Perninha e Lilica contaram com a participação de um convidado inusitado na capa da edição número 9 do gibi Tiny Toon Adventures, publicado pela Editora Globo em setembro de 1993. Zé do Caixão, personagem do cineasta José Mojica Marins, não apareceu em nenhuma das quatro histórias da revistinha, mas sim em uma entrevista de quatro páginas feita por Gislaine de Carvalho.
31.7.18
14.12.17
O nu como forma de expressão artística em plena ditadura militar
Correndo o risco de ser preso em plena ditadura militar, um grupo de artistas realizava performances sem roupa na praia de Ipanema à luz do dia, arrancando aplausos da multidão. E se isso acontecesse hoje? O material abaixo foi escaneado da edição 81 da Playboy, de abril de 1982. Clique na foto abaixo para ampliar a imagem e poder ler o conteúdo da revista.
29.10.14
Deu a louca no cinema do Paraná
Os Galhos do Casamento, O Diabo Tem Mil Filhos e outros filmes de apelo popular produzidos em Curitiba nos anos 70 e 80 continuam esquecidos do público e da crítica especializada
Por Ayrton Baptista Junior
Houve um sonho de cinema popular paranaense entre os anos 70 e 80. Sonho, não. Realidade! Aprendendo no improviso, longe de faculdades e sem apoio de governos, um grupo radicado em Curitiba colocou em prática a máxima do Cinema Novo (“Uma câmera na mão, uma ideia na cabeça”) mesmo com pretensões totalmente alheias às da turma de Glauber Rocha.
Não se espante caso você não tenha ouvido falar destes filmes: Os Galhos do Casamento, Deu a Louca em Vila Velha, Inocentes, porém Ingênuos, Caminhos Contrários, O Diabo Tem Mil Filhos, E Ninguém Ficou de Pé. Encontrar as cópias é tarefa para caçadores da arca perdida.
Um dos pontos de partida dessa história é um ônibus de Camboriú, que trouxe para Curitiba o menino Giovani Cesconetto. Aos 13 anos, ele fugiu da casa dos pais. “Conhecia o motorista. Viajei escondido dentro de uma caixa do papelão”, lembra o hoje dono de um teatro infantil, o Espaço da Criança, em Santa Felicidade.
Antes de se tornar ator, diretor, roteirista e cenógrafo, Cesconetto viveu três meses na Praça Santos Andrade antes de ser levado a um internato, onde começou a estudar teatro. Entre um e outro ensaio, arranjou emprego numa malharia e conheceu o tecelão Arlindo Ponzio, recém-chegado de Arapongas.
Ponzio sonhava com cinema desde a infância. Falava das fitas que via e até das que sequer existiam:
— O bandido entrou na igreja, roubou a santa e a cidade inteira foi atrás dele. Você viu esse filme?
— Não. Passou aonde?
— Em lugar nenhum. Eu inventei o filme agora.
Enquanto Cesconetto e Ponzio seguiam com a prosa na malharia, Florisbal Lopes vendia equipamentos de cinema, trabalhava para distribuidoras de filmes e até já havia produzido um longa-metragem: O Diabo Tem Mil Filhos, com direção e argumento do capixaba Adalberto Pena Filho. O diabo é que a Censura proibiu a exibição. Naqueles dias de 1970, a moral e os bons costumes não deixariam de condenar uma mulher (Sabrina Marchesini) que se casava virgem e se via obrigada a trair o marido (Rogério Dias, cultuado artista plástico) apenas para cumprir um pacto demoníaco (Nelson Morrison).
Catarinense de Mafra, Florisbal engoliu o prejuízo dos dias perdidos em Antonina e Caiobá e foi à Rua do Triunfo, fervo do cinema da Boca do Lixo paulistana. Em improvisadas mesas de bares daquela rua, cerca de cem filmes eram planejados anualmente. Planejados e realizados, é bom frisar. Dramas, policiais, comédias eróticas e tudo o mais que fosse rápido, barato e de retorno imediato. Não havia tempo para elucubrações.
Sem pensar muito, mais um catarinense, Euclides Fantin, de Itá, aceitou ser o fotógrafo da nova trama de Florisbal: E Ninguém Ficou de Pé, uma sátira ao faroeste italiano. O diretor paulista José Vedovato (cenógrafo de imponentes produções, como O Sobrado, de 1956) uniu durante dois meses de filmagem ídolos de telecatch (Brasão, Metralha e Jóia, O Psicodélico) e o apelo circense dos Irmãos Queirolo.
“Até hoje, passam esse filme em Campo do Tenente”, orgulha-se Florisbal, que apostou mais fichas nos Queirolo em Inocentes, Porém Ingênuos. “Mas ficou tão ruim que eu nem fiz questão de passar”, afirma o produtor. Ele parecia prever que a próxima sessão seria melhor.
Na porta da Globo
“Eu nunca tinha visto uma câmera. Por isso, trouxe de São Paulo o Hercules Brezeghello, um profissional experiente, que emprestou todo o equipamento. E o Florisbal também me apresentou o Euclides Fantin, que era câmera e já tinha feito direção de fotografia”, conta Giovanni Cesconetto.
Com a câmera já disponível e com o dinheiro de Ponzio, Cesconetto foi atrás de um ator famoso na porta da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Tarcisio Meira e Francisco Cuoco estavam apressados naquela tarde. “Quem parou foi o Cláudio Cavalcanti. Acertamos o cachê naquela hora. E, para a nossa surpresa, ele veio mesmo”. Quando desembarcou em Curitiba, Cavalcanti ainda saboreava o sucesso da novela Irmãos Coragem.
A primeira produção da dupla Ponzio-Cesconetto foi Caminhos Contrários, filmada em bairros da capital, como o Sítio Cercado e o Atuba. Na época, os curitibanos só viam engarrafamento quando o locutor Sergio Chapelin falava do trânsito de São Paulo no Jornal Nacional. Por isso, a dupla conseguiu com facilidade duas placas de trânsito para que as filmagens de perseguições de carros não fossem atrapalhadas em Curitiba.
Filme feito, Sergio Chapelin fez a voz do trailer, Claudio Cavalcanti permaneceu em Curitiba para a divulgação, Ponzio comprou minutos de publicidade na TV Paranaense e, brilhando, os olhos da equipe viram filas de mais uma de quadra em busca um lugar no cine São João, que abrigava 2 mil espectadores. “Em Curitiba foi um sucesso, mas só em Curitiba”, recorda Cesconetto.
Cadê as peladas?
Ponzio levou Caminhos Contrários para exibidores paulistanos e cariocas. Os caminhos pareciam mesmo contrários fora do Paraná. No Rio, o poderoso Severiano Ribeiro, dono da maior rede de sala de cinemas do país, perguntou: “Tem mulher pelada?”. Não tinha. E a paciência de Severiano não passou do terceiro minuto.
Se o pedido era por mulher pelada, Os Galhos do Casamento oferecia três divas do cinema erótico: Aldine Müller, Helena Ramos e Zélia Martins. Às estrelas importadas de São Paulo, o produtor Florisbal Lopes adicionou o primeiro time de atores curitibanos dos anos 70: Nelson Morrison, Lala Schneider, José Maria Santos, Roberto Menghini, Danilo Avelleda e Airton Müller. Delcy D’Ávila também foi chamada, mas achou a trama um pouco picante e pulou fora d’Os Galhos.
Gilda Elisa, que, em seguida, estrelaria a novela Maria Bueno, da TV Paraná, ficou com o papel de Delcy, sua tia. Antes, porém, Gilda avisou o diretor peruano Sergio Segall, cineasta recém-saído da publicidade paranaense: “Cena de cama eu não faço. Meu pai me mata!”.
Como o cartaz de Os Galhos do Casamento destacava a sensualidade das atrizes, ficava claro que o programa era para homem. Naqueles dias, não era recomendável que uma mulher respeitável entrasse num cinema para uma história de tamanho ultraje — a de esposas revoltadas que arranjavam amantes. Pegava mal até para mulheres do elenco do filme. “A Lala Schneider foi durante uma sessão normal, depois da estreia, com um lenço na cabeça para não ser reconhecida”, entrega, anos depois, Gilda Elisa.
Sobrou filme, faltou público
Depois de ver o cine São João lotado durante as exibições de Caminhos Contrários, Arlindo Ponzio verificou entusiasmado que a sobra do material filmado dava paramais uma fita. Junto com os sempre fiéis Giovani Cesconetto e Euclides Fantin, o produtor bancou mais cenas em Ponta Grossa e nasceu Deu a Louca em Vila Velha, uma comédia com perseguições em todas as velocidades, de charretes a caminhões.
Cesconetto se desiludiu: “Ninguém viu. A estreia teve apenas um espectador”. O solitário da plateia não era parente de ninguém da equipe. “Era o ator que fazia um padre”, diz. Nem os figurantes apareceram, talvez porque já estivessem satisfeitos com os tantos churrascos pagos por Ponzio.
Se em Ponta Grossa ninguém viu, no Norte do estado Deu a Louca em Vila Velha garantiu os primeiros 15 minutos de fama para o então estudante de teatro Reinaldo Bessa, que apareceu em duas cenas: “Quando fui visitar minha família, em Jacarezinho, vi o cartaz do filme, com a minha foto, no supermercado. Amigos da família me reconheceram”, diverte-se o colunista social da Gazeta do Povo.
Um ônibus e ponto final
Mesmo sem nudez, Caminhos Contrários agradou ao italiano Rafaelle Rossi, diretor do primeiro longa brasileiro de sexo explícito, Coisas Eróticas, de 1982. Rossi comprou os filmes, manteve a trama e os créditos com os nomes da equipe paranaense. O homem de Coisas, no entanto, fez alterações. “O Rossi enxertou sexo explícito e mudou o nome”, revela Cesconetto. E, assim, Caminhos Contrários viajou país a fora com o sugestivo título de Bacanal do Terceiro Grau. “Vendemos o filme por 30 latas de negativo e um ônibus”, conta.
Se a onda era sexo explícito, Ponzio e Cesconetto resolveram apostar nela e usaram o ônibus para trazer de São Paulo algumas atrizes para rodar as cenas de Campeonato de Sexo. O filão, entretanto, não correspondia ao cinema pensado pelo grupo uma década antes — e todos se afastaram da produção.
A televisão fisgou o ator Giovanni Cesconetto, que vestiu a pele do Palhaço Pingão. Mesmo destino teve o câmera Euclides Fantin. Arlindo Ponzio, que já possuía lojas de disco no centro de Curitiba, foi atrás de outro sonho, o do ouro, e tornou-se um dos garimpeiros do Rio Madeira. Morreu há uma década, longe do cinema.
Também distante das câmeras, porém muito vivo, Florisbal Lopes vive num sítio em Mafra, Santa Catarina. “Eu gosto de mato, passarinho e erva-mate”, diz, sem pedir homenagem ao cinema que ele sonhou. E fez.
(Matéria publicada na revista Helena nº 4, da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná)
Por Ayrton Baptista Junior
Houve um sonho de cinema popular paranaense entre os anos 70 e 80. Sonho, não. Realidade! Aprendendo no improviso, longe de faculdades e sem apoio de governos, um grupo radicado em Curitiba colocou em prática a máxima do Cinema Novo (“Uma câmera na mão, uma ideia na cabeça”) mesmo com pretensões totalmente alheias às da turma de Glauber Rocha.
Não se espante caso você não tenha ouvido falar destes filmes: Os Galhos do Casamento, Deu a Louca em Vila Velha, Inocentes, porém Ingênuos, Caminhos Contrários, O Diabo Tem Mil Filhos, E Ninguém Ficou de Pé. Encontrar as cópias é tarefa para caçadores da arca perdida.
Um dos pontos de partida dessa história é um ônibus de Camboriú, que trouxe para Curitiba o menino Giovani Cesconetto. Aos 13 anos, ele fugiu da casa dos pais. “Conhecia o motorista. Viajei escondido dentro de uma caixa do papelão”, lembra o hoje dono de um teatro infantil, o Espaço da Criança, em Santa Felicidade.
Antes de se tornar ator, diretor, roteirista e cenógrafo, Cesconetto viveu três meses na Praça Santos Andrade antes de ser levado a um internato, onde começou a estudar teatro. Entre um e outro ensaio, arranjou emprego numa malharia e conheceu o tecelão Arlindo Ponzio, recém-chegado de Arapongas.
Ponzio sonhava com cinema desde a infância. Falava das fitas que via e até das que sequer existiam:
— O bandido entrou na igreja, roubou a santa e a cidade inteira foi atrás dele. Você viu esse filme?
— Não. Passou aonde?
— Em lugar nenhum. Eu inventei o filme agora.
Enquanto Cesconetto e Ponzio seguiam com a prosa na malharia, Florisbal Lopes vendia equipamentos de cinema, trabalhava para distribuidoras de filmes e até já havia produzido um longa-metragem: O Diabo Tem Mil Filhos, com direção e argumento do capixaba Adalberto Pena Filho. O diabo é que a Censura proibiu a exibição. Naqueles dias de 1970, a moral e os bons costumes não deixariam de condenar uma mulher (Sabrina Marchesini) que se casava virgem e se via obrigada a trair o marido (Rogério Dias, cultuado artista plástico) apenas para cumprir um pacto demoníaco (Nelson Morrison).
Catarinense de Mafra, Florisbal engoliu o prejuízo dos dias perdidos em Antonina e Caiobá e foi à Rua do Triunfo, fervo do cinema da Boca do Lixo paulistana. Em improvisadas mesas de bares daquela rua, cerca de cem filmes eram planejados anualmente. Planejados e realizados, é bom frisar. Dramas, policiais, comédias eróticas e tudo o mais que fosse rápido, barato e de retorno imediato. Não havia tempo para elucubrações.
Sem pensar muito, mais um catarinense, Euclides Fantin, de Itá, aceitou ser o fotógrafo da nova trama de Florisbal: E Ninguém Ficou de Pé, uma sátira ao faroeste italiano. O diretor paulista José Vedovato (cenógrafo de imponentes produções, como O Sobrado, de 1956) uniu durante dois meses de filmagem ídolos de telecatch (Brasão, Metralha e Jóia, O Psicodélico) e o apelo circense dos Irmãos Queirolo.
“Até hoje, passam esse filme em Campo do Tenente”, orgulha-se Florisbal, que apostou mais fichas nos Queirolo em Inocentes, Porém Ingênuos. “Mas ficou tão ruim que eu nem fiz questão de passar”, afirma o produtor. Ele parecia prever que a próxima sessão seria melhor.
Na porta da Globo
“Eu nunca tinha visto uma câmera. Por isso, trouxe de São Paulo o Hercules Brezeghello, um profissional experiente, que emprestou todo o equipamento. E o Florisbal também me apresentou o Euclides Fantin, que era câmera e já tinha feito direção de fotografia”, conta Giovanni Cesconetto.
Com a câmera já disponível e com o dinheiro de Ponzio, Cesconetto foi atrás de um ator famoso na porta da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Tarcisio Meira e Francisco Cuoco estavam apressados naquela tarde. “Quem parou foi o Cláudio Cavalcanti. Acertamos o cachê naquela hora. E, para a nossa surpresa, ele veio mesmo”. Quando desembarcou em Curitiba, Cavalcanti ainda saboreava o sucesso da novela Irmãos Coragem.
A primeira produção da dupla Ponzio-Cesconetto foi Caminhos Contrários, filmada em bairros da capital, como o Sítio Cercado e o Atuba. Na época, os curitibanos só viam engarrafamento quando o locutor Sergio Chapelin falava do trânsito de São Paulo no Jornal Nacional. Por isso, a dupla conseguiu com facilidade duas placas de trânsito para que as filmagens de perseguições de carros não fossem atrapalhadas em Curitiba.
Filme feito, Sergio Chapelin fez a voz do trailer, Claudio Cavalcanti permaneceu em Curitiba para a divulgação, Ponzio comprou minutos de publicidade na TV Paranaense e, brilhando, os olhos da equipe viram filas de mais uma de quadra em busca um lugar no cine São João, que abrigava 2 mil espectadores. “Em Curitiba foi um sucesso, mas só em Curitiba”, recorda Cesconetto.
Cadê as peladas?
Ponzio levou Caminhos Contrários para exibidores paulistanos e cariocas. Os caminhos pareciam mesmo contrários fora do Paraná. No Rio, o poderoso Severiano Ribeiro, dono da maior rede de sala de cinemas do país, perguntou: “Tem mulher pelada?”. Não tinha. E a paciência de Severiano não passou do terceiro minuto.
Se o pedido era por mulher pelada, Os Galhos do Casamento oferecia três divas do cinema erótico: Aldine Müller, Helena Ramos e Zélia Martins. Às estrelas importadas de São Paulo, o produtor Florisbal Lopes adicionou o primeiro time de atores curitibanos dos anos 70: Nelson Morrison, Lala Schneider, José Maria Santos, Roberto Menghini, Danilo Avelleda e Airton Müller. Delcy D’Ávila também foi chamada, mas achou a trama um pouco picante e pulou fora d’Os Galhos.
Gilda Elisa, que, em seguida, estrelaria a novela Maria Bueno, da TV Paraná, ficou com o papel de Delcy, sua tia. Antes, porém, Gilda avisou o diretor peruano Sergio Segall, cineasta recém-saído da publicidade paranaense: “Cena de cama eu não faço. Meu pai me mata!”.
Como o cartaz de Os Galhos do Casamento destacava a sensualidade das atrizes, ficava claro que o programa era para homem. Naqueles dias, não era recomendável que uma mulher respeitável entrasse num cinema para uma história de tamanho ultraje — a de esposas revoltadas que arranjavam amantes. Pegava mal até para mulheres do elenco do filme. “A Lala Schneider foi durante uma sessão normal, depois da estreia, com um lenço na cabeça para não ser reconhecida”, entrega, anos depois, Gilda Elisa.
Sobrou filme, faltou público
Depois de ver o cine São João lotado durante as exibições de Caminhos Contrários, Arlindo Ponzio verificou entusiasmado que a sobra do material filmado dava paramais uma fita. Junto com os sempre fiéis Giovani Cesconetto e Euclides Fantin, o produtor bancou mais cenas em Ponta Grossa e nasceu Deu a Louca em Vila Velha, uma comédia com perseguições em todas as velocidades, de charretes a caminhões.
Cesconetto se desiludiu: “Ninguém viu. A estreia teve apenas um espectador”. O solitário da plateia não era parente de ninguém da equipe. “Era o ator que fazia um padre”, diz. Nem os figurantes apareceram, talvez porque já estivessem satisfeitos com os tantos churrascos pagos por Ponzio.
Se em Ponta Grossa ninguém viu, no Norte do estado Deu a Louca em Vila Velha garantiu os primeiros 15 minutos de fama para o então estudante de teatro Reinaldo Bessa, que apareceu em duas cenas: “Quando fui visitar minha família, em Jacarezinho, vi o cartaz do filme, com a minha foto, no supermercado. Amigos da família me reconheceram”, diverte-se o colunista social da Gazeta do Povo.
Um ônibus e ponto final
Mesmo sem nudez, Caminhos Contrários agradou ao italiano Rafaelle Rossi, diretor do primeiro longa brasileiro de sexo explícito, Coisas Eróticas, de 1982. Rossi comprou os filmes, manteve a trama e os créditos com os nomes da equipe paranaense. O homem de Coisas, no entanto, fez alterações. “O Rossi enxertou sexo explícito e mudou o nome”, revela Cesconetto. E, assim, Caminhos Contrários viajou país a fora com o sugestivo título de Bacanal do Terceiro Grau. “Vendemos o filme por 30 latas de negativo e um ônibus”, conta.
Se a onda era sexo explícito, Ponzio e Cesconetto resolveram apostar nela e usaram o ônibus para trazer de São Paulo algumas atrizes para rodar as cenas de Campeonato de Sexo. O filão, entretanto, não correspondia ao cinema pensado pelo grupo uma década antes — e todos se afastaram da produção.
A televisão fisgou o ator Giovanni Cesconetto, que vestiu a pele do Palhaço Pingão. Mesmo destino teve o câmera Euclides Fantin. Arlindo Ponzio, que já possuía lojas de disco no centro de Curitiba, foi atrás de outro sonho, o do ouro, e tornou-se um dos garimpeiros do Rio Madeira. Morreu há uma década, longe do cinema.
Também distante das câmeras, porém muito vivo, Florisbal Lopes vive num sítio em Mafra, Santa Catarina. “Eu gosto de mato, passarinho e erva-mate”, diz, sem pedir homenagem ao cinema que ele sonhou. E fez.
(Matéria publicada na revista Helena nº 4, da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná)
7.7.14
Kid Bengala entra de cabeça e tudo na política (outra vez)
Com quase 60 anos de idade, Clóvis Basílio dos Santos,o famoso Kid Bengala, resolveu mais uma vez tentar a carreira política. Candidato a deputado estadual pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), o ator pornô promete ser pau pra toda obra, apesar de não ter propostas definidas para tentar conquistar o eleitorado. Essa não foi a primeira vez que Kid Bengala se enfiou na política. Confira a tentativa anterior do astro pornô clicando aqui.
Veja abaixo a divertida entrevista que o candidato "tampax" concedeu à TV Folha:
Veja abaixo a divertida entrevista que o candidato "tampax" concedeu à TV Folha:
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6.7.14
Zilda Mayo enfrenta a fofoqueira da Praça É Nossa
Nos anos 80, a atriz Zilda Mayo participou do quadro da fofoqueira Vamércia, interpretada pela humorista Maria Tereza, no programa A Praça É Nossa, no SBT. Zilda lembrou que seu primeiro trabalho no cinema foi no filme Ninguém Segura Essas Mulheres (1976), atuando no episódio O Furo, dirigido por José Miziara. "Foi ele (Miziara) que deu o primeiro empurrão na minha carreira", disse a atriz. Imagina como a fofoqueira interpretou essa inocente frase.
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23.6.14
Vanessa Alves divulga peça infantil no programa Perdidos na Noite (1988)
O ator Wagner Maciel e as atrizes Stela Maia, Luciana Vendramini e Vanessa Alves divulgam a peça infantil "Rapunzel" no programa Perdidos na Noite, apresentado por Fausto Silva, na TV Bandeirantes. O ano era 1988. A peça, com texto de Walcir Carrasco e direção de Jean Garrett, estava em cartaz no Teatro Bibi Ferreira, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 931, na Bela Vista, região central de São Paulo. Os atores Eudes Carvalho e Renato Dubal também integravam o elenco.
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7.2.14
Morre Nabor Rodrigues, ator de vários filmes de Tony Vieira
A Boca do Cinema de São Paulo sofreu mais uma perda irreparável. O ator e diretor de produção Nabor Rodrigues morreu ontem à noite na capital paulista. A causa da morte não foi divulgada.
Nabor foi protagonista do filme "Manelão, o caçador de orelhas" (1982), de Ozualdo Candeias, e atuou em várias produções de Tony Vieira, entre elas "As amantes de um canalha" (1977), "O matador sexual" (79), "Tortura Cruel" (80) e "Desejos sexuais de Elza" (82).
Nabor também trabalhou como diretor de produção dos filmes "O doador sexual" (80), de Henrique Borges, e "O tônico do sexo" (84), de Hércules Breseghelo. Ele foi produtor executivo dos filmes "O dia das profissionais (1976), de Rajá de Aragão, e "O cangaceiro do Diabo (80), de Tião Valadares. Nabor era bacharel em direito.
O velório de Nabor será realizado no Cemitério do Araçá (avenida Doutor Arnaldo, 666), assim que seu corpo for liberado do Instituto Médico-Legal (IML). Ainda não se sabe o horário do enterro.
Nabor foi protagonista do filme "Manelão, o caçador de orelhas" (1982), de Ozualdo Candeias, e atuou em várias produções de Tony Vieira, entre elas "As amantes de um canalha" (1977), "O matador sexual" (79), "Tortura Cruel" (80) e "Desejos sexuais de Elza" (82).
Nabor também trabalhou como diretor de produção dos filmes "O doador sexual" (80), de Henrique Borges, e "O tônico do sexo" (84), de Hércules Breseghelo. Ele foi produtor executivo dos filmes "O dia das profissionais (1976), de Rajá de Aragão, e "O cangaceiro do Diabo (80), de Tião Valadares. Nabor era bacharel em direito.
O velório de Nabor será realizado no Cemitério do Araçá (avenida Doutor Arnaldo, 666), assim que seu corpo for liberado do Instituto Médico-Legal (IML). Ainda não se sabe o horário do enterro.
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