Se Mondo Cane fosse atrás de Roberto Justus para ouvir sua opinião sobre o caso, certamente ele diria que o elemento deveria ser demitido por não cumprir bem suas atribuições. Um seqüestrador caiu no sono, quando deveria vigiar uma vítima no cativeiro, deixando-a ter acesso a um revólver e um telefone celular. A vítima botou outro seqüestrador para correr e ainda trancou o dorminhoco num quarto do cativeiro antes de fugir.
O caso aconteceu na noite do último sábado, no Jardim São Paulo, região de Lajeado, Zona Leste de São Paulo. A vítima, um dono de padaria, tinha sido seqüestrada um dia antes. O comerciante foi abordado por quatro criminosos nas imediações da Cohab José Bonifácio, na região de Itaquera, também na Zona Leste, na noite de sexta-feira. O comerciante foi levado direto para o cativeiro, na Rua Fernando Donati.
Na noite de sábado, havia dois seqüestradores no cativeiro. Um deles saiu e deixou o outro tomando conta do refém. Depois de algum tempo, o comerciante percebeu que o criminoso havia caído num sono profundo e resolveu fugir. Quando estava saindo do cativeiro, a vítima deu de cara com o outro bandido. O comerciante voltou para trás e pegou o revólver calibre 38 que estava ao lado do seqüestrador dorminhoco. Ao ver a vítima armada, o seqüestrador que retornava da rua saiu correndo.
Antes de deixar a casa, o comerciante trancou o bandido que dormia. Assim que se distanciou do cativeiro, a vítima ligou para a PM. Eram 21h30 do sábado. Uma equipe da 4ª Companhia do 39º Batalhão da PM foi levada até o cativeiro pelo comerciante, mas o seqüestrador que estava trancado havia fugido por uma janela. Segundo a polícia, o resgate não foi pago. Será que os comparsas do soneca deram a ele o sono eterno por causa da mancada?
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