formei em eletricidade. Fui secretário, um monte de coisa.

Mas chegou a exercer a profissão?
Não sei nem instalar uma lâmpada hoje.

Ficou só no curso mesmo.
Só no curso. Não gostava, eu fiz exatamente por causa deste negócio de família: "não, tem que ter uma profissão". Aí eu fui e fiz. Me formei, só que o diploma está enfiado em uma gaveta não sei onde.

As pessoas que trabalham pela primeira vez numa peça pornô chegam com algum bloqueio pra desenvolver o papel? Como é que você faz para quebrar esse bloqueio deles? (Nota de Mondo Cane: na época, Walter Gabarron coordenava as apresentações no Teatro Orion)
Bem, a inibição pra teatro... Principalmente para fazer uma cena de sexo no teatro ao vivo, o cara leva, se ele nunca fez nada, uma semana (pra perder a inibição). E mesmo assim, às vezes não consegue, desiste.

Aí você vai fazendo ensaios com ele até botar ao vivo...
O ensaio é feito em cena mesmo, com o público, porque não tem como (ser o contrário). De repente o cara consegue (fazer sexo) sem ninguém (olhando), mas quando ele vê 10 pessoas na platéia não consegue.

No teatro, para a mulher o trabalho é mais fácil, sendo que o homem tem a obrigatoriedade de ter uma ereção...
O homem é o seguinte: ou sobe ou não sobe.

Se não subir, como é que faz na hora? Como que improvisa?
Neste caso eu tenho bastante experiência. Então eu tinha (para escolher) todas as posições na época que eu fazia (peças pornôs). São 20, 30 posições. Dentre elas eu escolho aquela que não mostra (o órgão penetrando). Eu faço um simulado muito bem feito e às vezes o pessoal não percebe. Agora quem não tem a manha é vaiado, é brocha daqui, brocha dali. E acontece, porque tem hora que você tá com dor de cabeça, não tá legal, você não está bem, o pau não sobe mesmo. Quanto mais a menina chupa, mais ele cai, entendeu? Aí o cara é vaiado mesmo.

(Continua)
Veja a primeira parte aqui.

30.7.09

Atriz lançada por David Cardoso morre durante gravação de filme

Uma atriz que estava iniciando a carreira no cinema da Boca do Lixo teve um final trágico quando participava de seu segundo filme. Waldirene Manna morreu aos 18 anos, no dia 5 de março de 1988, quando atuava na filmagem de "Feitiço do Gavião", do diretor Rubens da Silva Prado. Um ano antes da tragédia, Waldirene foi convidada por David Cardoso para participar do filme "O Dia do Gato".

Rubens da Silva Prado foi acusado pela morte de Waldirene, ocorrida em uma cachoeira na cidade de Guararema, na Grande São Paulo. Prado corria o risco de pegar uma pena de seis a 20 anos de prisão depois que a promotora Eliana Passarelli Lepera, da Vara Distrital de Guararema, ofereceu denúncia contra ele, no dia 14 de novembro de 1989, pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar).

Segundo informações da promotora na época, Prado fez com que Waldirene se embrenhasse nas matas que circundavam a Cachoeira do Putin durante a gravação de uma cena. O diretor teria pedido para Waldirene ficar de pé sobre uma pedra limosa, em local perigoso e de difícil acesso, perto da cachoeira. A atriz escorregou e caiu de uma grande altura, morrendo afogada. Seu corpo nu foi encontrado entre as pedras. Não havia rede ou qualquer dispositivo de proteção para conter a queda da atriz.

Para a promotora, Prado assumiu o risco de provocar a morte da atriz ao não oferecer segurança para ela. "No empenho de ver o filme realizado de acordo com sua idealização, levou à frente a execução (do filme), ante a possibilidade de ocorrer uma tragédia. Com isso, deverá agora responder por crime de homicídio simples, capitulado no artigo 121 do Código Penal", noticiou o DIÁRIO POPULAR na época em que a promotora ofereceu denúncia contra o diretor.

A promotora pediu que fossem ouvidas no processo 21 testemunhas, a maiora delas integrantes da equipe cinematográfica, além da mãe e de uma irmã da vítima. O jornal O GLOBO também noticiou a morte de Waldirene Manna durante as filmagens de "Feitiço do Gavião". Mondo Cane não encontrou mais registros do caso em arquivos da grande imprensa. Pesquisadores de cinema afirmam que Prado evita comentar o assunto até hoje, tema tão delicado para ele quanto os pornôs que dirigiu após o sucesso em filmes do gênero faroeste.

20.7.09

Entrevista histórica: Walter Gabarron

Walter Gabarron foi um dos atores mais atuantes da fase explícita do cinema da Boca do Lixo de São Paulo. Ele atuou em quase 100 filmes, a maioria deles ao lado da ex-mulher Eliane Gabarron. O casal se conheceu em uma companhia de teatro infantil em 1975 e nos dois anos seguintes fez pontas nas novelas "Éramos Seis" e "Tchan: A Grande Sacada", ambas na TV Tupi. O casal também fez uma pequena participação no filme "Perversão - Estupro" (1978), de José Mojica Marins. Com a chegada do cinema de sexo explícito na Boca no início dos anos 80, Walter e a mulher resolveram abraçar o gênero, trabalhando com vários diretores. Pouco antes da extinção das produções da Boca, Eliane largou a carreira ao se converter em testemunha de Jeová, mas Walter continuou trabalhando como "expliciteiro" em peças de teatro. Walter não chegou aos 50 anos de idade. Um câncer raro (Linfoma de Hodgkin) tirou a vida dele em 2005, aos 47 anos. Mondo Cane presta um tributo ao ator com essa entrevista que encontrei perdida em um baú de casa. Eu e um amigo estávamos passando em frente ao Teatro Orion, na Rua Aurora, República, região central de São Paulo, no começo de 1997, quando reconheci Walter parado na porta do estabelecimento. Eu estava no segundo ano de faculdade e perguntei se poderia entrevistá-lo. A entrevista será publicada em várias partes, uma vez por semana, pois o material é extenso. A foto ao lado foi tirada do filme "A Menina do Sexo Diabólico" (1987), dirigido por Mário Lima.

Quando você começou sua carreira?
No meio artístico estou desde 1975. Comecei fazendo teatro infantil, de 75 a 77. Aí eu parei. Voltei em 1983 e já estava na época do filme erótico. Fui convidado, pensei bem e resolvi fazer o primeiro: "O Delicioso Sabor do Sexo" (1984). Foi feito com o nome de "Mulher... Sexo... Veneno (1984), só que aí não foi possível (a minha cena entrar no filme) e eles (diretor e produtor) guardaram a filmagem. O que foi filmado (comigo), depois jogaram no outro filme, "O Delicioso Sabor do Sexo". Aí o pessoal descobriu e toquei adiante.

O que ocasionou a interrupção de 1977 a 1983?
De repente eu casei, tive uma filha e viver de teatro (na época eu fazia mais teatro, o cinema mesmo comecei a fazer em 1983), principalmente infantil, é impossível. Aí eu larguei (a carreira de ator) e fui trabalhar normalmente.

No tempo que você trabalhava com teatro infantil era de forma independente?
Era uma companhia. Companhia Teatro Infantil Paulistano. Era uma companhia profissional, nós levávamos peças ao Teatro Ruth Escobar, Teatro Aquarius, que existia na época. Então a gente tinha uma temporada, viajava pra Santos, pro Interior, fazendo peças como A Gata Borralheira.

O trabalho teatral começou por influência de alguém ou...
Eu entrei no teatro através de uma agência de empregos. Fui procurar emprego, na época do Exército não conseguia emprego. Fui em uma agência de serviços temporários e me indicaram a Companhia Teatro Infantil Paulistano pra fazer uma temporada de festa junina no Playcenter. Pra dançar quadrilha, esse negócio todo, casamento caipira, tal. Então como estava sem fazer nada e o cachezinho era bom, eu fui. Aí me interessei pela coisa, a dona da companhia gostou de mim, conheci minha mulher (Eliane Gabarron) lá. Entrei através de uma agência de emprego, quando eu nem pensava em mexer com esse tipo de coisa.

E quanto tempo você trabalhou com teatro e cinema pornô? Primeiro foi o cinema, não?
Primeiro foi o cinema, de 83 a 89. Foi quando o cinema funcionava, era um filme atrás do outro, uma produção atrás da outra. Aí em 89 parou completamente.

Plano Collor?
Não sei o que foi. Os produtores disseram que o exibidor queria uma porcentagem muito alta da renda, então para eles não compensava. Compensava mais pegar um filme de fora e aumentar um pouquinho, porque o filme de fora é menor, é curto, e colocavam um enxertozinho qualquer para lançar aqui. Para eles (produtores e exibidores) é mais negócio pegar um filme de fora do que produzir aqui.

Fale um pouco sobre o mercado de vídeos nacionais, comparando com o externo hoje. O vídeo nacional está prejudicado ou está ganhando espaço? Como é agora em relação há 10 anos?
Hoje em dia os filmes nacionais estão um porcaria. Estão pegando um elenco de péssima qualidade, pessoas que de repente só sabem fazer sexo, e mal. Então não consegue crescer nunca.

Quando atuava, você obteve algum tipo de reconhecimento? Como foi a repercussão dos filmes?
Foi bom, tanto que ando nas ruas e o pessoal reconhece. Em termos de grana, é aquela coisa, nós estamos no Brasil. Então você ganha para fazer um filme, acabou o filme você tem que fazer outro, senão você não ganha. Você não tem bilheteria, não tem porcentagem nenhuma, o sindicato não faz porcaria nenhuma pelos atores. Sou sindicalizado, tenho DRT, sou profissional, mas não há apoio nenhum.

Um dos principais problemas, hoje, do vídeo pornô brasileiro é a qualidade dos atores...
Com certeza.

Além disso, qual seria outro grande problema?
É o preconceito muito grande que se tem do produto brasileiro. Ninguém gosta. Prefere o de fora. Você tem uma mulher bonita aqui fazendo (pornô), eles (consumidores brasileiros) preferem uma magra peituda lá de fora. Não tem jeito. Eles (os gringos) alugam um iate, filmam no iate. Aqui não, alugam um (apartamento) quitinete vagabundo e vão fazer o filme. São duas ou três posições. Aquela coisa maçante, sabe, não é mais como no início do cinema. Porque na minha época, eles faziam o filme para o cinema. Depois de pronto para o cinema, eles passavam para o VHS. Depois tentaram filmar diretamente para o vídeo. Ficou uma porcaria. Fiz uns 4, 5 filmes. Uma merda.

E quantos filmes você fez ao longo da carreira?
Mais de 100. (Foram) 115, 120, por aí.

E todos saíram em vídeo no Brasil?
Todos foram feitos para o cinema e depois passados para vídeo.

(Continua)

19.7.09

"Um buraquinho não faz mal pra ninguém"

"Elas São do Baralho" (1976) foi o terceiro dos cinco filmes dirigidos pelo novelista Silvio de Abreu na Boca do Lixo de São Paulo. Trata-se de uma das pornochanchadas produzidas com esmero pela Cinedistri, companhia fundada em 1949 por Oswaldo Massaini na Rua Dom José de Barros, no Centro de São Paulo, e que sete anos depois se instalaria na Rua do Triunfo, a principal central de produção do cinema da Boca do Lixo.

Silvio de Abreu desenvolveu o argumento e roteiro de "Elas São do Baralho" com o crítico de cinema Rubens Ewald Filho. Eugênio Miranda (Cláudio Corrêa e Castro) é um executivo de uma corretora de valores em Belo Horizonte que, a contragosto, é transferido para a filial de São Paulo a fim de melhorar o desempenho da filial paulista. Ele viaja com a mulher Angélica (Sônia Mamed), quando tem o carro abordado por assaltantes, entre eles o gaiato Pirilampo (Adoniran Barbosa).

O mineiro ainda sofre na mão de um grupo de menores golpistas. Um dos moleques espanta os ladrões ao imitar a sirene de uma viatura, mas outro pivete furta a chave do carro sem que Eugênio veja. Os moleques exigem uma recompensa para procurarem a chave do veículo. Depois de embolsar uma grana do executivo, os dois garotos entram no carro para ensinar o executivo como sair do matagal.

No meio do caminho, os moleques queimam um chumaço de pano e o atiraram pela janela, depois que o cheiro impregnou o interior do carro. Os meninos fazem Eugênio acreditar que o automóvel está com problema do motor e o levam até um mecânico golpista, que arranca dinheiro do mineiro sem o menor esforço. Eugênio ainda perde uma grana ao se envolver em um acidente de trânsito.

A estadia do executivo em São Paulo piora depois que um policial chega no local do acidente e pede os documentos do carro. Eugênio explica que foi assaltado e o policial questiona se ele tinha dado queixa do roubo. O mineiro e a mulher são levados para prestar esclarecimento na delegacia, onde acabam presos e humilhados pelo delegado de plantão (Carlos Koppa).

Com a prisão dos assaltantes e o encontro do documento de Eugênio entre os objetos apreendidos com o bando, o mineiro é libertado. Ao chegar no escritório no dia seguinte, Eugênio descobre que os corretores paulistas não costumam aparecer tão cedo no serviço e avisa que vai instituir o livro de ponto. Os paulistas decidem armar uma festinha surpresa para o executivo mineiro.

A festa em questão reunirá várias mulheres nuas. Os corretores perguntam se o executivo toparia participar de uma reunião mais íntima, para que todos se conhecessem. Eugênio relata que em Belo Horizonte costumava se encontrar com os amigos de trabalho para jogar buraco. "Um buraquinho não faz mal para ninguém", observa o mineiro, fazendo com que os subordinados caíam na gargalhada.

No dia da farra, Eugênio aparece na festa surpresa com a mulher do lado. A confusão começa, quando os paulistas tentam esconder a mulherada pelada no apartamento para que a esposa do mineiro não perceba a real intenção do encontro promovido por eles. A balbúrdia aumenta mais ainda com a chegada de um travesti faixa preta de caratê, que havia sido contratado para participar da festinha.

17.7.09

Onde andará Zilda Mayo?

Aos 56 anos, Zilda Mayo continua com o corpo esbelto. Conheci a atriz no final de 2007, quando a entrevistei para a biografia de Sady Baby. Na ocasião, antes da entrevista, Zilda comentou que por causa da boa forma poderia posar nua se alguma revista masculina a convidasse e o cachê fosse interessante para ela. "Não precisariam tratar as fotos porque não tenho estrias nem celulite", afirmou a estrela, que hoje atua como produtora teatral no interior de São Paulo. Depois de algumas horas de bate-papo, comentei com Zilda que passaria o contato dela para o jornalista Nicolau Radamés Creti, que escreve a coluna Cadê Você para o jornal Diário de S.Paulo, dedicada aos ídolos do passado. Algum tempo depois, Zilda saiu na coluna, cujo conteúdo está transcrito abaixo:

Atriz luta contra imagem de ter feito pornografia

Já faz quase 20 anos que a paulista Zilda Sedenho fez seu último filme. E faz 20 anos que ela vive um dilema: ao mesmo tempo em que encontra fãs carinhosos, que não se esquecem de seu rosto, ainda luta contra o preconceito de ser chamada de "atriz pornô", uma marca que não desaparece com o tempo.

"Fui muito julgada", desabafa Zilda Mayo, nome artístico com o qual ficou conhecida ao longo de 42 filmes e alguns trabalhos na televisão e no teatro. "Sofri e ainda sofro muito preconceito. Nunca fiz filme de sexo explícito, mas as pessoas acham que fiz. Não sou contra quem faz, mas não faria por dinheiro nenhum".

A explicação tem razão. Zilda é da época das famosas pornochanchadas, filmes hoje "inocentes", que chamavam muito mais a atenção pelos títulos maliciosos do que pelas cenas propriamente ditas. "Era uma época em que fazíamos dois filmes por mês", conta. "O diretor tinha que fazer tudo rápido, não podia repetir cena pra não gastar negativo... Mas, mesmo assim, era tudo feito com alegria. As pessoas iam mais ao cinema. Não tinha vídeo, shopping...", observa Zilda.

Apesar da declaração, não pense que tudo é romantismo para Zilda. Ao contrário. "Hoje, quando passa o tempo, você vê como foi explorada e teve a imagem usada. Os cachês eram miseráveis, não se ganhava dinheiro e a estrutura era pobre", revela. Hoje, Zilda finaliza um livro em que pretende contar tudo o que viveu nos sets de cinema e nos estúdios de TV. "Fui muito rotulada. Nem sempre fiz pornochanchada. E acho que esse rótulo me prejudicou muito na TV. A maioria dos diretores acha que eu só sei tirar a roupa", desabafa.

NO AUGE
Zilda Mayo tinha 22 anos quando fez seu primeiro filme, "Ninguém Segura Essas Mulheres". A partir daí, não saiu mais da telona: foram 42 filmes nas décadas de 70 e 80. Posou ainda para todas as revistas masculinas. Na TV, trabalhou com Sílvio Santos e fez trabalhos como a minissérie "Irmã Catarina", de 1996.

TESTE
1 - Qual foi o último filme de Zilda Mayo?
(A) Instrumento da Máfia
(B) Bacanais na Ilha das Ninfetas
(C) A Ilha dos Prazeres Proibidos

2 - Com que falecido ator Zilda Mayo contracenou na novela "Filhos do Sol", da extinta TV Manchete, em 1991?
(A) Carlos Augusto Strazzer
(B) Paulo Autran
(C) Luiz Armando Queiróz

3 - Na minissérie "Casa de Pensão", da TV Cultura, Zilda trabalhou ao lado de outra colega da época dos filmes de pornochanchadas. Quem era ela?
(A) Aldine Müller
(B) Helena Ramos
(C) Zaira Bueno

4 - Como se chamava o filme que contava a história de uma estudante assassinada no Rio?
(A) Caso Cláudia
(B) A História de Maria
(C) Amor Verdadeiro

16.7.09

A morte de Leila Lopes

A última cena de "Pecado Final", terceiro filme da trilogia pornográfica protagonizada pela atriz Leila Lopes que chegou às locadoras especializadas neste mês, pode provocar reações diferentes nas pessoas que o alugarem ou baixarem-no da Internet. Talvez o amigo Fausto Salvadori, chamado de violento e marrom por Leila, tenha motivos para comemorar.

É que a personagem de Leila no filme, a fogosa Marlene, que transforma em escravo sexual um inocente seminarista (Carlos Bazuca), será assassinada pelo amante numa cena cheia de dramaticidade. "O seminarista mata Marlene por não aguentar o intenso desejo que sente por ela e o forte conflito provocado por sua orientação religiosa", explicou Leila para a repórter Mariana Zylberkan, do Diário de S.Paulo.

Nesta terceira parte, a atriz participa de duas cenas de sexo, sendo que em uma delas ela contracena com outra mulher. "Chorei depois que filmei essa cena. Foi algo muito difícil para mim, porque sou totalmente heterossexual, mas já superei", relembrou Leila, que já havia gravado essa sequência na época do lançamento do primeiro filme.

As seis cenas de sexo – exibidas em "Pecados e Tentações", "O Pecado sem Perdão" e "Pecado Final" – foram rodadas de uma só vez, no final de 2007. Apesar de ter conquistado um novo nicho de fãs – "Pecados e Tentações" chegou às locadoras já com a primeira remessa esgotada –, Leila garante que não repetirá a dose. "Esses filmes foram um parêntese na minha carreira. Eu os abri e agora já os fechei. Meus projetos futuros envolvem o exercício do jornalismo", afirma a atriz, que se prepara para apresentar o programa "Calcinha justa", exibido no canal fechado Sexy Privê Brasileirinhas, parceria da produtora com a Band, e um talk show na internet.

15.7.09

Cuidado: não cruze o caminho de Sady Baby em...

A palavra sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro, surgiu do nome de Marquês de Sade, como era conhecido o aristocrata e escritor francês Donatien Alphonse François de Sade (1740 - 1814). Mas bem que poderia ter originado do nome de Sady Baby, como é conhecido o cineasta gaúcho Sadi Plauth, que nunca soube quem era Marquês de Sade.

Todas as obras de Sady Baby são repletas de cenas de dominação. Geralmente o próprio cineasta aparece em cena obrigando alguém a manter relações sexuais com outra pessoa ou até mesmo com um animal. A coerção sempre acontece sob a mira de alguma arma. A satisfação com a morte alheia também está presente nos papéis interpretados por Sady em suas obras. E as seqüências mais criativas de homicídios podem ser vistas no filme "Emoções Sexuais de um Jegue" (1986).

Nesse filme Sady é o presidiário aidético Gavião. Após fugir da prisão, Gavião encontra uma loira perambulando por uma mata. Para tirar o atraso, o facínora arrasta a mulher para um local onde há um providencial caixão. "Esse é o caixão do amor. Estou com fome de sexo. Vou comer seu cu aqui dentro", diz Gavião para a beldade, uma das duas mulheres que são infectadas pelo bandido com o vírus HIV durante o filme.

A grande saga de Gavião em "Emoções Sexuais..." é encontrar seu pai, o caquético "velho Paçoca, para matá-lo. Isso porque o idoso engravidou a mulher do filho enquanto ele esteve em cana. Gavião ameaça esmurrar a barriga da mulher para que ela perca o bebê. No final, ele resolve atear fogo no casebre onde a adúltera mora. A mulher não consegue escapar do ato bárbaro porque o marido a amarrou e cobriu sua cabeça com um saco.

O criminoso fica sabendo que o pai também traçou a própria filha, ao ver o proeminente barrigão dela. O diálogo entre Gavião e a irmã é um dos momentos mais engraçados do filme. "Quem é o pai da criança?", pergunta o bandidão. "O pai", responde a irmã. "Que pai?", volta a questionar Gavião. "O nosso pai", explica a irmã. "Velho fedido. Eu vou comer o cu daquele velho filho da puta", resmunga o fugitivo, saindo no encalço do velho tarado.

Durante sua busca, Gavião obriga um médico a chupar uma ferida em seu braço, para infectá-lo com o vírus da Aids (a punição foi porque o médico prometeu uma cura para a doença e não cumpriu a promessa), e ainda mata um homossexual em uma boate, abrindo o tórax dele com uma motosserra. Mais para a frente o bandido é baleado por um homem de quem roubou um carro, mas o ferimento provocado pelo tiro não impede que ele continue atrás do "velho Paçoca". O tão esperado encontro acontece no final do filme.

“Emoções Sexuais...” tem duas cenas que comprovam a genialidade de Sady Baby. Em uma delas, o cineasta gaúcho aparece com uma motoserra cortando a barriga de um infeliz. Sady nunca viu “O Massacre da Serra Elétrica” nem “Evil Dead” ou qualquer outro filme de horror que influenciasse as cenas sangrentas de suas obras pornográficas. Na outra cena, Sady mostra o que faria se pudesse colocar uma câmera dentro da vagina da atriz. Como isso seria impossível, o cineasta pediu para um ator enfiar o pênis num pedaço de bife e registrou como seria um gozo visto do interior da vagina.

Aproveitando o sucesso de outro filme anterior dele, "Emoções Sexuais de um Cavalo", Sady Baby repetiu o título nessa sua obra de vingança trocando apenas o eqüino. Mas o jegue aparece em uma rápida cena e ainda decepciona os zoófilos de plantão. Mas os fãs de cinema extremo ou de ação vão se divertir com as peripécias do personagem interpretado pelo Marquês Sady.

O filme pode ser baixado aqui.

12.7.09

Grandes bundas: Ana Bella

Ana Bella foi uma das principais atrizes de filmes pornô da década de 90. Nascida em Blumenau (SC), Ana resolveu virar uma estrela pornográfica após ser incentivada por um namorado. A catarinense chamou a atenção dos pornógrafos por causa de seu rostinho angelical e de seu corpo de mulherão, cujo principal atributo é o bumbum perfeito (que continua maravilhoso até hoje, mesmo perto da estrela completar 30 anos de idade).

A beldade atuou em filmes do diretor Gregório de Mattos (pseudônimo de Orlando Gregório), como Incesto, Sexo Acidental, Rabo de Arraia e República do Prazer. Em entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo de 2 de janeiro de 1997, Gregório classificou Ana Bella como a “atual rainha do bumbum”. “Depois da Gretchen e da Rita Cadillac, é o bumbum que está despontando”, disse Gregório, que também afirmou na ocasião que valorizava as atrizes pornôs. “No Brasil não há ainda a classe de atriz pornô. São mal remuneradas e não sabem interpretar. Tem diretor que paga R$ 300 por filme. Acho um absurdo, uma exploração total. Pago R$ 800. Ana Bella, que é uma exceção, ganha R$ 2.000”, revelou Gregório.

Pouco antes da virada do milênio, Ana Bella abandonou a carreira de atriz pornô, quando era morena, e apareceu como figurante em programas de televisão, já loira. Assumindo o nome Ana Paula Gimenez, ela mostrou seu belo corpo em pegadinhas do extinto programa Festa do Mallandro, apresentado por Sérgio Mallandro na TV Gazeta. Antes disso, Ana Bella já tinha aparecido em quadros do programa Sílvio Santos e do Domingo Legal de Gugu Liberato.

Ela também chegou a integrar o conjunto Banana Split.Ana Paula Gimenez também fez vários ensaios fotográficos para revistas masculinas, como Sexy e Man. Ela também se exibiu ao vivo para internautas no site Dream Cam Club, além de fazer fotos sensuais para outros endereços na Internet. Parece que Ana Paula Gimenez quer esquecer o passado como Ana Bella, chegando ao ponto de já ter declarado que nunca tinha feito filme pornô. Hoje, os pornógrafos procuram os filmes de Ana Bella para baixar pela Internet. Dessa maneira, não há como deixar o passado de Ana Bella no esquecimento.

No covil dos Ratos de Porão

O diretor Fernando Rick não teve nenhum problema para entrar no covil do Ratos de Porão, banda cuja trajetória de 28 anos é marcada por histórias recheadas com drogas, brigas entre os integrantes e outras loucuras. Afinal de contas, o paulistano de 25 anos já tinha dirigido filmes de terror como Rubão, o Canibal (2002), Feto Morto (2003) e Coleção de Humanos Mortos (2005), antes de finalizar o documentário “Guidable — A Verdadeira História do Ratos de Porão”, que foi exibido em maio no Cine Olido, no Centro de São Paulo. Ele contou com a ajuda de Marcelo Appezzato, co-diretor da cinebiografia.

A ideia do documentário surgiu em 2006, quando Rick manteve um primeiro contato com a banda para dirigir o videoclipe da música Covardia de Plantão. Por causa das cenas explícitas de violência, o clipe não pôde ser exibido na MTV e virou febre entre os internautas. “O clip foi censurado pela Deckdisc (gravadora do Ratos)”, diz Rick. O vocalista João Gordo, também apresentador da MTV, resolveu convidar o jovem diretor para fazer o documentário da banda, uma das mais importantes do mundo na cena punk/hardcore/crossover.

“O Gordo entrou como produtor e não chegou a gastar R$ 5 mil no projeto”, recorda Rick. Segundo ele, os equipamentos para as filmagens foram cedidos por amigos e toda a equipe responsável pela fotografia, iluminação e áudio do filme trabalhou sem receber qualquer remuneração. “Todo mundo trampou de graça, foi tudo na brodagem”, conta Rick. As gravações do documentário ocorreram entre janeiro de 2007 e novembro de 2008. A edição foi concluída no começo deste ano e resultou num filme de 121 minutos.

Rick ouviu todos os integrantes que passaram pela banda e colheu imagens históricas para contar a história do grupo. “Guidable” não censura nada da vida dos integrantes do Ratos. Jabá, primeiro baixista da banda, estava internado na Febem por assalto à mão armada e, assim que saiu de lá, ajudou a fundar o Ratos com os amigos Jão e Betinho. Anos depois, Jabá foi expulso da banda por estar viciado em crack. Os membros do Ratos falam abertamente sobre o envolvimento deles com as drogas e não deixam de criticar um ao outro.

Rick lembra que sofreu para fazer a edição final do documentário, pois precisou deixar muito material de fora. “Se fosse usar tudo, daria uns 30 DVDs, cada um deles com oito horas de duração”, conta o diretor. Os fãs do Ratos serão recompensados no futuro, pois Rick promete lançar um DVD duplo com cinco horas de material extra.

11.7.09

Flagrante: meninas aliviam a bexiga em frente ao Museu do Ipiranga

Mondo Cane flagrou duas mocinhas mijando na calçada em frente ao Museu do Ipiranga, na Zona Sul, há três anos. As duas beldades mijavam juntinhas ao lado de um Gol, onde um amigo delas aguardava. O carro de reportagem de Mondo Cane passava pelo local, quando nosso atento motorista viu as duas moçoilas se levantando. O piloto parou o carro imediatamente. Sem saber que tratava-se de uma equipe jornalística, as duas jovens decidiram se exibir. Elas abaixaram as calças e empinaram suas bundinhas gostosas. Nesse momento, o flash estourou, iluminando os rabinhos delas. “Nossa, eles estão tirando foto”, falou uma das garotas. Conseguir essas fotos foi o maior rabo.





As fotos são de Vinícius Pereira

11.5.09

No mundo do crime, tal mãe, tal filho

Se vieram aqui por causa do meu filho, eu vou quebrar a câmera (fotográfica) de vocês. Tem muito mais bandido pior que ele na rua para vocês irem atrás". Foram com essas palavras que uma dona-de-casa de 43 anos, mãe do menino de 12 anos que foi parar na delegacia 11 vezes, recebeu a nossa equipe na madrugada de segunda-feira da semana passada. Na ocasião, F.R.A. tinha sido detido ao tentar furtar o carro de um sargento da Polícia Militar.

A tentativa de agressão ocorreu em frente ao 1º DP de Diadema, para onde mãe e filho foram encaminhados após o caso ser registrado no 3º DP da cidade. Ao descer da viatura da PM e ser cercado por fotógrafos e cinegrafistas, F. fez apenas uma recomendação: "Não filma minha mãe". Já dentro da delegacia, onde recebeu a orientação de apresentar o filho à Vara da Infância e Juventude, a dona-de-casa quis saber dos policiais civis: "Se eu der umas bengaladas neles (jornalistas) eu não vou presa, vou?".

Assim que deixou o 1º DP, a dona-de-casa tentou golpear os fotógrafos com a bengala. Ela acertou a lente da máquina de um dos fotógrafos e depois saiu correndo atrás dos outros, mesmo mancando. Sem alcançar ninguém, ela foi embora com o filho, que ameaçou os fotógrafos. "Vocês fazem isso (tirar fotos) porque estão na frente da delegacia. Quero ver (fazer isso) lá na quebrada", disse F., que mora no Jardim Ubirajara, Zona Sul de São Paulo. Lá na quebrada, o moleque passou a ser chamado de "Celebridade" pela vizinhança.

A primeira detenção de F. ocorreu no dia 31 de outubro de 2007, quando ele foi pego por dirigir sem carteira de habilitação com 11 anos de idade. Em 24 de abril de 2008, F. foi flagrado outra vez guiando um carro. Dois meses depois, ele foi acusado de arrombar e furtar um estabelecimento comercial. Entre os dias 16 de agosto e 15 de dezembro do 2008, F. se envolveu em cinco furtos de carros e também foi detido por desacatar um policial e mostrar o órgão genital para ele. Neste ano, o menino foi detido duas vezes por furto de carro.

Com 1,40 metro de altura, o moleque já foi considerado um às no volante por policiais que já o perseguiram pelas ruas de São Paulo. No bairro onde mora, o menino coloca medo em adultos e não abaixa a crista para a polícia. Os pais são reféns dele. Um juiz da Vara da Infância e Juventude de Santo Amaro mandou uma Kombi para buscar os pais do menino para uma audiência. F. disse que da casa ninguém ia sair e os pais obedeceram prontamente.

F. tem a quem puxar dentro de casa. A mãe dele, a mesma que tentou golpear os fotógrafos, já foi presa aos 18 anos por assalto a mão armada e cumpriu cinco anos de pena. Em abril do ano passado, ela foi detida outra vez por receptação de objetos roubados. Ela foi detida novamente em abril deste ano, por receptação. Depois de encontrar F. dirigindo o Fusca de um tio, a polícia foi até a residência da dona-de-casa e encontrou uma caixa com cinco talões e quatro folhas de cheques furtados. A mulher cumpriu um mês de prisão na Penitenciária Feminina Santana e está em liberdade provisória.

24.4.09

Atriz obriga brucutu a ficar de 4 em público

Quem via a cena de longe, pensava que aquele cara loiro ajoelhado aos pés da atriz pornô Marcia Imperator poderia estar reverenciando-a, como se ela fosse sua deusa. Mas a quantidade de investigadores do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil ao redor do casal indicava que estava rolando uma baita confusão.

Eram 4h da madrugada de ontem e Marcia tinha acabado de sair do Bar Estadão, no Viaduto Nove de Julho, no Centro de São Paulo. Sempre que pode, a atriz aparece por lá para comer um lanche e tomar um suco (na maioria das vezes, ela pede o de melancia). Assim que deixou o Estadão, Marcia foi abordada pelo cara loiro, que serrando os dentes, disparou quase perto do ouvido dela:

- Chupo você todinha, até o grelo!

Acostumada a ouvir gracejos e pedidos para posar para as lentes de máquinas digitais e telefones celulares quando dá as caras no Estadão, Marcia não acreditou no que tinha ouvido. Pediu para o troglodita repetir o que havia falado e logo em seguida retrucou:

- Quer dizer que você vai me chupar toda? Benhê!!!

Marcia chamou o namorado, que tinha saído por outra porta do Estadão e parado para conversar com policiais do GOE. O namorado se aproximou para ver o que estava acontecendo e a atriz explicou:

- Benhê, ele disse que vai me chupar todinha.

O cara louro ficou mais branco ainda. Enquanto ele tentava se explicar, o namorado de Marcia acionou os policiais civis para registrar queixa do assédio. Um dos investigadores pediu o RG do louro e depois perguntou para Marcia se ela queria ir até a delegacia registrar queixa.

- Eu não vou para a delegacia se ele pedir desculpas para todo mundo ouvir. E de joelhos.

O louro prontamente se jogou aos pés de Marcia:

- Desculpa.

Marcia colocou a mão no ouvido e, olhando para o interior do Estadão, repleto de clientes, falou:

- Acho que ninguém escutou.

- DESCULPAAAAA, berrou o louro.

Envergonhado, o louro sumiu rapidamente após a atriz pornô aceitar o seu "sincero" pedido de desculpa. Muitas mulheres apoiaram o esculacho que Marcia deu no troglodita.

16.4.09

Um rebuceteio na vida de Cláudio Cunha

Deu na coluna da Monica Bérgamo, no Caderno Ilustrada, da edição de ontem da Folha de S.Paulo:

DIVÃ
O ator Cláudio Cunha, que estrela peças com o personagem Analista de Bagé, do escritor Luis Fernando Verissimo, foi proibido pela Justiça de usar o título do livro e de citar o nome do autor nos espetáculos, sob pena de multa diária de R$ 1.000.

A defesa do escritor alegou que as montagens não tinham mais nada a ver com sua obra e que beiravam a pornografia.

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Cunha diz que não usava os textos de Verissimo "há mais de cinco anos" e que é vítima de preconceito, por ter feito pornochanchadas nos anos 70. O escritor gaúcho conta que o ator não acatou seus pedidos para que mudasse o nome da peça. "O único preconceito que eu tenho em relação a ele é o que teria com qualquer outra pessoa que agisse desta maneira", diz ele.

Dôssie Cláudio Cunha
Para quem quiser conhecer a carreira do ator e diretor Cláudio Cunha, Mondo Cane recomenda a leitura da edição deste mês da Zingu.
A revista eletrônica de cinema publica a maior entrevista que Cunha concedeu a um órgão de imprensa, além de analisar toda a obra do diretor.
Outra entrevista bacana, concedida por Cunha para os pesquisadores de cinema Laura Cánepa e Remier Lion, pode ser conferida clicando aqui.

14.4.09

"Condessa" troca programas por filme pornô

A ex-mulher do playboy paulista Chiquinho Scarpa, Carola Scarpa, acaba de fazer um filme pornô que se chama (provisoriamente) "A Socialite no Pornô", de acordo com a coluna Olá do Jornal Agora SP.

Em fevereiro, a loira apareceu em uma reportagem especial do SBT Brasil, gravada no Rio Grande do Norte, sobre turismo sexual em Natal. Clique aqui para ver o vídeo da reportagem televisiva.

Apesar de não ter o seu nome citado pelo jornalista Fábio Diamante e de aparecer com um mosaico no rosto para não ser identificada, Carol é identificada na reportagem da seguinte maneira: "ela já foi famosa, casada com um playboy e agora ganha a vida nas ruas de Natal". Facilmente reconhecida, Carola afirma que chega a passar fome e que busca clientes mais velhos e ricos. Em um dos trechos da matéria, ela afirma que na noite anterior manteve relações com um cliente por R$ 200.

Oficialmente, a produtora Sexxy World e a ex-condessa ainda estão em fase de conversação. Mas a previsão é que o filme seja lançado em julho.

Após seu casamento com Chiquinho Scarpa fracassar, Carola arriscou alguns trabalhos como atriz no SBT e chegou a participar do reality show "Casa dos Artistas" em 2002. Carola deixou o confinamento após discutir os outros participantes do programa e ser xingada de vagabunda pela cantora Syang.

Fonte: página do Youtube de Fernanda Gollo

8.4.09

Uma ex-virgem que quer esconder a primeirinha?



A 9ª edição do Big Brother Brasil já acabou e finalmente poderemos ver a coleguinha Priscila Pires peladinha em alguma revista. A família da jornalista e modelo disse que ela está na mira de duas publicações masculinas, certamente a Playboy ou a Sexy.

Mas talvez a nudez de Priscila para as lentes de um fotógrafo não será um feito inédito. Circula na Internet algumas fotos da sister peladinha. Veja as fotos abaixo e prestem atenção na tatuagem, conforme indicação do site Belas & Sensuais.

Amigos da Priscila já avisaram que a Priscila da primeira foto não é a mesma da segunda. Seria outro caso de sósia perfeita, como aquela do site de bondage?

7.4.09

Ex-BBB dá uma de Madalena e tenta barrar filme

Lembram de Léa Ferreira, a motogirl que participou da sexta edição do Big Brother Brasil?

Pois bem, depois que deixou o programa, a sister passou por uma super-recauchutagem com direito a colocação de próteses de silicone, hidrolipoaspiração nos flancos, correção das orelhas e mudanças nos formatos da boca e do nariz.

Com a nova imagem, Léa foi cobiçada para posar nua – o que aconteceu em fevereiro de 2007 -, e para fazer filmes pornô.

Esta última empreitada foi concluída no final do ano passado pela Sexxxy World, que pretendia lançar o material no começo de 2009. No entanto, Léa arrependeu-se e entrou na justiça para evitar a comercialização do filme.

“É verdade, sim. Ela está com um processo porque não quer que o filme saia”, confirmou a assessoria da “Sexxxy World”, que informou ainda não poder dar mais detalhes sobre o assunto já que o caso em segredo de justiça.

Os dados desse post foram tirados do site Ego.

Veja Léa falando com o TV Fama sobre o convite para estrelar um filme clicando aqui.

5.4.09

Atriz pornô faz protesto pirata contra a pirataria

As produtoras brasileiras de filmes pornô ultimamente têm criado factóides para conseguirem espaço na mídia. Uma das táticas mais comum é o anúncio de convites a participantes da última edição do BBB, o que garante notas em sites de notícias, mesmo a gente sabendo que tais propostas serão rejeitadas pelos convidados.

A última jogada de marketing aconteceu anteontem. A atriz pornô Paula Galvão apareceu de topless em plena Avenida Paulista para "protestar" contra a pirataria dos filmes de sacanagem. Com os belos seios de fora, a nova contratada da Sexxxy segurava um cartão com a capa de seu filme e ao lado dela a frase "Diga Não à Pirataria!".

O "protesto" serviu para divulgar o filme "A Felina no Pornô". Segundo a Sexxxy, Paula Galvão foi uma das participantes do concurso Felinas, que já teve como vencedoras as maravilhosas Samambaia e Helen Ganzarolli. Para a decepção dos homens que presenciaram a "manifestação", a polícia exigiu que Paula cobrisse os seios para não ser encanada.

2.4.09

"Quero uma pizza e todo o dinheiro do caixa"

Dois ladrões pediram uma pizza antes de anunciar um assalto em São Bernardo do Campo, no ABC, Grande São Paulo, na noite de anteontem. Os bandidos roubaram o dinheiro do caixa da Pizzaria Chapolim, na Avenida 31 de Março, na Vila Flórida. Os assaltantes foram presos cinco minutos depois do crime porque uma viatura da Polícia Militar passou em frente ao estabelecimento. Com os criminosos, a PM apreendeu dois revólveres.

Os assaltantes chegaram na pizzaria por volta das 21h30. Um deles se sentou em uma das mesas enquanto o comparsa se aproximou do balcão, passando-se por cliente: "Quero uma pizza meia calabresa e meia mussarela", pediu o criminoso. "Quando perguntei se queria que a borda da pizza viesse recheada, o ladrão sacou uma arma e anunciou o assalto", contou o comerciante de 30 anos, que não quis ser identificado.

Além do comerciante, os bandidos dominaram dois funcionários da pizzaria. Os criminosos recolheram R$ 174 do caixa, a maior parte em moedas. "Expliquei que o movimento de terça-feira era fraco e que hoje muitos clientes pagam com cartão", falou o comerciante. Os bandidos estavam tão nervosos que deixaram as moedas caírem no chão. "Eles recolheram uma por uma e foram enfiando nos bolsos", disse o dono da pizzaria, que chegou a ser ameaçado para não olhar no rosto dos ladrões.

Os bandidos se assustaram ao ver uma viatura da 2ª Companhia do 6º Batalhão da PM passar em frente à pizzaria. Os criminosos fugiram do local correndo, deixando para trás uma moto Honda Titan. Os soldados foram atrás dos ladrões e os prenderam a cerca de 300 metros do estabelecimento, já na Rua General Olímpio Mourão Filho. "Eles subiram até o final da rua e correram cada um para um lado. Como estávamos em dois policiais, conseguimos ir atrás deles", disse o soldado João Silva Neto.

Os acusados Adriano José da Silva, de 27 anos, e Cosme Dantas de Jesus, de 24, foram levados para o 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo. O comerciante os reconheceu como os autores do roubo. Com a dupla, foi encontrado todo o dinheiro roubado da pizzaria. De acordo com a polícia, Adriano já esteve preso antes também por assalto a mão armada. Dono da pizzaria há apenas oito meses, o comerciante está pensando em colocar o local à venda.

1.4.09

Mulheres não usam o dedo apenas para colocar anel

A Gazeta de São Mateus revelou, na segunda quinzena de fevereiro, que algumas mulheres costumam pintar as paredes dos banheiros de hospitais públicos da Zona Leste de uma maneira inusitada. Depois de fazerem suas necessidades sólidas, elas usam os sanitários como aquarelas e os dedos como pincéis.

31.3.09

O rei da pornochanchada quer voltar a filmar

Mondo Cane comemora o retorno de David Cardoso atrás e à frente das câmeras em 2009, justamente um ano após o cinema brasileiro ser marcado pela volta de outro ícone da Boca do Lixo, o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão.

"Maria Fumaça, Chuva e Cinema". Esse é o nome do curta-metragem que deve marcar o retorno do ator e diretor David Cardoso, o "Rei da Pornochanchada", como ele ficou conhecido por causa de seus filmes produzidos na Boca do Lixo de São Paulo nos anos 70 e 80.

O curta pretende abordar a trajetória de David Cardoso no mundo do cinema, partindo de sua infância na cidade de Maracaju (MS), onde o astro nasceu, até os dias de glória, quando suas pornochanchadas atraíam milhares de pessoas para as salas de cinema.

Segundo o jornal A Crítica de Campo Grande, o curta deve começar a ser rodado em maio. A obra será financiada com dinheiro público. Ainda de acordo com a pulbicação de MS, depois da gravação de seu curta, David deverá filmar “Fronteira”, de Jean Albernaz e, na seqüência, o longa “Amor Pantaneiro”, em parceria com Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

30.3.09

Grandes clássicos toscos do cinema: Nail Gun Massacre

Leitores decepcionados com a demora de atualização dos posts de Mondo Cane sugeriram, certa vez, que eu escrevesse sobre os filmes sensacionalistas que fazem parte da minha coleção de DVDs. Assim que eu arranjar um tempinho, prometo elaborar longos tratados sobre algumas dessas obras. Enquanto isso, leiam a ótima resenha do site Boca do Inferno para o ótimo Nail Gun Massacre.

É impossível analisar Nail Gun Massacre por outra ótica que não seja a de um filme barato e sensacionalista. Não há história nem surpresas: a produção baratíssima resume-se a entregar ao espectador o que ele poderia esperar de um filme com este título. Ou seja, violentos assassinatos a "pregadas" a cada seis minutos, além de muito sexo e mulheres peladas o tempo inteiro. E são 85 minutos de filme! Alta contagem de cadáveres, muita sacanagem e muito sangue. Precisa mais? Infelizmente, não se fazem mais filmes assim!

Veja a resenha completa aqui.

Advogada apaixonada toca siririca em banheiro de emissora de TV


O post abaixo foi publicado em 2006, mas, atendendo a pedidos de leitores que não tinham paciência para procurá-lo nos arquivos, Mondo Cane volta a exibi-lo na primeira página do blog.

Está fazendo sucesso na Internet o vídeo erótico caseiro de uma advogada, ex-funcionária do departamento jurídico da Tv Record. Funcionários da emissora disseram para Mondo Cane que a moça resolveu fazer a gravação porque estava a fim de um repórter da editoria de esportes. Ela já teria se insinuado várias vezes para o cara, que dispensava a advogada sempre dizendo ser um homem bem casado.
A advogada apelou para o vídeo como uma última cartada para conquistar o cara. Afinal, qual homem dispensaria uma gostosa que decidiu mostrar seu corpanzil para convencê-lo de que não tinha nada a perder? A advogada correu para o banheiro e começou a se masturbar na frente de uma câmera. Uma amiga estaria com ela no banheiro, pois a câmera passa por baixo da perna da advogada para mostrar diferentes ângulos.
A moça inicia a masturbação fazendo movimentos circulares em seu grelinho. Depois ela enfia dois dedinhos em sua bela grutinha loura. Ela retira os dedos e os leva até a boca. A câmera sobe até o rosto da protagonista, acompanhando o movimento da mão. A advogada olha para a câmera com uma carinha de quem deseja algo mais e chupa os dois dedos que acabou de tirar da vagina.
A câmera passa depois por baixo das pernas da advogada, pois ela levou a mão para trás das costas e começou a bolinar seu ânus. O vídeo tem pouco mais de um minuto. Terminada a gravação, a advogada precisa mandar as imagens para o e-mail de seu objeto de cobiça. Como não tem o e-mail pessoal dele, ela acaba mandando o vídeo pelo e-mail da emissora.
Alguém do departamento de informática rastreia o e-mail e tem acesso ao seu conteúdo “didático”. Segundo fontes ouvidas por Mondo Cane, dois nerds chegam na advogada e fazem uma proposta: ela teria que fornecer aquela grutinha pros dois para que o vídeo não se tornasse público. Ela não aceitou a chantagem e a conversa ficou por isso mesmo, morreu ali.
Dias depois, a advogada foi demitida, provavelmente por causa do vídeo, que teria sido visto por outros funcionários da emissora. Antes de deixar a empresa, a moça comunica a tentativa de chantagem e os dois nerds também são mandados embora. Os manos cumprem então o que tinham ameaçado: colocam o vídeo na Internet. Primeiro no Youtube, que depois retira o arquivo do ar por causa do seu conteúdo pornô.
O vídeo aparece em outros sites, como o Pornotube e o Rapidshare, que compartilha arquivos de internautas, tornando-se uma febre entre onanistas e curiosos de plantão. Até comunidade dedicada à advogada foi criada no Orkut. Quem estiver curioso em conseguir o vídeo ou saber a identidade da moça, basta entrar na comunidade “Celebridades de segunda linha”, no Orkut, e procurar mais informações. Mondo Cane lava os dedinhos nessa história para não ter problemas.