30.7.09

Atriz lançada por David Cardoso morre durante gravação de filme

Uma atriz que estava iniciando a carreira no cinema da Boca do Lixo teve um final trágico quando participava de seu segundo filme. Waldirene Manna morreu aos 18 anos, no dia 5 de março de 1988, quando atuava na filmagem de "Feitiço do Gavião", do diretor Rubens da Silva Prado. Um ano antes da tragédia, Waldirene foi convidada por David Cardoso para participar do filme "O Dia do Gato".

Rubens da Silva Prado foi acusado pela morte de Waldirene, ocorrida em uma cachoeira na cidade de Guararema, na Grande São Paulo. Prado corria o risco de pegar uma pena de seis a 20 anos de prisão depois que a promotora Eliana Passarelli Lepera, da Vara Distrital de Guararema, ofereceu denúncia contra ele, no dia 14 de novembro de 1989, pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar).

Segundo informações da promotora na época, Prado fez com que Waldirene se embrenhasse nas matas que circundavam a Cachoeira do Putin durante a gravação de uma cena. O diretor teria pedido para Waldirene ficar de pé sobre uma pedra limosa, em local perigoso e de difícil acesso, perto da cachoeira. A atriz escorregou e caiu de uma grande altura, morrendo afogada. Seu corpo nu foi encontrado entre as pedras. Não havia rede ou qualquer dispositivo de proteção para conter a queda da atriz.

Para a promotora, Prado assumiu o risco de provocar a morte da atriz ao não oferecer segurança para ela. "No empenho de ver o filme realizado de acordo com sua idealização, levou à frente a execução (do filme), ante a possibilidade de ocorrer uma tragédia. Com isso, deverá agora responder por crime de homicídio simples, capitulado no artigo 121 do Código Penal", noticiou o DIÁRIO POPULAR na época em que a promotora ofereceu denúncia contra o diretor.

A promotora pediu que fossem ouvidas no processo 21 testemunhas, a maiora delas integrantes da equipe cinematográfica, além da mãe e de uma irmã da vítima. O jornal O GLOBO também noticiou a morte de Waldirene Manna durante as filmagens de "Feitiço do Gavião". Mondo Cane não encontrou mais registros do caso em arquivos da grande imprensa. Pesquisadores de cinema afirmam que Prado evita comentar o assunto até hoje, tema tão delicado para ele quanto os pornôs que dirigiu após o sucesso em filmes do gênero faroeste.

20.7.09

Entrevista histórica: Walter Gabarron

Walter Gabarron foi um dos atores mais atuantes da fase explícita do cinema da Boca do Lixo de São Paulo. Ele atuou em quase 100 filmes, a maioria deles ao lado da ex-mulher Eliane Gabarron. O casal se conheceu em uma companhia de teatro infantil em 1975 e nos dois anos seguintes fez pontas nas novelas "Éramos Seis" e "Tchan: A Grande Sacada", ambas na TV Tupi. O casal também fez uma pequena participação no filme "Perversão - Estupro" (1978), de José Mojica Marins. Com a chegada do cinema de sexo explícito na Boca no início dos anos 80, Walter e a mulher resolveram abraçar o gênero, trabalhando com vários diretores. Pouco antes da extinção das produções da Boca, Eliane largou a carreira ao se converter em testemunha de Jeová, mas Walter continuou trabalhando como "expliciteiro" em peças de teatro. Walter não chegou aos 50 anos de idade. Um câncer raro (Linfoma de Hodgkin) tirou a vida dele em 2005, aos 47 anos. Mondo Cane presta um tributo ao ator com essa entrevista que encontrei perdida em um baú de casa. Eu e um amigo estávamos passando em frente ao Teatro Orion, na Rua Aurora, República, região central de São Paulo, no começo de 1997, quando reconheci Walter parado na porta do estabelecimento. Eu estava no segundo ano de faculdade e perguntei se poderia entrevistá-lo. A entrevista será publicada em várias partes, uma vez por semana, pois o material é extenso. A foto ao lado foi tirada do filme "A Menina do Sexo Diabólico" (1987), dirigido por Mário Lima.

Quando você começou sua carreira?
No meio artístico estou desde 1975. Comecei fazendo teatro infantil, de 75 a 77. Aí eu parei. Voltei em 1983 e já estava na época do filme erótico. Fui convidado, pensei bem e resolvi fazer o primeiro: "O Delicioso Sabor do Sexo" (1984). Foi feito com o nome de "Mulher... Sexo... Veneno (1984), só que aí não foi possível (a minha cena entrar no filme) e eles (diretor e produtor) guardaram a filmagem. O que foi filmado (comigo), depois jogaram no outro filme, "O Delicioso Sabor do Sexo". Aí o pessoal descobriu e toquei adiante.

O que ocasionou a interrupção de 1977 a 1983?
De repente eu casei, tive uma filha e viver de teatro (na época eu fazia mais teatro, o cinema mesmo comecei a fazer em 1983), principalmente infantil, é impossível. Aí eu larguei (a carreira de ator) e fui trabalhar normalmente.

No tempo que você trabalhava com teatro infantil era de forma independente?
Era uma companhia. Companhia Teatro Infantil Paulistano. Era uma companhia profissional, nós levávamos peças ao Teatro Ruth Escobar, Teatro Aquarius, que existia na época. Então a gente tinha uma temporada, viajava pra Santos, pro Interior, fazendo peças como A Gata Borralheira.

O trabalho teatral começou por influência de alguém ou...
Eu entrei no teatro através de uma agência de empregos. Fui procurar emprego, na época do Exército não conseguia emprego. Fui em uma agência de serviços temporários e me indicaram a Companhia Teatro Infantil Paulistano pra fazer uma temporada de festa junina no Playcenter. Pra dançar quadrilha, esse negócio todo, casamento caipira, tal. Então como estava sem fazer nada e o cachezinho era bom, eu fui. Aí me interessei pela coisa, a dona da companhia gostou de mim, conheci minha mulher (Eliane Gabarron) lá. Entrei através de uma agência de emprego, quando eu nem pensava em mexer com esse tipo de coisa.

E quanto tempo você trabalhou com teatro e cinema pornô? Primeiro foi o cinema, não?
Primeiro foi o cinema, de 83 a 89. Foi quando o cinema funcionava, era um filme atrás do outro, uma produção atrás da outra. Aí em 89 parou completamente.

Plano Collor?
Não sei o que foi. Os produtores disseram que o exibidor queria uma porcentagem muito alta da renda, então para eles não compensava. Compensava mais pegar um filme de fora e aumentar um pouquinho, porque o filme de fora é menor, é curto, e colocavam um enxertozinho qualquer para lançar aqui. Para eles (produtores e exibidores) é mais negócio pegar um filme de fora do que produzir aqui.

Fale um pouco sobre o mercado de vídeos nacionais, comparando com o externo hoje. O vídeo nacional está prejudicado ou está ganhando espaço? Como é agora em relação há 10 anos?
Hoje em dia os filmes nacionais estão um porcaria. Estão pegando um elenco de péssima qualidade, pessoas que de repente só sabem fazer sexo, e mal. Então não consegue crescer nunca.

Quando atuava, você obteve algum tipo de reconhecimento? Como foi a repercussão dos filmes?
Foi bom, tanto que ando nas ruas e o pessoal reconhece. Em termos de grana, é aquela coisa, nós estamos no Brasil. Então você ganha para fazer um filme, acabou o filme você tem que fazer outro, senão você não ganha. Você não tem bilheteria, não tem porcentagem nenhuma, o sindicato não faz porcaria nenhuma pelos atores. Sou sindicalizado, tenho DRT, sou profissional, mas não há apoio nenhum.

Um dos principais problemas, hoje, do vídeo pornô brasileiro é a qualidade dos atores...
Com certeza.

Além disso, qual seria outro grande problema?
É o preconceito muito grande que se tem do produto brasileiro. Ninguém gosta. Prefere o de fora. Você tem uma mulher bonita aqui fazendo (pornô), eles (consumidores brasileiros) preferem uma magra peituda lá de fora. Não tem jeito. Eles (os gringos) alugam um iate, filmam no iate. Aqui não, alugam um (apartamento) quitinete vagabundo e vão fazer o filme. São duas ou três posições. Aquela coisa maçante, sabe, não é mais como no início do cinema. Porque na minha época, eles faziam o filme para o cinema. Depois de pronto para o cinema, eles passavam para o VHS. Depois tentaram filmar diretamente para o vídeo. Ficou uma porcaria. Fiz uns 4, 5 filmes. Uma merda.

E quantos filmes você fez ao longo da carreira?
Mais de 100. (Foram) 115, 120, por aí.

E todos saíram em vídeo no Brasil?
Todos foram feitos para o cinema e depois passados para vídeo.

(Continua)

19.7.09

"Um buraquinho não faz mal pra ninguém"

"Elas São do Baralho" (1976) foi o terceiro dos cinco filmes dirigidos pelo novelista Silvio de Abreu na Boca do Lixo de São Paulo. Trata-se de uma das pornochanchadas produzidas com esmero pela Cinedistri, companhia fundada em 1949 por Oswaldo Massaini na Rua Dom José de Barros, no Centro de São Paulo, e que sete anos depois se instalaria na Rua do Triunfo, a principal central de produção do cinema da Boca do Lixo.

Silvio de Abreu desenvolveu o argumento e roteiro de "Elas São do Baralho" com o crítico de cinema Rubens Ewald Filho. Eugênio Miranda (Cláudio Corrêa e Castro) é um executivo de uma corretora de valores em Belo Horizonte que, a contragosto, é transferido para a filial de São Paulo a fim de melhorar o desempenho da filial paulista. Ele viaja com a mulher Angélica (Sônia Mamed), quando tem o carro abordado por assaltantes, entre eles o gaiato Pirilampo (Adoniran Barbosa).

O mineiro ainda sofre na mão de um grupo de menores golpistas. Um dos moleques espanta os ladrões ao imitar a sirene de uma viatura, mas outro pivete furta a chave do carro sem que Eugênio veja. Os moleques exigem uma recompensa para procurarem a chave do veículo. Depois de embolsar uma grana do executivo, os dois garotos entram no carro para ensinar o executivo como sair do matagal.

No meio do caminho, os moleques queimam um chumaço de pano e o atiraram pela janela, depois que o cheiro impregnou o interior do carro. Os meninos fazem Eugênio acreditar que o automóvel está com problema do motor e o levam até um mecânico golpista, que arranca dinheiro do mineiro sem o menor esforço. Eugênio ainda perde uma grana ao se envolver em um acidente de trânsito.

A estadia do executivo em São Paulo piora depois que um policial chega no local do acidente e pede os documentos do carro. Eugênio explica que foi assaltado e o policial questiona se ele tinha dado queixa do roubo. O mineiro e a mulher são levados para prestar esclarecimento na delegacia, onde acabam presos e humilhados pelo delegado de plantão (Carlos Koppa).

Com a prisão dos assaltantes e o encontro do documento de Eugênio entre os objetos apreendidos com o bando, o mineiro é libertado. Ao chegar no escritório no dia seguinte, Eugênio descobre que os corretores paulistas não costumam aparecer tão cedo no serviço e avisa que vai instituir o livro de ponto. Os paulistas decidem armar uma festinha surpresa para o executivo mineiro.

A festa em questão reunirá várias mulheres nuas. Os corretores perguntam se o executivo toparia participar de uma reunião mais íntima, para que todos se conhecessem. Eugênio relata que em Belo Horizonte costumava se encontrar com os amigos de trabalho para jogar buraco. "Um buraquinho não faz mal para ninguém", observa o mineiro, fazendo com que os subordinados caíam na gargalhada.

No dia da farra, Eugênio aparece na festa surpresa com a mulher do lado. A confusão começa, quando os paulistas tentam esconder a mulherada pelada no apartamento para que a esposa do mineiro não perceba a real intenção do encontro promovido por eles. A balbúrdia aumenta mais ainda com a chegada de um travesti faixa preta de caratê, que havia sido contratado para participar da festinha.

17.7.09

Onde andará Zilda Mayo?

Aos 56 anos, Zilda Mayo continua com o corpo esbelto. Conheci a atriz no final de 2007, quando a entrevistei para a biografia de Sady Baby. Na ocasião, antes da entrevista, Zilda comentou que por causa da boa forma poderia posar nua se alguma revista masculina a convidasse e o cachê fosse interessante para ela. "Não precisariam tratar as fotos porque não tenho estrias nem celulite", afirmou a estrela, que hoje atua como produtora teatral no interior de São Paulo. Depois de algumas horas de bate-papo, comentei com Zilda que passaria o contato dela para o jornalista Nicolau Radamés Creti, que escreve a coluna Cadê Você para o jornal Diário de S.Paulo, dedicada aos ídolos do passado. Algum tempo depois, Zilda saiu na coluna, cujo conteúdo está transcrito abaixo:

Atriz luta contra imagem de ter feito pornografia

Já faz quase 20 anos que a paulista Zilda Sedenho fez seu último filme. E faz 20 anos que ela vive um dilema: ao mesmo tempo em que encontra fãs carinhosos, que não se esquecem de seu rosto, ainda luta contra o preconceito de ser chamada de "atriz pornô", uma marca que não desaparece com o tempo.

"Fui muito julgada", desabafa Zilda Mayo, nome artístico com o qual ficou conhecida ao longo de 42 filmes e alguns trabalhos na televisão e no teatro. "Sofri e ainda sofro muito preconceito. Nunca fiz filme de sexo explícito, mas as pessoas acham que fiz. Não sou contra quem faz, mas não faria por dinheiro nenhum".

A explicação tem razão. Zilda é da época das famosas pornochanchadas, filmes hoje "inocentes", que chamavam muito mais a atenção pelos títulos maliciosos do que pelas cenas propriamente ditas. "Era uma época em que fazíamos dois filmes por mês", conta. "O diretor tinha que fazer tudo rápido, não podia repetir cena pra não gastar negativo... Mas, mesmo assim, era tudo feito com alegria. As pessoas iam mais ao cinema. Não tinha vídeo, shopping...", observa Zilda.

Apesar da declaração, não pense que tudo é romantismo para Zilda. Ao contrário. "Hoje, quando passa o tempo, você vê como foi explorada e teve a imagem usada. Os cachês eram miseráveis, não se ganhava dinheiro e a estrutura era pobre", revela. Hoje, Zilda finaliza um livro em que pretende contar tudo o que viveu nos sets de cinema e nos estúdios de TV. "Fui muito rotulada. Nem sempre fiz pornochanchada. E acho que esse rótulo me prejudicou muito na TV. A maioria dos diretores acha que eu só sei tirar a roupa", desabafa.

NO AUGE
Zilda Mayo tinha 22 anos quando fez seu primeiro filme, "Ninguém Segura Essas Mulheres". A partir daí, não saiu mais da telona: foram 42 filmes nas décadas de 70 e 80. Posou ainda para todas as revistas masculinas. Na TV, trabalhou com Sílvio Santos e fez trabalhos como a minissérie "Irmã Catarina", de 1996.

TESTE
1 - Qual foi o último filme de Zilda Mayo?
(A) Instrumento da Máfia
(B) Bacanais na Ilha das Ninfetas
(C) A Ilha dos Prazeres Proibidos

2 - Com que falecido ator Zilda Mayo contracenou na novela "Filhos do Sol", da extinta TV Manchete, em 1991?
(A) Carlos Augusto Strazzer
(B) Paulo Autran
(C) Luiz Armando Queiróz

3 - Na minissérie "Casa de Pensão", da TV Cultura, Zilda trabalhou ao lado de outra colega da época dos filmes de pornochanchadas. Quem era ela?
(A) Aldine Müller
(B) Helena Ramos
(C) Zaira Bueno

4 - Como se chamava o filme que contava a história de uma estudante assassinada no Rio?
(A) Caso Cláudia
(B) A História de Maria
(C) Amor Verdadeiro

16.7.09

A morte de Leila Lopes

A última cena de "Pecado Final", terceiro filme da trilogia pornográfica protagonizada pela atriz Leila Lopes que chegou às locadoras especializadas neste mês, pode provocar reações diferentes nas pessoas que o alugarem ou baixarem-no da Internet. Talvez o amigo Fausto Salvadori, chamado de violento e marrom por Leila, tenha motivos para comemorar.

É que a personagem de Leila no filme, a fogosa Marlene, que transforma em escravo sexual um inocente seminarista (Carlos Bazuca), será assassinada pelo amante numa cena cheia de dramaticidade. "O seminarista mata Marlene por não aguentar o intenso desejo que sente por ela e o forte conflito provocado por sua orientação religiosa", explicou Leila para a repórter Mariana Zylberkan, do Diário de S.Paulo.

Nesta terceira parte, a atriz participa de duas cenas de sexo, sendo que em uma delas ela contracena com outra mulher. "Chorei depois que filmei essa cena. Foi algo muito difícil para mim, porque sou totalmente heterossexual, mas já superei", relembrou Leila, que já havia gravado essa sequência na época do lançamento do primeiro filme.

As seis cenas de sexo – exibidas em "Pecados e Tentações", "O Pecado sem Perdão" e "Pecado Final" – foram rodadas de uma só vez, no final de 2007. Apesar de ter conquistado um novo nicho de fãs – "Pecados e Tentações" chegou às locadoras já com a primeira remessa esgotada –, Leila garante que não repetirá a dose. "Esses filmes foram um parêntese na minha carreira. Eu os abri e agora já os fechei. Meus projetos futuros envolvem o exercício do jornalismo", afirma a atriz, que se prepara para apresentar o programa "Calcinha justa", exibido no canal fechado Sexy Privê Brasileirinhas, parceria da produtora com a Band, e um talk show na internet.

15.7.09

Cuidado: não cruze o caminho de Sady Baby em...

A palavra sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro, surgiu do nome de Marquês de Sade, como era conhecido o aristocrata e escritor francês Donatien Alphonse François de Sade (1740 - 1814). Mas bem que poderia ter originado do nome de Sady Baby, como é conhecido o cineasta gaúcho Sadi Plauth, que nunca soube quem era Marquês de Sade.

Todas as obras de Sady Baby são repletas de cenas de dominação. Geralmente o próprio cineasta aparece em cena obrigando alguém a manter relações sexuais com outra pessoa ou até mesmo com um animal. A coerção sempre acontece sob a mira de alguma arma. A satisfação com a morte alheia também está presente nos papéis interpretados por Sady em suas obras. E as seqüências mais criativas de homicídios podem ser vistas no filme "Emoções Sexuais de um Jegue" (1986).

Nesse filme Sady é o presidiário aidético Gavião. Após fugir da prisão, Gavião encontra uma loira perambulando por uma mata. Para tirar o atraso, o facínora arrasta a mulher para um local onde há um providencial caixão. "Esse é o caixão do amor. Estou com fome de sexo. Vou comer seu cu aqui dentro", diz Gavião para a beldade, uma das duas mulheres que são infectadas pelo bandido com o vírus HIV durante o filme.

A grande saga de Gavião em "Emoções Sexuais..." é encontrar seu pai, o caquético "velho Paçoca, para matá-lo. Isso porque o idoso engravidou a mulher do filho enquanto ele esteve em cana. Gavião ameaça esmurrar a barriga da mulher para que ela perca o bebê. No final, ele resolve atear fogo no casebre onde a adúltera mora. A mulher não consegue escapar do ato bárbaro porque o marido a amarrou e cobriu sua cabeça com um saco.

O criminoso fica sabendo que o pai também traçou a própria filha, ao ver o proeminente barrigão dela. O diálogo entre Gavião e a irmã é um dos momentos mais engraçados do filme. "Quem é o pai da criança?", pergunta o bandidão. "O pai", responde a irmã. "Que pai?", volta a questionar Gavião. "O nosso pai", explica a irmã. "Velho fedido. Eu vou comer o cu daquele velho filho da puta", resmunga o fugitivo, saindo no encalço do velho tarado.

Durante sua busca, Gavião obriga um médico a chupar uma ferida em seu braço, para infectá-lo com o vírus da Aids (a punição foi porque o médico prometeu uma cura para a doença e não cumpriu a promessa), e ainda mata um homossexual em uma boate, abrindo o tórax dele com uma motosserra. Mais para a frente o bandido é baleado por um homem de quem roubou um carro, mas o ferimento provocado pelo tiro não impede que ele continue atrás do "velho Paçoca". O tão esperado encontro acontece no final do filme.

“Emoções Sexuais...” tem duas cenas que comprovam a genialidade de Sady Baby. Em uma delas, o cineasta gaúcho aparece com uma motoserra cortando a barriga de um infeliz. Sady nunca viu “O Massacre da Serra Elétrica” nem “Evil Dead” ou qualquer outro filme de horror que influenciasse as cenas sangrentas de suas obras pornográficas. Na outra cena, Sady mostra o que faria se pudesse colocar uma câmera dentro da vagina da atriz. Como isso seria impossível, o cineasta pediu para um ator enfiar o pênis num pedaço de bife e registrou como seria um gozo visto do interior da vagina.

Aproveitando o sucesso de outro filme anterior dele, "Emoções Sexuais de um Cavalo", Sady Baby repetiu o título nessa sua obra de vingança trocando apenas o eqüino. Mas o jegue aparece em uma rápida cena e ainda decepciona os zoófilos de plantão. Mas os fãs de cinema extremo ou de ação vão se divertir com as peripécias do personagem interpretado pelo Marquês Sady.

O filme pode ser baixado aqui.

12.7.09

Grandes bundas: Ana Bella

Ana Bella foi uma das principais atrizes de filmes pornô da década de 90. Nascida em Blumenau (SC), Ana resolveu virar uma estrela pornográfica após ser incentivada por um namorado. A catarinense chamou a atenção dos pornógrafos por causa de seu rostinho angelical e de seu corpo de mulherão, cujo principal atributo é o bumbum perfeito (que continua maravilhoso até hoje, mesmo perto da estrela completar 30 anos de idade).

A beldade atuou em filmes do diretor Gregório de Mattos (pseudônimo de Orlando Gregório), como Incesto, Sexo Acidental, Rabo de Arraia e República do Prazer. Em entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo de 2 de janeiro de 1997, Gregório classificou Ana Bella como a “atual rainha do bumbum”. “Depois da Gretchen e da Rita Cadillac, é o bumbum que está despontando”, disse Gregório, que também afirmou na ocasião que valorizava as atrizes pornôs. “No Brasil não há ainda a classe de atriz pornô. São mal remuneradas e não sabem interpretar. Tem diretor que paga R$ 300 por filme. Acho um absurdo, uma exploração total. Pago R$ 800. Ana Bella, que é uma exceção, ganha R$ 2.000”, revelou Gregório.

Pouco antes da virada do milênio, Ana Bella abandonou a carreira de atriz pornô, quando era morena, e apareceu como figurante em programas de televisão, já loira. Assumindo o nome Ana Paula Gimenez, ela mostrou seu belo corpo em pegadinhas do extinto programa Festa do Mallandro, apresentado por Sérgio Mallandro na TV Gazeta. Antes disso, Ana Bella já tinha aparecido em quadros do programa Sílvio Santos e do Domingo Legal de Gugu Liberato.

Ela também chegou a integrar o conjunto Banana Split.Ana Paula Gimenez também fez vários ensaios fotográficos para revistas masculinas, como Sexy e Man. Ela também se exibiu ao vivo para internautas no site Dream Cam Club, além de fazer fotos sensuais para outros endereços na Internet. Parece que Ana Paula Gimenez quer esquecer o passado como Ana Bella, chegando ao ponto de já ter declarado que nunca tinha feito filme pornô. Hoje, os pornógrafos procuram os filmes de Ana Bella para baixar pela Internet. Dessa maneira, não há como deixar o passado de Ana Bella no esquecimento.

No covil dos Ratos de Porão

O diretor Fernando Rick não teve nenhum problema para entrar no covil do Ratos de Porão, banda cuja trajetória de 28 anos é marcada por histórias recheadas com drogas, brigas entre os integrantes e outras loucuras. Afinal de contas, o paulistano de 25 anos já tinha dirigido filmes de terror como Rubão, o Canibal (2002), Feto Morto (2003) e Coleção de Humanos Mortos (2005), antes de finalizar o documentário “Guidable — A Verdadeira História do Ratos de Porão”, que foi exibido em maio no Cine Olido, no Centro de São Paulo. Ele contou com a ajuda de Marcelo Appezzato, co-diretor da cinebiografia.

A ideia do documentário surgiu em 2006, quando Rick manteve um primeiro contato com a banda para dirigir o videoclipe da música Covardia de Plantão. Por causa das cenas explícitas de violência, o clipe não pôde ser exibido na MTV e virou febre entre os internautas. “O clip foi censurado pela Deckdisc (gravadora do Ratos)”, diz Rick. O vocalista João Gordo, também apresentador da MTV, resolveu convidar o jovem diretor para fazer o documentário da banda, uma das mais importantes do mundo na cena punk/hardcore/crossover.

“O Gordo entrou como produtor e não chegou a gastar R$ 5 mil no projeto”, recorda Rick. Segundo ele, os equipamentos para as filmagens foram cedidos por amigos e toda a equipe responsável pela fotografia, iluminação e áudio do filme trabalhou sem receber qualquer remuneração. “Todo mundo trampou de graça, foi tudo na brodagem”, conta Rick. As gravações do documentário ocorreram entre janeiro de 2007 e novembro de 2008. A edição foi concluída no começo deste ano e resultou num filme de 121 minutos.

Rick ouviu todos os integrantes que passaram pela banda e colheu imagens históricas para contar a história do grupo. “Guidable” não censura nada da vida dos integrantes do Ratos. Jabá, primeiro baixista da banda, estava internado na Febem por assalto à mão armada e, assim que saiu de lá, ajudou a fundar o Ratos com os amigos Jão e Betinho. Anos depois, Jabá foi expulso da banda por estar viciado em crack. Os membros do Ratos falam abertamente sobre o envolvimento deles com as drogas e não deixam de criticar um ao outro.

Rick lembra que sofreu para fazer a edição final do documentário, pois precisou deixar muito material de fora. “Se fosse usar tudo, daria uns 30 DVDs, cada um deles com oito horas de duração”, conta o diretor. Os fãs do Ratos serão recompensados no futuro, pois Rick promete lançar um DVD duplo com cinco horas de material extra.

11.7.09

Flagrante: meninas aliviam a bexiga em frente ao Museu do Ipiranga

Mondo Cane flagrou duas mocinhas mijando na calçada em frente ao Museu do Ipiranga, na Zona Sul, há três anos. As duas beldades mijavam juntinhas ao lado de um Gol, onde um amigo delas aguardava. O carro de reportagem de Mondo Cane passava pelo local, quando nosso atento motorista viu as duas moçoilas se levantando. O piloto parou o carro imediatamente. Sem saber que tratava-se de uma equipe jornalística, as duas jovens decidiram se exibir. Elas abaixaram as calças e empinaram suas bundinhas gostosas. Nesse momento, o flash estourou, iluminando os rabinhos delas. “Nossa, eles estão tirando foto”, falou uma das garotas. Conseguir essas fotos foi o maior rabo.





As fotos são de Vinícius Pereira