25.11.08

Dez! Nota Dez!

O historiador Denilson Monteiro lança hoje a biografia Dez! Nota Dez! Eu Sou Carlos Imperial na Casa do Saber, na Rua Doutor Mário Ferraz, 414, no Itaim Bibi, Zona Oeste de São Paulo. A sessão de autógrafos acontece das 19h às 22h.

Para saber mais sobre as dificuldades de Denilson para escrever o livro, leia a entrevista que o escritor concedeu para a Zingu, excelente revista eletrônica de cinema brasileiro, em setembro deste ano. O bate-papo entre o historiador e a Zingu pode ser conferido aqui.

A Zingu já havia organizado em abril um dossiê sobre o faz-tudo Carlos Imperial. Também não deixe de ver a seleção feita pela Zingu das críticas dos filmes dirigidos por Carlos Imperial, clicando aqui.

5.11.08

Não era só a bruxa que estava solta...

No lugar de bruxas com vassouras, atrizes de filmes pornô. Para comemorar o dia das bruxas e também divulgar sua marca, a produtora Exxclusive realizou o 1º Halloween Erótico em uma casa noturna de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, na madrugada do último dia 31. A produtora já havia organizado em julho o “Arraiá do Prazer”, uma festa caipira fora de época com estrelas dos filmes adultos.

Mulheres, atrizes pornô ou não, circulavam no local vestidas de bruxas, demônias ou apenas com o corpo pintado. Um dos grandes momentos da festa foi a performance da atriz Anita Ferrari, que fez os homens correrem para o meio da pista para vê-la de perto “contracenando” com uma outra estrela. “Foi uma dança sensual”, minimizou Anita, que disse gostar de filmes de terror. “Adoro Jogos Mortais”, afirmou.

Em vez de jogos mortais, o que se viu no Halloween Erótico foram jogos sensuais. Uma atriz puxou um rapaz do público e o jogou contra uma cadeira suspensa para poder iniciar uma sessão de tortura. A “vítima” permaneceu com os olhos vendados, enquanto a torturadora aplicava tapas em seu rosto ou arranhava seu peito com as unhas. Entre um castigo e outro, a atriz sentava no colo do infeliz.

Agraciada com o troféu AVN 2007 (considerado o Oscar da indústria pornográfica norte-americana) por vencer na categoria “melhor performance feminina estrangeira”, Monica Mattos teve que posar para fotos ao lado dos fãs. Ela estava fantasiada de viúva. “Agora estou solteira”, revelou Mônica, cujo filme de terror de cabeceira é O Exorcista.

Não perca daqui alguns dias a segunda parte da cobertura do 1º Halloween Erótico feita por Mondo Cane.
Na primeira foto, Anita Ferrari e amiga; acima, Monica Mattos de viúva sensual e, ao lado, atriz "tortura" cidadão com a mão fraturada. As fotos foram feitas por Thiago Vieira. Outras imagens da festa podem ser acessadas no blog dele.

5.10.08

Kid Bengala, um ator pornô metido com a política

Revelado para o grande público há pouco mais de três anos em filmes pornôs da produtora Brasileirinhas, o santista Clóvis Basílio dos Santos, de 53 anos, mais conhecido como Kid Bengala, resolveu penetrar no mundo da política. Ele é candidato a vereador em São Paulo pelo Partido Popular Socialista (PPS), o mesmo da Soninha, que concorre ao cargo de prefeita. Mas de nanico, Kid Bengala só tem o partido. O tamanho de sua ferramenta de trabalho - que seria de 33 centímetros de comprimento - faz parte do número que o eleitor de Kid Bengala terá que digitar amanhã na urna eletrônica (Mondo Cane não publica o número do candidato por ser um blog apolítico). Abaixo segue uma entrevista que o candidato concedeu recentemente ao site da Adult Entertainment Broadcast Network:

AEBN: O que você gostaria de ter feito profissionalmente se não fosse ator pornô?
Kid Bengala: Tinha o sonho de ser engenheiro mecânico. Eu era um garoto inteligente e me formei como melhor aluno do curso de mecânica industrial do SENAI aos 17 anos.

AEBN: Você é pré-candidato à câmara municipal de São Paulo pelo Partido Popular Socialista (PPS). Por que quer entrar na política?
Kid Bengala: Fico tão frustrado ao ver as desigualdades sociais que decidi tentar fazer alguma coisa para ajudar as comunidades carentes. Para mim, ajudar as pessoas é algo gratificante. Se me tornar vereador da cidade de São Paulo, quero proporcionar arte e lazer aos jovens da periferia. Acredito que isso é o que os desvia da violência e da criminalidade.

AEBN: Alguma objeção do PPS quanto a sua carreira pornográfica?
Kid Bengala: Não. No começo, até achei que isso seria um problema, mas o partido me recebeu de braços abertos e tem me apoiado bastante.

AEBN: Você tem religião?
Kid Bengala: Sim, sou evangélico e vou ao culto todas as sextas e domingos. Acho que as pessoas que freqüentam a igreja sabem que sou ator pornô, mas, não acho que isso seja um problema para eles. Ninguém nunca tocou no assunto comigo.

AEBN: Como foi sua primeira experiência sexual?
Kid Bengala: Eu era uma criança quando transei pela primeira vez. Ela era bem mais velha que eu e se chamava Sueli. Morávamos na mesma rua e, depois da primeira vez, passamos a transar quase todos os dias por uns três anos.

AEBN: O que mais lhe atrai em uma mulher?
Kid Bengala: Adoro louras, mulheres casadas e mulheres peludinhas. Ao contrário da maioria, sou contra esta moda de depilação!

AEBN: Qual é sua fantasia sexual?
Kid Bengala: Tenho uma fantasia voyeur, que chamo de “tesão de corno”. Fico excitado ao observar minha mulher transando com outro homem. Mas, tem de ser uma mulher com a qual eu esteja envolvido emocionalmente, uma namorada. Já tive a oportunidade de fazer isso antes e quero tentar de novo, assim que estiver em um relacionamento.

AEBN: Como é o sexo longe das câmeras?
Kid Bengala: Na vida pessoal, eu sou um cara romântico. Gosto muito de preliminares e de estar dentro o tempo todo. Minha posição favorita é “papai e mamãe”, pois curto beijar e olhar para minha parceira durante o orgasmo.

AEBN: Você alguma vez já fez ou toparia uma ação gay ou com um travesti?
Kid Bengala: Não. Eu não faria por causa da minha família e, também, porque sou maluco mesmo é por mulher. Já tive relação sexual com mais de 300 mulheres, mais parei de contar 5 anos atrás.

AEBN: Você acha que um homen é gay se ele tiver relações sexuais com um travesti?
Kid Bengala: Não. Acredito que o interesse sexual não interfere na sexualidade do homem. Conheço alguns caras que fazem cenas com travestis que não são gays. Pelo contrário, eles que são felizes, pois sentem prazer pelos dois lados.

AEBN: Algo mais que você não curte na cama?
Kid Bengala: Além de não transar com homens, como disse, não gosto quando as mulheres querem fazer o chamado “fio terra” em mim (ele se refere ao ato da parceira introduzir o dedo em seu ânus). Outra coisa que também não curto é sexo anal e “anilingus” nas garotas (ato de inserir a língua no ânus da parceira).

AEBN: Você acha que é possível encontrar amor no meio pornô?
Kid Bengala: Apesar de eu nunca ter me envolvido com uma colega de trabalho, acho que é possível sim.

AEBN: Você se preocupa em contrair AIDS?
Kid Bengala: Sim, o tempo todo. Faço o exame pré-nupcial todos os meses, que detecta todas as doenças sexualmente transmissíveis, além de HIV.

AEBN: Qual foi a experiência mais estranha que você já viveu como ator pornô?
Kid Bengala: Ao fazer uma cena de sexo oral em uma garota hermafrodita, me assustei com o enorme clitóris que ela tinha. Jamais tinha visto aquilo antes! O “grelinho” dela era quase do tamanho do meu dedo mindinho. E quanto mais eu o sugava, maior ainda ficava! Foi, certamente, uma experiência diferente!

AEBN: Você é um dos atores pornô mais bem-dotados do mercado. Tamanho em excesso também é problema?
Kid Bengala: Normalmente, não. Houve apenas um caso, no entanto, meio complicado. Eu me preparava para fazer uma cena anal com uma garota de 19 anos e acabei exagerando na dose do medicamento para ereção prolongada que uso de vez em quando. Meu pênis ficou duro com uma pedra e foi uma penetração difícil tanto para mim, quanto para a garota. Nós dois gritávamos ao mesmo tempo de tanta dor! Fiquei de molho por quatro dias depois disso... Sempre consigo introduzir todo o pênis dentro das garotas. A elasticidade da vagina é uma coisa surpreendente!

AEBN: Algum arrependimento?
Kid Bengala: Arrependo-me de ter sido infiel à minha primeira esposa.

AEBN: Se você pudesse “pegar” qualquer mulher no mundo, quem escolheria?
Kid Bengala: Essa está na ponta da língua: Gisele Bündchen!

AEBN: Se você tivesse que escolher entre o dinheiro e o amor, o que você escolheria?
Kid Bengala: Com certeza dinheiro, porque você consegue viver sem amor, más definitivamente não vive sem dinheiro.

AEBN: O que você considera ser sua maior virtude?
Kid Bengala: Sou uma pessoa muito amiga, gosto muito de ajudar as pessoas.

Vídeo mostra Carol Miranda desistindo de cena de sexo anal

Carol Miranda geme enquanto faz sexo anal durante a gravação de uma das duas cenas do filme "Fiz Pornô, Continuo Virgem", da Sexxxy World, que será lançado no começo do mês que vem. De repente, ela se levanta da cama, deixando o ator sozinho, ainda em ponto de bala.
- Pára, pára! Não, pára! Não dá! Chega! Eu não quero. Eu não tô aguentando. Pára! Desliga.
Alguém (provavelmente o diretor) pergunta para Carol, por trás da câmera: - Por quê?
- Eu não tô aguentando, nossa, muita dor. Pára, não dá!
- Mas tá rolando legal, meu.
- Não, não dá, tô com muita dor.
Outra voz masculina aparece de fundo, parecendo alertar o diretor: - Eu falei para você.
Carol volta a reclamar com o diretor: - Não, não quero. Eu nunca fiz. Tá doendo demais.
- O jeito é dar a buceta então.
- Não, a buceta não, nem pensar.
- Mas se a gente quebrar seu cabaço na cena e pagar mais?
- Não, nem adianta.
Carol abandona o set e se tranca no banheiro.

A cena descrita acima foi obtida com exclusividade pelo Sala Especial, site parceiro deste Mondo Cane.

22.9.08

Uma família nada virgem em estratégia de marketing

Uma virgem estrelando um filme pornô? É o que promete a produtora Sexxxy com a contratação de Carol Miranda, a falsa sobrinha de Gretchen. O nome do filme será “Fiz Pornô e Continuo Virgem”, no qual Carol Miranda fará apenas uma cena de sexo anal.

Carol Miranda apareceu na mídia há quatro meses, apresentada por Gretchen como uma sobrinha que iria ser sua sucessora ao título de “rainha do bumbum”. Segundo o site Ego, a moça é sobrinha do atual marido de Gretchen.

Essa história lembra outra do clã Gretchen, quando a filha da cantora, Thammy, apareceu no primeiro semestre de 2007 na mídia com uma bela morena, dizendo ser sua namorada. Era Júlia Paes, que já seguia a carreira de atriz pornô.

Tudo levou a crer que era um golpe de marketing, pois algum tempo depois Thammy e Júlia apareceram juntas na revista Premium, que mais para a frente ainda lançou uma revista-poster com as duas. O casal também estrelou um filme pornô, meses depois de Gretchen debutar no seu.

Seria a virgindade de Carol Miranda mais um golpe de marketing do clã Gretchen? Dessa vez, isso será algo muito difícil de provar.

17.9.08

Um mês sem Sady Baby

Ontem completou um mês do suposto suicídio de Sady Baby. De acordo com a mãe de seu filho mais novo (o cineasta dizia ter uns 35 filhos), Sady saltou de uma ponte e foi engolido pelo Rio Uruguai, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A atitude teria sido tomada porque o cineasta andava preocupado com o que poderia vir a acontecer com ele juridicamente após a apreensão de seus dois últimos filmes pela Polícia Federal. Até agora o corpo de Sady não apareceu. Sem corpo, não existe suicídio.

Foto cagüeta
Essa história do Sady me fez lembrar de outra contada pelo fotógrafo José Maria da Silva, que atuou por décadas no falecido periódico Notícias Populares. Zé relatou-me que a Polícia Civil não podia autuar um acusado em flagrante por homicídio porque o cadáver tinha desaparecido do local do crime. O corpo havia sido levado embora por uma enchente. E sem o corpo, não havia a prova do homicídio. Para a sorte da polícia, Zé Maria tinha tirado uma foto do presunto antes dele ser arrastado pela enxurrada. A fotografia foi usada como prova e o acusado, levado para trás das grades.

9.8.08

Regininha, a ex-coleguinha

A ex-louraça belzebu provocante não quer mais ser colega de carreira dos escribas de Mondo Cane e do Boteco Sujo, que aparecem na foto ao lado, feita por Bianca Alves

Em janeiro de 2007, Regininha Poltergeist disse que aceitou fazer seu primeiro filme, "Perigosa", porque precisava de dinheiro para pagar a faculdade de jornalismo. Na noite de anteontem, na festa de lançamento de seu segundo filme, "Sex City", em uma casa noturna de Moema, na Zona Sul de São Paulo, Regininha disse que freqüentou as aulas somente por três meses na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Ela resolveu trancar o curso ainda em 2007. "Não sei se vou retomar o curso de jornalismo", afirmou para Mondo Cane a loira, que despontou dançando sensualmente nos shows do cantor Fausto Fawcett no início dos anos 90.

No ano passado, Regininha alegou que queria estudar jornalismo porque "adora escrever e queria fazer reportagens para ajudar as pessoas". Agora ela mudou de idéia, depois que voltou a aparecer na mídia, depois de uma década longe dos holofotes. "Como personalidade, eu não me acostumaria a fazer o papel do lado oposto, apesar de achar o trabalho (de jornalista) interessante", afirmou, sem modéstia. Regininha não quis revelar quanto recebeu de cachê pelos dois filmes. "Posso dizer que foi um dinheiro bom", despistou. Ano passado, ela classificou o cachê como "milionário".

O lançamento do novo filme de Regininha, que tem pelo menos uma cena inspirada no filme americano "Sin City", de Robert Rodriguez e Frank Miller, aconteceu na casa noturna Stage Urbano. O trailer de "Sex City" mostrou que a loira está mais à vontade nas quatro cenas de sexo com atores diferentes, ao contrário de sua tímida atuação no primeiro filme. "A primeira vez é mais difícil para tudo na vida", filosofou. Na festa, Regininha mostrou seu lado funkeiro e cantou "Funk da Brasileirinhas", em homenagem à produtora de seus filmes pornôs, e "Kátia Flávia", sucesso de Fausto Fawcett. Era playback, mas a loira soltou a voz. "Sou Brasileirinha e não uso calcinha".

6.8.08

Lei seca diminui programas sexuais

Garotas de programas e travestis afirmam que estão na seca sexual por causa da lei que impede motoristas de dirigirem após umas doses de goró

Não são apenas os donos de bares que reclamam da diminuição do número de fregueses depois da criação da lei seca. Profissionais do sexo, como garotas de programa e travestis que fazem ponto nas ruas, afirmam que a clientela deles reduziu bastante com a medida que restringiu o consumo de bebidas alcoólicas de motoristas. Quem sobrevive com a prostituição diz que o faturamento caiu mais de 50%.

"Antes eu fazia quatro programas por noite nos finais de semana. Poderia fazer mais, mas esse era o meu limite. Hoje para conseguir fazer um programa está uma dificuldade", compara Renata, de 27 anos, que não quis dizer o sobrenome e pediu para não ser fotografada. Na madrugada da última sexta-feira, Renata esperava por seus clientes parada em uma esquina da região da Rua Augusta, tradicional ponto de prostituição do Centro de São Paulo. "O movimento caiu bastante porque nossos clientes bebem e dirigem", afirma.

Outras prostitutas concordam com Renata, mas preferem evitar a equipe de Mondo Cane. Renata não lamenta a queda do rendimento que obtém como garota de programa , pois trabalha há um ano na função de babá, ganhando um salário mensal de R$ 800. Ela diz que começou a se prostituir no começo deste ano, depois que o marido foi preso, para aumentar a renda do mês. "Tenho uma filha de 10 anos para sustentar e ainda ajudo minha família". Renata cobra R$ 100 por programa, com duração que varia de meia a uma hora.

Na Avenida Indianópolis, no Planalto Paulista, Zona Sul da capital, os travestis também relatam que a lei seca entrou em conflito com a atividade deles, pois a clientela chega por lá de carro depois de tomar umas e outras. "No nosso caso, é bom sair com homem bêbado. É mais fácil tirar dinheiro", diverte-se Bruna Ribeiro, de 28 anos. Depois de passar um ano na Itália, nas cidades de Rimini e Milão, Bruna voltou a trabalhar nas ruas de São Paulo há quatro meses. "Fazia uma média de cinco programas. Caiu 50%", observa Bruna.

Há três anos ganhando a vida na Indianópolis, o travesti Flávia Assunção, de 22 anos, conta que os clientes já admitiram ter sumido da área por causa da lei seca. "Eles comentam que têm medo de sair e acabar tomando uma multa", diz. Flávia acredita ser raro o cliente que não bebe antes de procurar um travesti. "Muitos têm vontade de vir bêbados, pois ficam bem soltinhos", brinca Flávia, que em dias melhores jura ter feito oito programas. "Antes a gente fazia dois programas em poucas horas. Para conseguir essa quantidade, temos que ficar a noite inteira aqui". O preço dos programas com os travestis varia de R$ 100 a R$ 1 mil.

2.8.08

O cinema volta à Boca do Lixo

Veterano ator e cineasta, que mantém seu escritório há 50 anos na região, quer resgatar a memória do cinema paulista

A partir de amanhã, a Rua do Triunfo, na Santa Ifigênia, região central de São Paulo, vai se transformar em uma sala de cinema ao ar livre em todos os domingos do mês de agosto. A iniciativa é da “Associação São Paulo, a Cidade e o Cinema”, presidida pelo amigo Rodrigo Montana, que já teve sua história contada aqui em Mondo Cane no ano passado.

Montana vai exibir a cada domingo um dos vários filmes que fizeram parte da história do cinema paulista e que foram produzidos ali mesmo na região, na grande maioria das vezes de forma independente. Os cinco primeiros filmes foram feitos entre os anos 50 e 70. Se o projeto for um sucesso, uma nova leva de obras ganhará a Rua do Triunfo no próximo mês. Para isso, Montana espera que os fãs do Cinema da Boca compareçam em peso no evento. “A presença do público no primeiro dia fará diferença”, diz Montana.

Para homenagear a comediante Dercy Gonçalves, que morreu no mês passado, amanhã será exibido “A Grande Vedete”, filme de 1958. Produzido pela Cinedistri, empresa cinematográfica que até hoje está sediada na Rua do Triunfo, "A Grande Vedete" foi o segundo e último filme de Dercy Gonçalves dirigido pelo mestre das chanchadas Watson Macedo (1918-1981), que no ano anterior havia feito com ela "A Baronesa Transviada".

No segundo domingo de agosto, será a vez da exibição de "O Vigilante Rodoviário". Trata-se do primeiro seriado criado para a televisão brasileira e da América Latina. “O Vigilante Rodoviário” foi ao ar em 1961, pela TV Tupi. A série foi criada pelo cineasta Ary Fernandes. Ao lado do pastor alemão Lobo, o policial percorria as estradas a bordo de um Simca Chambord amarelo ou uma moto Harley-Davidson ajudando as pessoas.

Em 17 de agosto, o público poderá conferir "D'Gajão Mata para Vingar", faroeste dirigido em 1971 pelo cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Na semana seguinte mais um faroeste invade a tela da Rua do Triunfo, só que agora para fazer o público gargalhar. No dia 24 de agosto, Mazzaropi ganhará a tela com "O Grande Xerife", de 1972.

E finalmente, no dia 31 de agosto, a Rua do Triunfo mostrará o primeiro filme da dupla Chitãozinho e Xororó, "No Rancho Fundo", de 1971. O público deverá rir bastante mais uma vez com as atuações de Nhá Barbina, Simplício e Saracura. O cineasta Carlos Reichenbach está no elenco de “No Rancho Fundo”.

“Vamos mostrar filmes populares para atrair o povão para a Rua do Triunfo, o pólo do cinema paulista”, afirma Montana. Os filmes serão exibidos, a partir das 18h, em um telão montado no trecho próximo ao número 134 da Rua do Triunfo, onde fica o prédio da Cinedistri, empresa do cineasta e produtor Aníbal Massaíni.

30.7.08

Quanto mais carne, melhor!

A matéria que você vai ler abaixo (assim como as fotos que a ilustram) foi publicada no jornal carioca Extra do último domingo e comprova que macho que é macho gosta de mulher encorpada. Nos próximos dias, Mondo Cane vai lançar a série "Grandes bundas da história".

Esqueça a dieta do alface, a vergonha do bumbum saliente e o sutiã que deixa o decote discretíssimo. O sucesso da Mulher Melancia e de Sabrina Boing Boing nas páginas de revistas masculinas - a morena emplacou dois ensaios e a loura estampou a seção Happy Hour da revista "Playboy" de julho - prova que nunca as fantasias dos homens valorizaram tanto a abundância. No gosto do povão, mulheres leves como plumas podem ficar até bem nas passarelas. Mas, se o assunto é fetiche, os homens querem mesmo é "sustança".

- Pior coisa do mundo é pegar em osso. Meu sonho é fazer embaixadinha para a Mulher Melancia. Ela é show de bola - diz o malabarista Marcelo Ribeiro, de 38 anos.

Medidas parecidas
Enquanto os 116 cm de quadril de Andressa Soares, a Melancia, ampliaram as dimensões do maior fetiche nacional, o bumbum, Sabrina Boing Boing, com 109 cm de busto, sabe que suas medidas causam espanto. Mas diz que viu o número de admiradores crescer tanto quanto seus seios nos últimos anos. A loura aplicou nada menos do que duas próteses de 1,5 litro de silicone. A primeira prótese, de 300 ml, foi colocada aos 17 anos.


- Os seios são a parte do corpo em que tenho fissura. Não sei a quantidade de silicone que vai me deixar satisfeita, mas, por mim, teria posto logo próteses de 2 litros. As pessoas elogiam - diz Sabrina, que recebeu conselho do médico de aumentar as medidas aos poucos, para evitar estrias.

Melancia já deixava os meninos de pernas bambas desde o colégio.

- Eu era a mais alta da turma, já tinha tudo grande. Os garotinhos sempre falavam que era a mais assediada, sim, mas eu colocava moral porque sempre fui a representante da turma - lembra Andressa.

Boing Boing acredita que as duas preferências já se complementam:

- Hoje em dia, os homens querem bumbuns e seios fartos.

Bem-resolvida e feliz, Melancia não polemiza. Está realizada de frente e de costas. Elogia as magrinhas e as de seios fartos, mas ressalta que é preciso cuidado:

- O importante é ter saúde e não deixar de comer para ficar magrinha.

26.7.08

Estrelas pornôs agitam festa junina

Mondo Cane acompanhou a primeira festa junina erótica de São Paulo, que reuniu caipirinhas nada bobas, como a atriz Márcia Imperador (ao lado). As fotos são do site Terra.

Não era uma festa junina tradicional. Havia a possibilidade da mulherada correr para cima dos homens depois de ouvirem o grito de "olha a cobra", já que todos os participantes da dança da quadrilha usavam trajes mínimos e eram estrelas de filmes pornô. Apesar dos festejos dedicados a Santo Antônio, São Pedro e São João acontecerem no mês de junho, a produtora Exxclusive promoveu ontem de madrugada o primeiro "Arraía do Prazer" em uma casa da Vila Olímpia, na Zona Oeste de São Paulo, com direito a brincadeiras e comidas típicas.

A barraca do beijo era uma das mais freqüentadas pelo público masculino presente no evento. As atrizes Bellinha, de 28 anos, e Patrícia Ventura, de 26, não distribuíam beijinhos no rosto ou bicotas rápidas nos lábios de seus pretendentes. Quem foi ao "arraía" podia beijar oito partes dos corpos das beldades: pé, bunda, cotovelo, peito, joelho, virilha, testa e pescoço. As opções constavam em uma roleta, que era rodada pelos freqüentadores. Assim que a roleta parava de rodar, uma seta indicava em qual local o felizardo podia estalar os lábios.

"Meu bumbum foi bastante beijado", afirmou Patrícia, com mais de 100 filmes em menos de dois anos no mercado pornográfico. Bellinha disse que, na vez dela, a roleta parou várias vezes nas opções pescoço, peito e testa. "Quando caía na (opção) testa, o pessoal podia escolher qual das duas queria beijar. Todo mundo escolhia a de baixo", disse Bellinha, referindo-se ao órgão genital feminino. Mas isso não quer dizer que a profissional, também com mais de 100 filmes no currículo em pouco mais de dois anos, tenha ficado nua na festa.

Uma outra barraca ousada era a do jogo de argolas. Os participantes tinham que arremessar as argolas para tentá-las encaixar não em garrafas, mas sim em vibradores dos mais variados tamanhos. Quem acertava os "consolos" menores recebia como prêmio camisinhas e camisetas de uma marca de preservativos. Os que tinham a sorte (?) de mandar a argola para os vibradores maiores, eram presenteados com creminhos, calcinhas cosmetíveis ou com os próprios consolos. Os prêmios eram os mesmos na barraca da pescaria, dependendo do número do peixe de plástico fisgado pela pescador.

Além das tradicionais brincadeiras, as comidas típicas das festas juninas podiam ser compradas em cinco barracas. Arroz doce, canjica, bolo de fubá e pipoca salgada, entre outras iguarias, raramente eram vistos na mão do público, que preferia desfilar pelo salão com latinhas de cerveja. As estrelas pornôs andavam de um lado para o outro em trajes típicos, mas com o mínimo de roupa. Os homens usavam chapéu de palha, mas ficavam com o peito desnudo. As mulheres também seguiam a moda caipira, mas com blusas e vestidos minúsculos que ressaltavam suas curvas voluptuosas.

A noiva da dança da quadrilha foi interpretada pela maravilhosa Márcia Imperator, de 34 anos. Curiosamente, a atriz (que fez oito filmes em quase três anos de carreira pornô) havia terminado o namoro um dia antes do "arraiá". "Meu namorado era ciumento, mas não foi por causa dos filmes (que o namoro acabou). Tive que deixar o problema em casa, pois as pessoas querem me ver alegre aqui", comentou Márcia. A calipígia Bruna Ferraz, de 26 anos (e com mais de 10 filmes em um ano), também participou da dança da quadrilha. "Foi bem comportado, não teve nada ousado", disse Bruna.

O público aprovou o "arraiá". "Essa foi a primeira festa junina da minha vida. E bastante diferente", brincou o designer Cleiton Vogel, de 27 anos, que ganhou o convite do Programa Privê da Rádio 89 FM. A atriz Leila Lopes, que debutou recentemente nos filmes pornôs, deu o ar de sua graça na festa. O ex-coveiro e ex-BBB Rogério Dragone também esteve por lá, mas disse que foi convidado por amigos e que não fará filmes pornôs. "Não tenho nada contra o pornô, mas isso fecharia para mim as portas no teatro, pois também faço peças infantis", disse Dragone, que também comentou ter interpretado um carcereiro no novo filme de Zé do Caixão, Encarnação do Demônio, que estreará nos cinemas em agosto.

"O calo da Leila apertou"

Questionada sobre o fato de Leila Lopes ter comentado em entrevista para o Boteco Sujo de que não era atriz pornô porque fez faculdade, a farta Bruna Ferraz (na foto ao lado) não se ofendeu. Bruna afirmou que a formação acadêmica era o único diferencial da ex-professorinha Lu em relação às outras atrizes que dão duro. "Ela é diferenciada mesmo", disse. Bruna não teme a concorrência com a entrada de (pseudo)celebridades no mundo pornô. "Eu acho que tá todo mundo apelando para o pornô. Cada um vê onde aperta o calo. Se for procurado (por alguma produtora), tem mais é que fazer mesmo", comentou. Para Bruna, o calo de Leila apertou porque ela estava fora da Rede Globo.

25.7.08

Exclusivo: Andréia Albertini mostra peitos novos para Mondo Cane

Dizem por aí que o Ronaldo Fenômeno conferiu esse material antes da transformação. A foto ao lado foi feita por Vinícius Pereira.

O travesti Andréia Albertini vai construindo uma pequena biografia em cima de uma confusão e outra. Na madrugada de hoje, a menina se envolveu em uma pancadaria com um médico residente em Ribeirão Preto. Os dois acabaram na delegacia e assinaram um termo circunstanciado de lesão corporal dolosa mútua.

Fazia um tempinho que Andréia não armava um barraco. Mondo Cane encontrou a “celebridade” em quatro oportunidades, sendo hostilizado pela moça em apenas uma delas. Em duas ocasiões, o travesti foi atencioso com nossa equipe. A primeira delas, em plena Parada Gay, quando mostrou seus novos peitinhos siliconados exclusivamente para o blog.

Na madrugada do mês passado, Mondo Cane encontrou Andréia fazendo ponto na Avenida Indianópolis, no Planalto Paulista, Zona Sul de São Paulo, durante a cobertura do assassinato de um travesti na região. Isso mesmo, o travesti que ficou famoso ao sair com Ronaldo Fenômeno e que, por isso, disse ter abandonado a prostituição estava fazendo ponto na rua.

"No meu último dia de trabalho na rua acontece uma coisa dessas", comentou Andréia, que voltou a prometer que iria largar a prostituição, dessa vez, ao estrear sua primeira peça de teatro profissional. "A Estrela Sou Eu" estreou na noite seguinte ao assassinato, no Espaço Cultural Bill Pizza, uma pizzaria dedicada ao público gay na Rua da Consolação, na região central de São Paulo .

Durante o bate-papo, Andréia quis ensinar Mondo Cane a escrever direito. Disse que o correto seria dizer “a” travesti e não o travesti. “Pode procurar no Aurélio, não estou inventando não”, pediu Andréia. Mondo Cane viu o Aurélio eletrônico e constatou que, pelo menos para o pai-dos-burros, travesti sempre foi um substantivo masculino. Ela também falou sobre seu filme, que depois de uma disputa acirrada entre duas produtoras acabou saindo por uma terceira.

Enquanto conversava com Mondo Cane e outros veículos de imprensa, Andréia aproveitou para sacanear alguns curiosos que paravam de carro para ver o corpo do travesti morto. “Você também quer ser entrevistado?”, perguntou a travesti para um motorista balofo, com aparência de bêbado. “Você costuma dar essa bunda gorda?”, disparou Andréia para o gordão, simulando segurar um microfone. E isso porque ela não gosta do repórter Vesgo do Pânico na TV!.

17.7.08

Polícia Federal apreende novos filmes de Sady Baby

O cineasta gaúcho apronta mais uma e frustra expectativa de seus fãs, que esperavam por um novo trabalho dele faz anos. A pose de Sady foi clicada por Lawrence Bodnar.

Responsável por filmes clássicos da fase pornô da Boca do Lixo nos anos 80, Sady Baby andava irradiante ultimamente porque tinha voltado a filmar depois de quase 20 anos longe das câmeras. Ele se vangloriava de ser o único diretor a filmar a própria filha em um filme de sexo explícito e atualmente procurava uma distribuidora para fazer seu filme rodar todo o Brasil e, quem sabe, o exterior. Mas a Polícia Federal (PF) cruzou o caminho de Sady e apreendeu o filme “A Filha do Diretor” durante uma operação.

O cineasta foi indiciado anteontem por filmar cenas de sexo explícito com duas menores de idade. Uma das meninas é filha de Sady e tinha 17 anos. A outra atriz, de 16 anos, também aparecia em outro novo filme de Sady, batizado de “Tesão dos Crentes”, que satirizava os cultos evangélicos. Esse filme também foi apreendido pela PF. Ambas as obras foram rodadas neste ano. O cineasta pretendia acertar logo com uma empresa para distribuir seus novos filmes, para então rodar “Coisas do Futebol” com o objetivo de tirar sarro de torcedores de vários times.

A PF chegou ao nome de Sady enquanto investigava a atuação de uma quadrilha que aliciava adolescentes de cidades pobres do norte do Paraná para casas de prostituição e produtoras de filmes pornôs em São Paulo. O nome de Sady apareceu porque uma das adolescentes selecionadas para o filme "A Filha do Diretor" nasceu em Toledo, no Paraná. A PF investiga se Sady teria ligação com o grupo de aliciadores de menores, mas até o momento essa relação não foi comprovada. O cineasta negou conhecer os aliciadores.

“Foi uma tia dela que a trouxe. Essa mulher deve ter uns 27 anos e, inclusive, participou do filme. Além disso, a menina é emancipada”, disse o cineasta, ressaltando que consultou advogados para ter certeza que poderia filmar com as adolescentes. Segundo Sady, sua filha e a jovem de Toledo foram emancipadas judicialmente, ou seja, têm direitos e obrigações civis de pessoas maiores de 21 anos. “Então fui enganado pelos advogados”, comentou o cineasta durante depoimento no prédio da Superintendência da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo.

Além de Sady, três pessoas foram interrogadas no prédio da PF de São Paulo. Na última terça-feira, uma equipe da PF de Cascavel, no Paraná, cumpriu três mandados de busca e apreensão na capital paulista e um no município paranaense de Toledo. Sady teve os dois filmes, dois computadores, uma câmera fotográfica e uma filmadora apreendidos por agentes federais. “As investigações estão sob segredo de Justiça. Ainda não podemos concluir nada”, observou o delegado Fábio Simões, da PF de Cascavel.

Sady foi indiciado por três crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): produzir filme pornográfico com menor de idade, colocar cenas de pornografia infantil na internet e submeter adolescente à exploração sexual. O cineasta foi liberado no final da tarde de anteontem para responder as acusações em liberdade. O cineasta acredita que pode não conseguir recuperar os filmes, mas não descartou a possibilidade de rodar “A Filha do Diretor 2”, já que sua filha já completou 18 anos. “Posso filmar “A Filha do Diretor 2” e explicar na capa que ninguém vai poder ver o primeiro porque ele foi apreendido pela polícia”, afirmou Sady para Mondo Cane.

23.5.08

Leila Lopes chama repórter de violento

O colega Fausto Salvadori foi o responsável pela melhor entrevista que alguém já fez com Leila Lopes desde que ela assumiu ter feito um filme pornô. Durante a conversa, Leila o chamou de violento, maldoso e marrom. Mondo Cane traz a entrevista, mas pede aos leitores que confiram o blog de Fausto, o excelente Boteco Sujo.

Leila Lopes não desce do salto nem quando tira a roupa. E não se trata de fetiche, mas de pose. Sumida da TV há três anos, a ex-professorinha Lu da novela "Rei do Gado" (1993) acaba de se juntar ao time de artistas em baixa que usou o pornô para tentar ressuscitar a carreira. Mas nem pense em gozar com a cara dela por isso.

Não só porque Leila proibiu em contrato as gozadas na cara, mas porque a moça leva o que faz muito a sério. Leila se recusa a ser chama de atriz pornô e comenta seu desempenho no filme Pecados e tentações, da Brasileirinhas, como se tivesse acabado de atuar numa peça de Antunes Filho. E dá-lhe falar sobre os figurinos de época, sobre a qualidade nelson-rodriguiana do roteiro e sobre o physique du role (não de rola, atenção!) de Carlão Bazuca, o ator com 22 centímetros de talento que contracena com ela no filme.

Para falar bem de Leila, pode-se dizer que uma de suas qualidades é não ter medo do ridículo (veja este vídeo e comprove). Há um mês, não teve vergonha, por exemplo, negar com todas as letras que estivesse sequer pensando em fazer um pornô, apenas para ser desmentida dois dias depois por uma imagem sua na capa de uma revista especializada em vídeo erótico.

Nesta entrevista, Leila já começa mentindo, dizendo que só foi procurada pela Brasileirinhas após o Globo ter noticiado a informação sobre seu filme (nos bastidores do pornô, comenta-se que as negociações já vinham rolando há pelo menos dois anos, e a gerente de vendas da Brasileirinhas, Zuleica Sanches, já havia me confirmado em abril que o filme estava pronto).

Mas tudo bem. Afinal, é a mesma Leila Lopes que, durante o lançamento do seu filme no bar Brahma, proclamou que Pecados e tentações iria "salvar muitos casamentos"...

Leia e dê risada.

Como surgiu a proposta de fazer filme pornô?

Leila Lopes - Foi a própria mídia que ajudou nisso. Surgiu a informação numa coluna da “Globo” de que eu seria a próxima estrela da Brasileirinhas. Não era verdade, eu nem os conhecia. Estourou e o Brasil inteiro ficou 48 horas falando só nisso (E o caso Isabella?). Juro por Deus que fiquei dois dias sem dormir atendendo telefonemas de todos lugares, até de Portugal, Estados Unidos e da Suíça, só desmentindo, porque eu não sabia o que estava acontecendo. Até que a Brasileirinhas me ligou na quarta-feira para sentar. E para ouvir o que tinham a dizer.

Olha, Leila, desculpa ser obrigado a te desmentir. Mas eu já estava sabendo do seu filme há mais de um mês.

Leila - Não. Com certeza, não. Isso eu te garanto que não. (Segue-se um blablablá tedioso e cheio de lorotas, da qual o leitor deste boteco será poupado. Fale sobre o filme, Leila) Eu só fiz o filme porque aceitaram minhas exigências: ser um filme com história, baseado em Nelson Rodrigues. Com texto, com pai, com mãe, com periquito.

Com periquito?

Leila - É um filme de verdade.

Deve ter muito periquito, mesmo...

Leila - É um filme de verdade que tem cenas de sexo explícito sem ser vulgar. É um filme inovador, meismo. Sabe aqueles filmes do Telecine Premium com cenas de sexo explícito? (Sexo explícito no Telecine?) É a mesma coisa. Tem uma história bacanérrima de época. As roupas, o cabelo, as jóias, o figurino, tudo é de época.

Mas os personagens não devem ficar muito tempo com esse figurino de época...

Leila - Eu fico a maior parte do filme.

O seu filme pornô é diferente?

Leila - É um filme inovador, com começo, meio e fim, ambientado nos anos 50. As cenas de sexo são bonitas e têm contexto.

Como é a história?

Leila - É uma família classe baixa do Rio de Janeiro. A Marlene, irmã mais velha, vai à Europa estudar para ser atriz, se torna uma mulher moderna, de cabeça aberta. Ela volta depois de muitos anos revolucionando. Encontra na casa dos pais um primo que é seminarista estudando para ser padre. E ela começa a enlouquecer esse seminarista. Ela começa a ir atrás dele em todos os lugares, e ele fica dividido entre o amor por Deus e o amor pela Marlene. É bem Nelson Rodrigues, meismo.

Todas suas cenas de sexo são com o mesmo ator?

Leila - Sim. É o Carlos Bazuca, escolhido por mim. Não podia ser alguém bombado, tinha que ser um rapaz magro, com o physique du role de um seminarista.

Você faz de tudo na cena em questão?

Leila - Não. Tem coisas em contrato que foram colocadas que eu não faria.

É que a Vivi Fernandes e a Márcia Imperator, por exemplo, não fizeram tudo no primeiro filme e deixaram o resto para os filmes seguintes (Vivi.com.Anal e Até que Enfim Anal, respectivamente).

Leila - Você me desculpe, eu sou atriz de verdade, com DRT na carteira: vinte e dois, três três. Dentro da minha posição de atriz, eu incorporei e mandei ver. Minhas cenas de sexo estão lindas. Porque eu faço meu trabalho com responsabilidade e disciplina. Agora... Márcia Imperator? Me desculpa, meu amor, não tem nada a ver. Ela é atriz pornô.

E você não?

Leila - Eu não sou atriz pornô. Eu fiz faculdade. Eu estudei quatro anos para ser atriz.

O que você estudou está aplicando agora nesse filme?

Leila - Também. Eu encarei o filme da Brasileirinhas como um trabalho. Quero que as pessoas vejam uma Leila Lopes completa. Até nas cenas de sexo, que foram muito difíceis para mim. Eu não sou do tempo de ficar, não estou acostumada com isso. Sofri e depois que fiz até chorei, mas na hora da cena eu incorporei o personagem. Fiz um trabalho tecnicamente perfeito.

Como sua família encarou seu filme?

Leila - Muito bem. Não tenho mais pai e mãe, mas meus irmão e meus sobrinhos entenderam. Porque o que eu ganhei, meu amor, é para a aposentadoria da minha vida. Segundo eu sei, sou a mais bem paga até agora.

Falaram em 100 mil reais.

Leila - Rá! Você tá louco. Eu não sairia da minha casa para brincar de fazer filme por isso. Estou falando da minha aposentadoria. De parar de trabalhar e viver de renda.

Esse filme será um impulso ou uma pá de cal na sua carreira de atriz?

Leila - Se for uma pá de cal, estou muito bem amparada pelo dinheiro que ganhei. É dinheiro para me aposentar e viver de renda. Mas estamos no século 21. Ninguém mais encara dessa forma. Tanto que hoje estou na Caras de página inteira em um desfile da Daslu. Eu convivo com as pessoas da mesma forma que sempre convivi. A imprensa, com exceção de você, que foi o mais violento nas perguntas, está sendo extremamente delicados e queridos comigo. Por que eu vou achar que no século 21 eu ter feito duas cenas de sexo explícito vai acabar com a minha carreira? Até porque eu incorporei um personagem e fiz as cenas como Marlene e não como Leila. Não tive prazer. Eu não gozei. Eu não fui paquerar ninguém. E digo mais. Me surpreendi com os bastidores do filme. De um respeito e de uma seriedade que em muitas emissoras eu não vi.

Então os bastidores do pornô são mais sérios do que os das TVs?

Leila - Eu não falei isso! Tá vendo como você é maldoso? Eu falei que é mais sério do que em muitos lugares que fiz. Depende da novela.

Leila, você diz que fui violento...

Leila - Não, é que você está levando para uma coisa marrom que não existe.

...mas seja sincera. Se você ainda estivesse fazendo uma novela das oito atrás da outra, você faria um filme pornô?

Leila - Pelo cachê que eles ofereceram agora? Faria. Espero que esteja abrindo portas para muitas outras atrizes que ficam desempregadas, sem saber o que fazer. Podem vir fazer que o negócio é seríssimo. Você tem que saber se colocar. Teve coisas que eu não fiz. A Márcia Imperator é uma atriz pornô. Ela faz qualquer coisa, me desculpa. Adoro a Márcia, é minha amiga querida, eu gosto dela, mas ela é uma atriz pornô. Ela faz anal, deixa gozar na boca dela...

Isso você não fez?

Leila - É óbvio que não! Nossa, que perguntas! Nenhum dos jornais, nenhuma das revistas perguntou isso até agora. Você é o primeiro.

Eu sou que nem você, Leila. Estou inovando.

20.5.08

Essa loira ofuscou Leila Lopes


Mondo Cane esteve na festa de lançamento do filme pornô de Leila Lopes, realizada no último dia 12 no Bar Brahma, no Centro de São Paulo. E ignorou a ex-atriz global, pois considerou a ex-mallandrinha Cinthia Santos o principal destaque da festa. A loira chamava a atenção da maioria dos homens presentes no local. Entre vários chopps e dezenas de bolinhos de bacalhau e mortadela, pastéis de carne e queijo, sandubas e canapés, Mondo Cane conversou com a gostosona.

Depois de Vivi Fernandes, outra mallandrinha se rende ao pornô. A modelo Cinthia Santos, de 25 anos, foi apresentada na festa de lançamento do filme pornográfico de Leila Lopes como a mais nova contratada da produtora Brasileirinhas. Gravado no mês de abril, o primeiro filme de Cinthia deve chegar às locadoras até julho. A ex-assistente de palco de Sergio Mallandro disse para Mondo Cane que outras três produções já estão prontas para serem lançadas no decorrer do ano.

Cinthia Santos tem experiência em se exibir para as câmeras. Ela fez a alegria dos internautas ao ficar confinada num quarto para o site Dream Cam, onde mostrava ao vivo sua intimidade com vibradores e bolinhas tailandesas. "Na primeira vez que apareci no site da Dream Cam, eu bati o recorde de acessos. Em três dias, dois mil assinantes acessaram a página", afirmou Cinthia. A modelo também esteve presente na sessão Cyber Gatas do site da revista Playboy.

A modelo também fez shows de striptease em festas fechadas na cidade de Dubai, capital dos Emirados Arábes. Lá, ela conheceu o filho de um sheik árabe, com quem teve um filho, hoje com dois anos. Cinthia não revela o nome do magnata. "Tenho certeza que o filme terá uma repercussão forte, pois o pai do meu filho é um homem muito conhecido", disse. A modelo contou que, ao virar atriz pornô, está se vingando dele. "O pai do meu filho só falou que era um homem casado quando eu estava grávida de seis meses".

Ela não quis revelar o valor do cachê pago pelas Brasileirinhas, confirmando que as "celebridades" da produtora estariam proibidas, por contrato, de comentar sobre valores. Questionada por Mondo Cane se os filmes pornôs foram mais rentáveis que os outros trabalhos, Cinthia resolveu exagerar: "Eu diria que 50 mil vezes mais". Ela também informou que não poupou desempenho no primeiro filme, ainda sem título. "Eu pedi para ter cena de sexo anal. Eu gosto muito".

Deu merda na vizinhança

Todo mundo sabia que ia feder. Mesmo assim um casal de moradores de São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, resolveu mexer. E mais: cansados de chegar em casa e encontrar cocô de cachorros na calçada, a dona-de-casa Cleide Lins de Souza Braga, de 51 anos, e o químico Luiz Ronaldo Braga, de 52 anos, também espalharam o excremento na maçaneta do portão do dono dos cães. Foi aí que o caso virou uma grande batalha, e a briga de vizinhos acabou na polícia.

Ao chegar em casa na noite de 30 de abril e colocar a mão no cocô, o dono dos três cachorros que borravam diariamente a calçada do casal, no bairro Sônia Maria, não deixou por menos. E, numa vingança malcheirosa, o inspetor Vicente Leal de Moura, de 59 anos, teria jogado fezes humanas na casa dos vizinhos. O casal então, segundo uma testemunha que ajudou a apartar a briga, foi tirar satisfação. E o dono dos cães passou a ser agredido com socos e chutes por Luiz Ronaldo, e com um cabo de vassoura por Cleide.

Após a agressão, Vicente voltou à rua com uma arma e teria feito dois disparos contra o casal. Um deles acertou o muro. Agora, enquanto seus cachorros continuam circulando pela rua, ele está preso no 3º DP, acusado de porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.

Limpando a área
Na manhã de ontem, o filho do dono dos cães, o auxiliar de laboratório Vicente Leal de Moura Júnior estava tentando limpar a barra do pai com a ajuda de advogados. Antes, porém, teve que lavar o portão de casa. “Estava um fedor insuportável e tivemos que lavar. Mas a polícia chegou a ver o que fizeram”, disse Junior, mostrando a calçada ainda úmida.

Segundo a família do acusado, Vicente sempre gostou de animais. Tanto que os três vira-latas responsáveis pelo cocô da discórdia foram recolhidos na rua. “São cachorros de rua, que ele alimenta e cuida”, contou uma mulher que mora na mesma casa de Vicente, mas não quis se identificar. “Desde que esse casal se mudou para cá, nossa vida virou um inferno. Eles agrediram o Vicente primeiro. Ele está machucado”, reclamou a mulher. À polícia, Vicente argumentou que deu apenas um tiro para o alto em sinal de alerta. E, segundo policiais, já demonstra arrependimento de ter se sujado por causa de seus cães.

Guerra de cocô obriga casal a se mudar

Os maus hábitos fecais dos cachorros de Vicente Leal de Moura colocou o casal Cleide e Luiz Ronaldo Braga para correr do bairro Sônia Maria. Na manhã de 1º de maio, enquanto uma família limpava o cocô no portão, a outra arrumava as malas para ir embora. Na hora do almoço, um caminhão-baú já estava encostado na calçada, que tantas vezes foi emporcalhada, para levar a mudança. “Nós não vamos ficar aqui perto desse homem”, disse uma mulher, que não confirmou se era a dona-de-casa envolvida na fedorenta confusão. Ela também não quis dizer para onde estava indo. “Isso não interessa. Não vou falar.”

Apressado, Luiz Ronaldo, que já estava entrando no carro, também não quis comentar o episódio. “A briga foi por causa desses cachorros ”, limitou-se a dizer o homem. Na delegacia, o casal não contou que tinha passado cocô no portão do dono dos cachorros. Disseram apenas que Vicente havia atirado fezes humana na casa deles. Segundo eles, a agressão partiu do dono dos cães. Cleide relatou que Vicente aparecera armado quando ela e o marido limpavam o cocô da frente da casa. Alheios à confusão que suas necessidades fisiológicas provocaram, os três vira-latas — dois pretos e um de cor caramelo — continuavam livres, demarcando o território no bairro.

(Matéria de Jussara Soares para o Diário de S.Paulo de 02/05/2008)

8.5.08

Bolão: travesti tem passe disputado

O Fenômeno não teve reflexo suficiente e teria confundido Andréia com uma mulher: cartão vermelho para ele

O travesti Andréia Albertini está com o passe valorizado depois do clássico embate com Ronaldo, o Fenômeno. Duas produtoras de filmes pornôs brigam para ter o traveco em seu time. A Safadinhas e a Brasileirinhas acreditam que Andréia possa bater um bolão em suas produções, que contariam com um sósia de Ronaldo como escrete.

Em entrevista ao jornal Extra, o produtor Sandro Aquino, da Safadinhas, deu a entender que Andréia já teria endereço certo para fazer aquecimento e entrar em campo. Andréia pediu o dobro do cachê proposto inicialmente, R$ 10 mil, para vestir a camisa da Safadinhas. O aumento foi aceito pela produtora, segundo Aquino.

Mas o meio de campo ficou embolado com o interesse da Brasileirinhas em adquirir o passe da “centroavante”. Produtores da Brasileirinhas pretendem sentar com Andréia para tentar leva-la para seu time de galáticos do pornô. De acordo com a Brasileirinhas, o travesti teria garantido que não fecharia contrato com nenhum outro “clube”.

29.4.08

Filomena leva ovada na boca

Tá certo que a Filomena tem uma boquinha de chupar ovo, mas não é nada disso que você está pensando. A atriz e humorista Goreth Milagres, que interpreta a Filó, foi acertada em cheio por um ovo atirado de uma das janelas de um prédio vizinho ao hotel Copacabana Palace, ontem no Rio de Janeiro.

A chegada de artistas ao Copacabana Palace, para a entrega do Prêmio Contigo, irritou a vizinhança por causa da barulheira. Os moradores resolveram, então, pegar ovos da geladeira e arremessaram em direção ao hotel. Um deles atingiu a boca de Goreth Milagres, que correu direto para o banheiro.

"Me machucou a boca e tive que ir correndo para o banheiro limpar o vestido e refazer o penteado. Foi tudo muito violento", disse a atriz.

Oh, coitada!

Erguei as mãos e dai glória ao metal



Ao contrário dos grandes órgãos de imprensa, Mondo Cane acompanhou as apresentações de bandas de heavy metal na Virada Cultural. Na primeira foto acima, Paul "Baiano" em momento de inspiração divina. Na segunda, fã faz careta ao ser encurralado pela cabeleira suada de um headbanger e pelo suvaco de outro batedor de cabeça. Na foto mais abaixo, fã histérico invade área VIP para reverenciar Andreas Kisser e seus convidados. As fotos são de Vinícius Pereira

Quem perdeu o show do Iron Maiden no começo de março no Parque Antártica, ou porque os ingressos se esgotaram dois meses antes ou porque não tinha condições de pagar entre R$ 100 e R$ 250, pôde conferir a apresentação do primeiro vocalista da banda inglesa de heavy metal anteontem de madrugada na Virada Cultural. Paul Di'Anno empolgou o público presente à Praça da República ao cantar canções da época em que esteve à frente do Iron Maiden, antes de ser substituído pelo vocalista Bruce Dickinson em 1981.

Jovens, cabeludos ou não, se espremiam em frente ao palco, balançando a cabeça e erguendo as mãos deixando somente os dedos indicador e mindinho levantados em forma de chifrinho, símbolo característico dos fãs de heavy metal. Para ter uma visão privilegiada do palco, dois rapazes subiram numa árvore e ficaram numa altura de quase 10 metros. Alguns fãs tentaram invadir a área restrita a fotógrafos e cinegrafistas, mas rapidamente eram retirados por seguranças.

O público ia ao delírio quando Paul Di'Anno, que atualmente segue carreira solo, cantava músicas dos dois primeiros álbuns do Iron Maiden. Do disco Iron Maiden, de 1980, as canções "Running Free" e "Phantom of the Opera" foram algumas das que mais agitaram os fãs. Já do álbum Killers, de 1981, o público balançou a cabeça ao som da própria canção título e de "Murders in the Rue Morgue". Os fãs, que não paravam de gritar “Iron Maiden”, não se empolgaram muito quando Di'Anno cantou alguma coisa de sua carreira solo e a cover de Blitzkrieg Bop, dos Ramones.

Metal nacional
O metal nacional também esteve presente na Virada Cultural. Após a apresentação de Paul Di'Anno, o guitarrista Andreas Kisser, da banda brasileira Sepultura, subiu ao palco com músicos convidados para impedir que os fãs deixassem de chacoalhar as cabeças. Para a decepção da platéia, a banda não tocou nenhuma música do Sepultura, apesar dos pedidos de parte da multidão. Mas os fãs se maravilharam com o repertório apresentado, que incluía apenas clássicos do thrash metal americano.

Além de Andreas, a parte instrumental da Brasil Metal Stars ficou a cargo de André Mariutti (ex-Shaman), na outra guitarra, Dick Siebert (Korzus), no baixo, e Betão (ex-Korzus), na bateria. Derrick Green (Sepultura), Marcão (Claustrofobia) e Leandro (ex-El Fuego) se revezaram nos vocais. Sem saber que tratava-se da última música que encerrava o show, o público ficou bastante agitado ao ouvir "Raining Blood", da banda Slayer, cujo vocal foi dividido por Marcão e Leandro.

A dupla se revezou para cantar outros clássicos que fazem a cabeça dos fãs de metal, como "Angel of Death" (Slayer), "Motorbreath" (Metallica), "Bonded by Blood" (Exodus) e "Metal Thrashing Mad" (Anthrax). Das duas canções cantadas por Derrick Green, chamado de "Predador" pelo público por causa de seu cabelo rastafári, o destaque foi "Whiplash", do Metallica. Após a apresentação dos convidados de Andreas Kisser, as bandas Overdose, Volcano, Vodu e Korzus estavam escaladas para continuar com a festa "metaleira" das 4h30 às 10h do último domingo.

28.4.08

Que segredos Leila Lopes esconde?

A atriz Leila Lopes negou ter feito um filme pornô e até ameaçou processar órgãos de imprensa que divulgassem essa informação, mas eis que o site EGO consegue em primeira mão a capa do tal filme. A informação de que a Leila teria participado da produção da Brasileirinhas circula há mais de um ano e meio, mas a gaúcha sempre negou.

Mondo Cane já tinha visto a informação circulando em pequenas notas de blogs, mas teve a confirmação do fato em maio de 2007 durante uma conversa com um cultuado diretor da Boca do Lixo que está por dentro dos bastidores da "indústria" pornô brasileira. "Pode botar no seu site ou avisar no jornal. Eu conheci um dos caras que comeu a Leila Lopes", disse a fonte.

O problema é que a fonte não tinha o contato do tal ator, que nem de São Paulo era. A fonte também não lembrava o nome do ator. Resolvi avisar a editoria responsável do jornal, que colocou um repórter atrás (no bom sentido) de Leila Lopes. Como de costume, ela voltou a negar participação no filme e disse que a fonte estava blefando.

No começo deste ano o assunto voltou à tona, depois que a coluna Gente Boa, do jornal O Globo publicou que Leila Lopes fez ou faria um filme pornô. O EGO também deu a informação. "Imagine como minha família está neste momento diante das mentiras que estão sendo divulgadas? Ainda bem que não tenho filhos. Não sei como explicaria esta situação para eles", disse a atriz, em entrevista ao EGO.

EGO decidiu procurar a produtora Brasileirinhas e ouviu de alguém que a atriz não poderia falar sobre o novo trabalho por questões contratuais. "O lançamento será feito em maio porque chegará as lojas em junho", afirmou a fonte da Brasileirinhas para o EGO. Inclusive, a fonte revelou que a atriz filmou com 10 atores. EGO foi novamente atrás da atriz, que ficou possessa ao saber do conteúdo das revelações em off.

"Quero ver essa pessoa provar na justiça que fiz algum filme pornô, ainda mais 10 cenas com atores diferentes. Isso é um absurdo. Não existe. Minha vida virou um inferno desde que essa notícia foi divulgada. Para você ter uma idéia de o quanto isso é um absurdo, o pessoal da Brasileirinhas foi me ligar ontem (quarta-feira, 23), chamando para conversar, por causa dessa repercussão toda. Não quis nem ouvir. Só quero que meu nome saia dessa história", desabafou Leila para o EGO.

Mas eis que o EGO consegue a capa do filme que Leila jura nunca ter feito. A "obra" chama-se "Pecados e Tentações" e foi dirigida por José Gaspar, o mesmo que filmou as estréias de Alexandre Frota, Rita Cadillac, Regininha Poltergeist e outras celebridades pelo selo Brasileirinhas. Leila aparece na capa coberta com um casaco, mas deixando à mostra calcinha e sutiã brancos.

Uma coisa que ninguém atentou, mas Mondo Cane sacou na hora ao ver a capa do filme, é que as negativas de Leila Lopes não passariam de uma jogada de marketing para bombar o DVD quando ele for lançado. "Que segredos você esconde?" é a pergunta inscrita na capa e que chamou a atenção de Mondo Cane de cara. Leila Lopes tentou esconder seu segredinho pecaminoso até ser desmascarada.

Enquanto negava a existência do filme para vários órgãos de imprensa, Leila Lopes concedeu entrevista confirmando a realização da obra para a Ver Vídeo Erótico, revista voltada para locadoras. A seguir, todas as "aspas" da atriz retiradas dessa publicação (escaneada pelo site Sala Especial e à disposição dos internautas para download aqui):

O CONVITE DA BRASILEIRINHAS
"Houve uma curiosidade depois o Frota falou no meu nome e eles (Brasileirinhas) me procuraram antes, mas eu não tinha aceitado. Agora estou separada e apareceu essa proposta diferente. É claro que o dinheiro também é bom, mas pude dar a minha cara ao filme".

O ENREDO
"Foi chamado um grupo de atores, do Rio de Janeiro mesmo, para filmar e interpretar. É uma história que se passa em 1950. Minha personagem é uma atriz que vai para a Europa, e depois volta e encontra um seminarista. Eles se apaixonam e o filme trata da briga dele entre o desejo e a fé".

AS CENAS DE SEXO
"Foi dificílimo filmá-las".

O DIRETOR
"Fiquei impressionada com ele (José Gaspar), com o cuidado com tudo, desde as filmagens, a iluminação, maquiagem, figurino, cenário e também o trabalho com os atores, ainda mais nessa produção, em que se fez necessário que todos atuassem", revela ela.

INTERPRETAÇÃO
"Eles (atores) ficaram um pouco assustados porque teriam de atuar, então, foi uma coisa ao contrário. Ao invés de eu ficar com medo, por causa das cenas de sexo e tudo o mais, eles é que se assustaram um pouco, a princípio, mas depois tudo correu muito bem".

O BLÁ-BLÁ-BLÁ
"Vou me esforçar ao máximo para divulgar esse filme, sou atriz e é um direito meu, e este é apenas mais um trabalho como outro qualquer. E também vou conquistar um público diferente, que não atingia antes".

"INOVAÇÃO"
"Será inovador e bom para as locadoras e principalmente para o público, que terá a chance de assistir algo diferente; e que eu espero que mude um pouco o cenário (do mercado erótico) para não ficar tudo sempre igual".

24.4.08

Quando é bonito ser feio

Os belos que me perdoem, mas feiúra é fundamental. É assim, invertendo a provocadora frase de Vinícius de Moraes (1913-1980), que Luiz Carlos Ribeiro, de 53 anos, defende o pão de cada dia. “Já fui de tudo na vida, de ajudante geral de fábrica a ajudante de caminhão. Mas só me saí bem quando descobri que levava jeito para fazer rir”, diz ele.

E por essa “virtude”, ele foi do mais absoluto anonimato para as telas da TV, engajando-se na trupe que fazia estripolias no palco do extinto “Ratinho Show”, na Record. Só que, falando assim, pouca gente vai ligar o nome à pessoa. Afinal, quando resolve fazer graça, Luiz Carlos recolhe sua identidade oficial e abre espaço para a entrada em cena de Rodela, personagem com a qual ele leva a feiúra à máxima potência.

“Antes de criar o Rodela, eu era conhecido como Luiz Careta”, lembra o comediante. Mas é preciso voltar bastante na história para ver o quanto Luiz Carlos leva o humor a sério. Assim que percebeu que seu destino estava atrelado à comédia, ele tomou uma decisão radical: mandar arrancar todos os dentes da arcada superior da boca e quase metade dos da arcada inferior para aumentar o número de caretas que poderia fazer.

“Os primeiros dentistas que procurei não concordavam em arrancar dentes sadios de alguém. Por ‘sorte’ (a aspa é nossa), achei um profissional japonês recém-chegado ao Brasil que topou encarar o serviço.” O truque, ainda que dolorido, acabou dando certo. Ao ponto de ampliar o público que parava para vê-lo em ação no centro da capital.

Até que alguém, em meados dos anos 90, o levou para encarnar seu tipo na “Noites do Terror”, do Playcenter. O parque foi a vitrine que o projetou para virar figura fixa no circo de esquisitices montado por Carlos Massa na Record e depois no também extinto programa “Leão Livre”, de Gilberto Barros. Como não deu certo a tentativa de esticar a permanência na telinha, atuando com o apresentador Jacaré, na RedeTV!, ele acabou retornando às ruas. “Mas me sinto feliz por voltar ao convívio das pessoas que me apóiam desde o início da minha carreira”, diz.

RAIO-X
Certidão: Luiz Carlos Ribeiro, nascido em 4 de abril de 1954, no Rio de Janeiro, no antigo estado da Guanabara.
Galeria: “Ganhei o troféu de personagem mais feio no festival ‘Noites do Terror’, do Playcenter”.
Tempos áureos: “Quando o Ratinho deixou a Record, em 1998, e foi para o SBT, assinei um contrato com a emissora que me fez ganhar dinheiro como nunca tinha ganho na carreira”.

Texto escrito pelo jornalista Donizeti Costa, que autorizou sua publicação em Mondo Cane. A foto foi reproduzida do ChrisMise Blog.

Veja uma entrevista hilária com Rodela (e também com o Marquito) no site do programa Pânico da Jovem Pan.

21.4.08

E o Brasil ganha seu Oscar


A paulista Monica Mattos atraiu a atenção da grande mídia após receber neste ano o Troféu AVN 2007, considerado o Oscar da indústria pornográfica norte-americana. O primeiro colega da imprensa a conversar com Monica Mattos foi o parceiro Fausto Salvadori, que fez uma pequena matéria para o jornal Metro, mas publicou o bate-papo coma atriz na íntegra em seu blog Boteco Sujo. Depois veio a revista Rolling Stone e o jornal Diário de S.Paulo. A matéria do Diário, escrita pelo colega Fabrício Calado Moreira, foi uma das mais elogiadas em comunidades do Orkut e infelizmente não está acessível para a Internet. Não estava. Mondo Cane teve acesso ao material e o coloca agora à disposição de seus leitores, que já estavam ávidos pela atualização deste blog. Após o final da matéria, mais links que trazem informações sobre a presença de Monica Mattos em outros veículos de comunicação de massa e em sites especializados em pornografia.

E o Brasil vibra
Da ZL para o mundo: ela levou o Oscar do cine pornô
Autor: Fabrício Calado Moreira
Monica Mattos. O sobrenome remete a terrenos cobertos de plantas, mas a moça lida mesmo é com bichos, sejam eles cobras ou garanhões da indústria pornográfica. Metida no negócio desde os 19 anos (ela está com 24 hoje), a atriz — nome real: Monica Monteiro da Silva — teve seu talento reconhecido, afinal. Ela recebeu este ano o Troféu AVN 2007, considerado o Oscar do cinema pornográfico, por Melhor Performance Feminina Estrangeira.
A cerimônia de premiação ocorreu em janeiro em Las Vegas, mas Monica não deu as caras. “No ano passado, fui indicada pela primeira vez nesta categoria e não ganhei. Como me disseram que nunca alguém do Brasil ganhou, ‘desencanei’”, justifica. Insaciável, Monica quer mais. “Tenho vontade de sair do Brasil para trabalhar, mas ainda não apareceu nenhuma proposta que me convencesse”, conta a profissional. Pelas suas contas, a atriz já participou de pouco mais de 300 filmes.
Até o extremo
Os garanhões mencionados no início da matéria não são só alegorias: na lista de peripécias eróticas de Monica Mattos , consta sexo oral em um cavalo. A cena, segundo a assessoria da atriz, foi feita há algum tempo e muito bem-remunerada, apesar de a moça garantir que não repetiria a atuação com o eqüino nem por muito mais dinheiro.
Gosto pela coisa
Após suar a camisa e, muitas vezes, suar sem camisa, hoje Monica se sente em uma situação confortável. E, embora seja só sexo, ela admite que pegou um certo amor pelo ofício. “Entrei pela grana, mas se fosse só por isso, acho que já teria parado. Não conseguiria trabalhar tanto tempo com uma coisa que não me agradasse”, confessa.
Monica foi descoberta em uma boate, onde dançava e fazia programas, e convidada para fazer filmes eróticos por intermédio de uma amiga. Por sorte, e alguma falta de juízo, se deu bem. Antes do troféu da AVN, há três anos, sua fama a tornou apresentadora do programa “Ao Vivo do Paraíso”, na TVA, no qual conversa com o telespectador enquanto um casal a seu lado faz sexo.
Sexo, aliás, não é algo que a moça faz todo dia. Não fora das câmeras, ao menos. “Não tenho namorado, estou curtindo a vida de solteira”, revela a beldade, que há dois meses estava enrolada com um ator pornô. Hoje, ela mora com a mãe, Marilza, em Itaquera, na Zona Leste, mas está livre do aluguel e pensa em mudar. Nada mal para alguém que entrou nesta vida para espantar o tédio dos empregos que ela considera “normais”.
A mulher por trás
E até onde Monica e sua disposição iriam sem o apoio de dona Marilza? Talvez não muito longe, crê a atriz. “Desde o começo, minha mãe disse que confiava em mim e me apoiaria em tudo. Se ela me proibisse de fazer filmes, provavelmente eu ficaria bem dividida”, diz. E o que a mãe achou da filha premiada pelo vigor em cenas de sexo? “Achou ótimo, mas não sabe muito bem do que se trata. Agora que me vê dando entrevistas, ela está entendendo. Ela torce por mim”, conta a filha-coruja. A ironia é que a atriz ainda tem um sonho não realizado: participar de uma montagem. De teatro. Quem sabe uma comédia. “Sou fã da Heloísa Perissé (atriz do programa “Sob nova direção”, da TV Globo)”, conta.

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