22.1.09

Ladrões roubam cofrinho de criança

Uma quadrilha invadiu um prédio e roubou até o cofrinho do filho de 8 anos de um dos moradores, no Brás, Zona Leste de São Paulo. O crime ocorreu no Edifício São Paulo, na Rua Rubino de Oliveira, no final da noite de segunda-feira. Os quatro assaltantes foram presos, depois de roubar apenas um apartamento. Com eles, a polícia apreendeu uma pistola calibre 380. Segundo as vítimas, os criminosos chegaram a apontar a arma para a cabeça de algumas crianças e também ameaçaram cortar o dedo de um rapaz com uma tesoura.

Apesar da porta do prédio estar apenas encostada, o bando aproveitou a chegada de um amigo de um dos moradores para entrar no local. O visitante foi dominado e levado para o apartamento de um eletricista de 36 anos, onde também funciona uma pequena oficina de costura. Depois de render os funcionários do eletricista, os bandidos começaram a perguntar se no imóvel tinha dólares. "Colocaram a arma na cabeça de três crianças, uma de três anos e meio e as outras de 7 e 10 anos", disse o eletricista, que pediu para não ser identificado.

O eletricista estava em uma lanchonete no momento do crime, mas ficou sabendo detalhes do roubo por meio de seus funcionários. Além das três crianças, no local estavam dois adolescentes, de 13 e 14 anos, e quatro adultos. "Eles pegaram uma tesoura da oficina e ameaçaram cortar o dedo de um rapaz de 20 anos", relatou o eletricista. Não havia objetos de valor na casa. "Minhas cinco máquinas de costura são baratas", observou o morador.

Além do cofrinho, contendo R$ 77 em moedas de R$ 1, os ladrões roubaram R$ 62 em notas, um par de tênis e oito telefones celulares. Os bandidos se apoderaram de um pote de metal, imaginando que ele continha algum objeto de valor. Mas dentro do recipiente havia apenas uma calcinha. Testemunhas ligaram para a Polícia Militar, que surpreendeu o bando ainda no local do crime. Um dos bandidos subiu até a cobertura do prédio de sete andares e tentou fugir saltando para uma sacada, mas acabou detido.

Os assaltantes foram identificados como Alexsandro Mesquita dos Santos, de 22 anos, Carlos Alberto, de 25, Rodrigo de Almeida Geovanine, de 24, e Marcelo Lino dos Santos, de 25. A quadrilha foi autuada em flagrante no plantão do 12º DP (Pari). O eletricista disse que guarda as moedas no cofrinho em formato de bujão para o filho de 8 anos, que mora com a mãe em Brasília. O menino costuma usar o dinheiro quando vem para São Paulo visitar o pai. "Ele ia ficar muito chateado se levassem o cofrinho embora", afirmou o eletricista.

21.1.09

Grandes lances do campeonato paulista


O Campeonato Paulista de Futebol de 2009 começou hoje. Mondo Cane espera que os fotógrafos consigam boas imagens como essa acima, feita ano passado por Tom Dib para o site FotoSalada.

Taxista vendia drogas "delivery" em bairros de bacanas


A Polícia Militar prendeu um taxista que vendia drogas "delivery" para clientes de bairros como Jardins e Itaim Bibi, na Zona Oeste de São Paulo. José Carlos Minervino de Souza, de 48 anos, usava um táxi de frota para entregar os entorpecentes para os usuários que ligavam para o celular dele. Dentro do veículo foram apreendidos 18 micropontos de LSD e 13 trouxinhas de maconha. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas no plantão do 15º Distrito Policial (Itaim Bibi).

Três policiais militares da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) do 23º Batalhão suspeitaram de José Carlos no cruzamento das ruas Joaquim Floriano e Bandeira Paulista, no Itaim Bibi, por volta das 21h de anteontem. "Ele estava falando no celular, parado com o táxi de vidros escuros em local proibido", afirmou o soldado Márcio Nicoleti. Ao revistar o carro, os policiais encontraram um sacola plástica sobre o bando de passageiro. A droga estava dentro da sacola.

"Em 20 minutos, atendi cerca de cinco ligações no celular dele. Todas eram de clientes solicitando droga", comentou Nicoleti. Nos telefonemas, os usuários não pediam a droga diretamente, mas o diálogo não seria de quem estava interessado em uma corrida. "Você tem? Traz aqui na Avenida Santo Amaro", solicitou um dos clientes, de acordo com o soldado. A polícia acredita que, ao ser preso, José Carlos estava esperando um dos clientes do Itaim Bibi.

De acordo com a PM, o taxista teria admitido que fazia entrega de drogas havia um ano. "Ele alegou que a diária de R$ 100 do táxi era muito cara", disse Nicoleti. José Carlos não informou quanto ganhava com o serviço "delivery" de entorpecentes. O celular de José Carlos foi apreendido pela Polícia Civil, que deve investigar as ligações da clientela do taxista. O carro seria entregue para um filho de João Carlos, que iria devolver o veículo para a empresa de táxi de frota. O taxista não tinha antecedentes criminais.

20.1.09

BBB9: Uma história muito mal amarrada

Uma sósia perfeita. Essa seria a explicação para a grande semelhança entre a Priscila, participante da 9ª edição do Big Brother Brasil (BBB), e uma modelo que aparece em um site de bondage (fetiche que consiste em amarrar mulheres com cordas) identificada como Mel. As duas fotos acima faziam parte do site Bound Brazil, que retirou o material do ar após os internautas espalharem as imagens em blogs e comunidades do Orkut.

Procurado pela imprensa para comentar o assunto, o fotógrafo Tchello Caramori, amigo de Priscila, afirmou que a morena da foto e a integrante do BBB não são a mesma pessoa. Tchello foi quem fez fotos de Priscila para o site Mochileiras. Mesmo negando que Priscila não é Mel, a família da morena exigiu que o site tirasse as imagens do ar. Do contrário, o responsável pela página seria processado e veria o mel virar fel.

7.1.09

Revista Caras não despreza atriz pornô

O caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, do primeiro dia de 2009 foi um desbunde. A primeira página do caderno de cultura trouxe uma matéria bem-humorada do jornalista Ivan Finotti sobre o mercado de filmes pornôs estrelados por (pseudo)celebridades. A matéria principal pode ser conferida na Folha Online. Já a entrevista que Finotti fez com Leila Lopes só pode ser conferida por assinantes da Folha, mas Mondo Cane a reproduz abaixo.

Leila Lopes estrela segundo filme pornô e programa na TV paga

DA REPORTAGEM LOCAL

Ela abalou o mundo do cinema erótico -e também o das novelas globais- quando aceitou fazer um filme de sexo explícito pela Brasileirinhas. Um filme que virou três, porque tinha diálogo demais, coisa rara nesse gênero. E Leila Lopes, 39, a eterna professorinha Lu da novela "Renascer" (1993), sabe que abalou. "Pecados e Tentações", o primeiro, lançado há seis meses, vendeu mais de 20 mil cópias. A segunda parte, "O Pecado sem Perdão", sai agora no início do ano. Além disso, estreia no dia 7 o programa "Calcinha Justa" no canal Sexy Privê Brasileirinhas, na TVA. Confira na entrevista abaixo.

FOLHA - Você foi um divisor de águas do mercado pornô?

LEILA LOPES - Mexi com esse mercado. Fui bem atrevida e uma das ideias era essa, mexer com a cabeça das pessoas. Perdemos muito dos EUA e da Europa, onde as pessoas têm a cabeça mais aberta e outra visão do sexo. Lá, os atores são tratados com respeito. Aqui existe uma hipocrisia imensa, e queria mexer com essa hipocrisia.

FOLHA - Seu filme foi o primeiro a ter um roteirista. Esse que sai neste mês é uma continuação?

LEILA - Minha condição de aceitar é que fosse feito um filme mesmo, com história, diálogos etc. Mas, por causa disso, ficou tão grande que teve de ser dividido em três partes. Esse que sai agora é a segunda parte.

FOLHA - Então fez um filme só?
LEILA - Nesse mercado, você assina contratos por cenas de sexo. No meu caso, fiz seis cenas. A produtora escolhe como utilizar. Escolheram colocar duas cenas minhas em cada filme.

FOLHA - Você só atuou ou se envolveu na produção?
LEILA - Palpitei em tudo. Contratamos um elenco de verdade para atuar como minha família no filme. E havia o elenco da Brasileirinha. Esses tiveram que aprender a atuar e ficaram nervosos! Eu dizia: "Contenha-se, não fala nada agora, não urra, não diz palavrão" [risos].

FOLHA - Como a família viu isso?
LEILA - Tive três casamentos, mas não tenho mãe, pai, marido nem filho. Meus irmãos e sobrinhos têm na cabeça que sou a mesma Leila, com o mesmo caráter. E não seria esse filme que tiraria isso de mim.

FOLHA - Sentiu preconceito de colegas da TV?
LEILA - Zero de preconceito. Quando encontro, me abraçam, me mandam mensagens, tudo normal. Minhas amizades continuam iguais, Bruno Gagliasso, Deborah Secco, Solange Frazão, ninguém toca no assunto, ninguém deixa de me convidar para aniversário. Nem mesmo a revista "Caras" deixou de falar comigo [risos].

O violento
Mas a melhor entrevista feita com Leila Lopes até hoje, desde que ela decidiu levar seus dotes artísticos ao mundo da pornografia, é de autoria do jornalista Fausto Salvadori, do blog Boteco Sujo. "A imprensa, com exceção de você (Fausto), que foi o mais violento nas perguntas, está sendo extremamente delicados e queridos comigo. (...) Nossa, que perguntas! Nenhum dos jornais, nenhuma das revistas perguntou isso até agora", reclamou a ex-professorinha, que não gostou de ser questionada se tinha feito sexo anal e outras brincadeiras nas cenas que gravou para a Brasileirinhas. Confira essa peleja aqui.

5.1.09

Retrospectiva: falso judeu rouba rabino

Mondo Cane traz a partir de hoje uma pequena retrospectiva dos casos curiosos acompanhados pelo blog e que, por falta de tempo, não foram postados aqui. Por conta desse caso, alguns membros da comunidade judaica passaram a treinar kung-fu para se defender de larápios, como mostra a foto acima.

Depois de roubar a casa de um rabino de 67 anos na Rua Haddock Lobo, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, o assaltante Reinaldo Rodrigues, de 30 anos, tentou se passar por judeu para não ser preso pela Polícia Militar. Ele chegou no imóvel da vítima trajando terno e gravata e deixou o local com o chapéu do rabino, mas foi desmascarado porque não se parecia com um judeu ortodoxo. Dois comparsas de Rodrigues conseguiram fugir. Com o falso judeu foi apreendida uma pistola de brinquedo e a maior parte do material roubado, entre dinheiro, talões de cheques e um computador.

Os três ladrões dominaram o rabino A.A.I. (que pediu para não ser identificado) no momento em que ele chegava em casa, na noite de 11 de fevereiro de 2008. Além da pistola de brinquedo, o trio estava armado com dois revólveres. Um dos bandidos deu uma coronhada na nuca do rabino, que teve as outras duas armas apontadas para a cabeça, uma de cada lado. Os assaltantes amarraram as mãos da vítima com um pedaço de pano e a obrigaram a ficar com a cabeça abaixada na direção de uma mesa. Os criminosos passaram a separar os pertences do rabino e colocá-los dentro de uma mala e de uma mochila.

Quase meia hora depois, o rabino disse que estava aguardando visita de amigos judeus, que iriam participar de uma reunião na casa dele, e pediu para os criminosos irem embora, caso não quisessem ser surpreendidos. Um dos bandidos ordenou que a vítima ligasse para um de seus amigos e pedisse para que ninguém se aproximasse da casa. O rabino fez duas ligações para um comerciante de 34 anos, que também não quis se identificar. Na primeira, a vítima falou: "Tem gente na minha casa. Eles não querem sair antes que vocês se afastem". O amigo do rabino, que já estava perto do local, ficou sem entender nada.

A segunda ligação ocorreu depois que os criminosos viram o carro do amigo da vítima sendo estacionado perto do imóvel. "Seu carro está aqui em frente. Tira o carro que os caras não querem sair", falou o rabino para o comerciante. Depois dessa frase, dita em português, o rabino falou "me ajuda" em hebraico. "No começo não pensei que pudesse ser um assalto, mas achei estranho porque o rabino nunca fala em português comigo", disse o comerciante, que preferiu ligar para a Polícia Militar por precaução e alertar sobre um roubo em andamento.

Dois policiais militares em motos chegaram no local em poucos minutos. Nessa hora, o assaltante tinha acabado de sair da casa, carregando uma mala na mão e usando o chapéu do rabino. "Ele transpirava muito, mostrando que estava nervoso. Isso chamou nossa atenção", disse um sargento do 2º Batalhão de Choque da PM. Durante a revista, os policiais encontraram cerca de US$ 200 dentro da cueca do assaltante. "O criminoso disse que era judeu, mas não tinha nenhum sotaque", observou Destro. O comerciante apareceu e já desmascarou Rodrigues. "O ladrão tinha uma barba rala. Só judeus com barba longa podem usar esse chapéu", explicou o amigo do rabino.

Dentro da mala foram encontrados oito relógios de bolso, um monitor de computador LCD, dois telefones sem fio, cerca de 20 talões de cheque, R$ 3 mil, 15 euros, 20 francos, 3 mil liras e 25 pesos argentinos. Os dois comparsas de Rodrigues conseguiram fugir num táxi, levando uma mochila com alguns objetos, entre eles um computador portátil. Segundo a polícia, Rodrigues tem extensa ficha criminal, com cerca de cinco metros e passagens por roubos, furtos e até homicídios, já cumpriu 11 anos de cadeia e estava foragido da justiça.

Amigos do rabino desconfiam da participação de um motorista que trabalhou na casa durante sete anos e foi mandado embora há cerca de dois meses após roubar dinheiro. Segundo o comerciante judeu que ligou para a PM, o rabino relatou que um dos criminosos deixou essa suspeita no ar, ao afirmar a seguinte frase durante o assalto: "Você sabe quem mandou a gente aqui". Um homem branco e outro negro conseguiram fugir de táxi. Eles não trajavam terno e gravata como Rodrigues. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins).

No dia seguinte, o sargento foi procurado pelos jornalões de São Paulo e inventou que tinha desmascarado o falso judeu por ser um profundo conhecedor do judaísmo. Ele esqueceu de mencionar que contou com a ajuda do amigo do rabino, que desconfiou da barba rala do criminoso. "Eu nunca ia saber dessa diferença de barba. Para mim, judeu é tudo igual", confidenciou o sargento para Mondo Cane, antes de se passar por um especialista em judaísmo para outros veículos de comunicação.