18.6.13

Arnaldo Jabor já elogiou Sady Baby. Será que ele está arrependido?

"Sady Baby, louro, ex-jogador de futebol, é o homem que inventou o cinema ao vivo. Explico: depois de ter feito mais de 20 filmes pornô, dos quais o orgulho é o 'Emoções sexuais de um cavalo', Sady também foi vítima da 'crise cultural que destruiu nossa arte'. E aí teve uma ideia GENIAL: em vez de exibir filmes precariamente, sendo explorado por donos de cinema sórdidos, encheu um ônibus com 20 atrizes pornô e hoje (em 1992) sai mambembando pelos cinemas do interior com shows de sexo explícito. Revoluções nas cidades, mulheres nuas em praças com igrejinhas e coreto, sacanagens rurais, folias brejeiras, putarias agropastoris. Leva um anão no elenco, de 83 centímetros, mas que na cama é um 'gigante': Joãozinho Terremoto, que transa 15 vezes numa noite".
Fonte: Trecho do texto "O pornofilme ilumina o Brasil", escrito por Arnaldo Jabor e publicado na edição do dia 1º de março de 1992 do jornal Folha de S. Paulo (Arnaldo Jabor também afirma que Sady Baby faz parte do trio de ouro do pornô verde-amarelo, ao lado de Carlos Nascimento e de Fauzi Mansur)
Foto: Reprodução/Rede Globo

7.6.13

Filme polêmico de Sady Baby é uma das atrações do festival PopPorn


Uma das obras mais amaldiçoadas de Sady Baby finalmente pode ser vista por seus fãs. O famigerado filme Come tudo, recolhido pela Justiça em 1986 por trazer uma criança de 4 anos participando de uma cena de sexo explícito, é uma das atrações do festival PopPorn, que acontece na República, região central de São Paulo, neste final de semana. Mas não há o menor risco de as autoridades apreenderem novamente o filme, pois a cópia que será mostrada no evento não traz a polêmica cena. A versão editada foi lançada em VHS pela Frenesi Vídeo quatro anos depois, com o título Alucinações de um gozador.

No filme, Sady Baby interpreta Tuta, um cara que adora participar de orgias. Certo dia, ele recebe uma carta misteriosa no sítio onde vive com a mulher (Sofia Blummer), que o deixa totalmente transtornado. Tuta se torna um sádico, que não deixa nenhum de seus funcionários sair do sítio. Ele não poupa nem a própria mãe que vai visitá-lo, confinando também a pobre coitada no imóvel. Tuta passa a torturar todo mundo, obrigando-os a praticar todo o tipo de perversão sexual. Em uma das sequências, ele obriga suas vítimas a comerem insetos e bichos peçonhentos.

O filme será exibido na Trackers, na Rua Dom José de Barros, 337, às 17h deste sábado (8). Uma hora depois, eu e os amigos jornalistas Judson Ovídio e Matheus Trunk, que pesquisam o cinema da Boca do Lixo, vamos participar de um bate-papo com o público. O PopPorn vai mostrar dezenas de filmes de várias partes do mundo, entre longas e curtas-metragens, e realizar outras atividades artísticas. Saiba mais sobre o festival PopPorn clicando aqui. Para mais informações sobre ingressos, clique aqui.

6.6.13

Clássicos da Boca do Lixo: Meu nome é... Tonho (1969)


Em seu segundo longa-metragem, após o clássico A Margem (1967), filme marco do chamado Cinema Marginal, Ozualdo Candeias (1922 – 2007) realizou um faroeste caboclo. Mesmo optando em reconstruir o gênero do faroeste em um bangue-bangue à paulista rodado na cidade de Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo, Candeias continua a retratar no filme Meu Nome É… Tonho (1969) os personagens que conhece tão bem: os excluídos da sociedade.

O faroeste caboclo de Candeias conta a via-crúcis de Tonho (Jorge Karam), um homem de 30 e poucos anos que, quando criança, conseguiu escapar de um bando de criminosos que havia invadido o sítio de sua família e executado todos os seus parentes. Apesar da trágica história da infância, Tonho só vai sentir no sangue todo o ódio do mundo ao descobrir que pode ter mantido relações sexuais com a própria irmã, uma prostituta de cabaré (Bibi Vogel).

O bando do facínora Manelão (Nivaldo Lima), responsável pelo sofrimento de Tonho e sua família, será alvo da fúria implacável do protagonista após a descoberta realizada no quarto do cabaré. Tonho também irá se vingar de criminosos que o hostilizam no bar do cabaré e se defenderá de um homem que tenta açoitá-lo com um rabo de tatu já do lado de fora do estabelecimento. A bala come solta no filme até o duelo final com Manelão.

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