6.6.13
Clássicos da Boca do Lixo: Meu nome é... Tonho (1969)
Em seu segundo longa-metragem, após o clássico A Margem (1967), filme marco do chamado Cinema Marginal, Ozualdo Candeias (1922 – 2007) realizou um faroeste caboclo. Mesmo optando em reconstruir o gênero do faroeste em um bangue-bangue à paulista rodado na cidade de Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo, Candeias continua a retratar no filme Meu Nome É… Tonho (1969) os personagens que conhece tão bem: os excluídos da sociedade.
O faroeste caboclo de Candeias conta a via-crúcis de Tonho (Jorge Karam), um homem de 30 e poucos anos que, quando criança, conseguiu escapar de um bando de criminosos que havia invadido o sítio de sua família e executado todos os seus parentes. Apesar da trágica história da infância, Tonho só vai sentir no sangue todo o ódio do mundo ao descobrir que pode ter mantido relações sexuais com a própria irmã, uma prostituta de cabaré (Bibi Vogel).
O bando do facínora Manelão (Nivaldo Lima), responsável pelo sofrimento de Tonho e sua família, será alvo da fúria implacável do protagonista após a descoberta realizada no quarto do cabaré. Tonho também irá se vingar de criminosos que o hostilizam no bar do cabaré e se defenderá de um homem que tenta açoitá-lo com um rabo de tatu já do lado de fora do estabelecimento. A bala come solta no filme até o duelo final com Manelão.
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